Este ano foi um ano feliz por ter tido o meu primeiro filho, mas não foi fácil. Há que dizê-lo. Por tudo o que foram acompanhando aqui no blog, foram meses cheios de emoção, angústias e muitas dúvidas. Foi um ano de pouco trabalho, uma vez que estou em casa desde Abril, e seguramente 2009 ficará marcado como aquele em que mais tempo passei deitada (espero). Ora na cama, ora no sofá, ora no chão, aqui a menina precisou de muito repouso e por isso as minhas maiores recordações deste ano que agora finda são os tectos, vários e diferentes. Uns tristes, rachados, outros alegres, pintados, com luzes vermelhas, luzes fluorescentes. Alguns sem luz.
E pronto, 2010 (como eu adoro este número) está mesmo à porta e estou pronta para recebê-lo com o pé direito, de braços abertos, de sorriso rasgado. E como eu tenho jeito para rasgar o meu sorriso. Por enquanto, uma preocupação: acho que tenho mais do que doze desejos para pedir ao som das badaladas. Mas vou apelar ao meu poder de síntese e não vou exigir demais destes 365 dias que se aproximam. Bom ano a todos.
Espaço sobre tudo e mais alguma coisa, que isto de ter cantinhos muito específicozinhos sobre coisinhas pode ser, vá, esquisito
Visitas
quarta-feira, dezembro 30, 2009
terça-feira, dezembro 22, 2009
Em black out
Estive sem computador e agora ressuscitei, graças à minha amiga C. que me safou desta e me devolveu à vida cibernáutica.
O Natal está à porta e os presentes comprados são muito poucos. Ao contrário de anos anteriores a minha árvore de Natal pedincha por embrulhos em seu redor. Mas não é fácil andar às compras com um bebé tão piqueno e com estas temperaturas tão pouco convidativas. Para além de que estou proibida de andar com o Rodrigo em shoppings, por causa das bicharadas, o que, diga-se, reduz em muito as boas chances de despachar dez presentes numa hora.
E dito isto, amigos, família: para o ano vingo-me e encho-vos de miminhos.
O Natal está à porta e os presentes comprados são muito poucos. Ao contrário de anos anteriores a minha árvore de Natal pedincha por embrulhos em seu redor. Mas não é fácil andar às compras com um bebé tão piqueno e com estas temperaturas tão pouco convidativas. Para além de que estou proibida de andar com o Rodrigo em shoppings, por causa das bicharadas, o que, diga-se, reduz em muito as boas chances de despachar dez presentes numa hora.
E dito isto, amigos, família: para o ano vingo-me e encho-vos de miminhos.
terça-feira, dezembro 15, 2009
Matemáticas
Isto de ser prematuro não é mesmo fácil. O Rodrigo vai fazer agora cinco meses de vida, mas ainda não liga a brinquedos para três meses. Veste roupa de um mês e amanhã faz dois meses de idade corrigida (visto que eu completava as 40 semanas dia 16 de Outubro). Tem o tamanho de um recém-nascido mas já gargalha como gente grande, não se sabe muito bem o que vê e os médicos dizem que só aos três anos se deixarão de notar as diferenças em relação aos outros meninos. Peso oficial: 4.700 quilos!
segunda-feira, dezembro 14, 2009
Ídolos: dúvidas
Quem é que anda a vestir a Cláudia Vieira? Quem anda a penteá-la? E porque é que ela e o Manzarra não ensaiam melhor a gala dos Ídolos? É que é argolada atrás de argolada. E quando é que o Boucherie perde vergonha dos dentes tortos e se ri de boca aberta?
domingo, dezembro 06, 2009
Oi?
Até aos bombons "Merci" eu ainda aguentava (apesar daquele anúncio de bradar aos céus), mas caramba, bombons "Lindor"? "Lindor"? Não sou especialista em marketing, mas tenho para mim que não é lá muito bem jogado dar o nome de uma marca de fraldas para incontinentes a uma coisa que se come, que se põe na boca, que derrete nas beiças, enfim, não me parece nada bem.
quinta-feira, dezembro 03, 2009
Pôr o lixo
Para quando uma portinhola nas nossas cozinhas em que despejamos para lá o saco do lixo e pronto, não pensamos mais no assunto? Para quando uma solução na lógica do que faz o autoclismo que acabe de uma vez por todas com o irritante e nojento saquinho do lixo à espera que alguém lhe pegue?
É que levar o lixo à rua nunca dá jeito. Ou porque já vamos todos arranjadinhos e não queremos ficar com as mãos a cheirar a atum; ou porque já levamos o casaco numa mão, a mala na outra e o lixo não dá propriamente para levar na boca como fazemos com as chaves do carro; ou porque está a chover; ou porque ele à noite leva; ou porque blá blá. Enfim, há sempre mil e uma razões para o saco mal cheiroso demorar em seguir o seu destino. E fica ali pela cozinha, dias (poucos, para não parecer mal), de asas caídas, a ganhar cada vez mais decadência, a perder a frescura própria do lixo acabado de fazer.
Acredito mesmo que em cada doce lar a discussão de quem é a vez de levar o lixo à rua se torne muitas vezes num braço de ferro sem fim. Ah, e com a eterna argumentação “eh pá, desta vez vai lá tu que o último saco fui eu que o levei”. O que é mais irritante é que esses últimos sacos perdem validade num piscar de olhos. Eu não sei se é só cá em casa, mas fabrica-se lixo que é uma coisa de doidos. Ainda estamos a bater as palminhas porque o próximo saco cabe-lhe a ele e já estão dois nojentinhos a abarrotar de cascas de batata e espinhas de peixe à espera de ser atendidos no nosso guichet. Porra, já?!
Há outras tarefas domésticas igualmente chatas, mas caramba, para nos livrarmos dessas temos sempre o velho recurso de contratar uma empresa. Limpam-nos o pó numa manhã, passam-nos a roupinha toda a ferro e ainda a trazem a casa à hora marcada. Agora, que eu saiba, não se pode fazer um telefonema para nos irem pôr o lixo, se faz favor. Não se pede a um amigo que está a ir embora depois de uma visita “leva-me isto lá abaixo, o caixote fica na esquina no lado direito”.
Sim, porque depois é isto. Os caixotes onde deitamos o nosso lixo ficam sempre longe, longe. Aliás, confesso que algumas vezes enfio o meu rabo preguiçoso no carro e com ele o saco do lixo. Paro perto do contentor e lá vai bogalho que o próximo é dele. Mas esta solução também não é boa. Voltamos ao volante com a sensação de mão peganhenta e serão ainda precisos alguns quilómetros de vidro aberto para sair o cheiro das cascas de queijo e banana misturados com as magnólias do campo próprias dos sacos de lixo perfumados.
Uma coisa é certa. Já não sei quem levou o último, mas o saco que está ali na cozinha fechado e pronto a ir para outro lado não me vai calhar na rifa porque, hummm, deixa ver, hummm, porque está frio e não me quero constipar e porque depois pode fazer mal ao bebé, oh pá, vai lá tu. Amo-te.
É que levar o lixo à rua nunca dá jeito. Ou porque já vamos todos arranjadinhos e não queremos ficar com as mãos a cheirar a atum; ou porque já levamos o casaco numa mão, a mala na outra e o lixo não dá propriamente para levar na boca como fazemos com as chaves do carro; ou porque está a chover; ou porque ele à noite leva; ou porque blá blá. Enfim, há sempre mil e uma razões para o saco mal cheiroso demorar em seguir o seu destino. E fica ali pela cozinha, dias (poucos, para não parecer mal), de asas caídas, a ganhar cada vez mais decadência, a perder a frescura própria do lixo acabado de fazer.
Acredito mesmo que em cada doce lar a discussão de quem é a vez de levar o lixo à rua se torne muitas vezes num braço de ferro sem fim. Ah, e com a eterna argumentação “eh pá, desta vez vai lá tu que o último saco fui eu que o levei”. O que é mais irritante é que esses últimos sacos perdem validade num piscar de olhos. Eu não sei se é só cá em casa, mas fabrica-se lixo que é uma coisa de doidos. Ainda estamos a bater as palminhas porque o próximo saco cabe-lhe a ele e já estão dois nojentinhos a abarrotar de cascas de batata e espinhas de peixe à espera de ser atendidos no nosso guichet. Porra, já?!
Há outras tarefas domésticas igualmente chatas, mas caramba, para nos livrarmos dessas temos sempre o velho recurso de contratar uma empresa. Limpam-nos o pó numa manhã, passam-nos a roupinha toda a ferro e ainda a trazem a casa à hora marcada. Agora, que eu saiba, não se pode fazer um telefonema para nos irem pôr o lixo, se faz favor. Não se pede a um amigo que está a ir embora depois de uma visita “leva-me isto lá abaixo, o caixote fica na esquina no lado direito”.
Sim, porque depois é isto. Os caixotes onde deitamos o nosso lixo ficam sempre longe, longe. Aliás, confesso que algumas vezes enfio o meu rabo preguiçoso no carro e com ele o saco do lixo. Paro perto do contentor e lá vai bogalho que o próximo é dele. Mas esta solução também não é boa. Voltamos ao volante com a sensação de mão peganhenta e serão ainda precisos alguns quilómetros de vidro aberto para sair o cheiro das cascas de queijo e banana misturados com as magnólias do campo próprias dos sacos de lixo perfumados.
Uma coisa é certa. Já não sei quem levou o último, mas o saco que está ali na cozinha fechado e pronto a ir para outro lado não me vai calhar na rifa porque, hummm, deixa ver, hummm, porque está frio e não me quero constipar e porque depois pode fazer mal ao bebé, oh pá, vai lá tu. Amo-te.
segunda-feira, novembro 30, 2009
É oficial
O Rodrigo não prega o olhos em todas as noites de domingo para segunda. Quando começar a trabalhar vou ter umas belas segundas-feiras.
quarta-feira, novembro 25, 2009
Pronto, já tem pediatra
A médica fez-lhe trinta por uma linha e ele, nem uma lágrima. Não fosse ter-se borrado de cocó até às costas e eu não estar preparada com um segundo body e a primeira ida à pediatra teria sido um sucesso.
quinta-feira, novembro 19, 2009
Novelices
Ai que isto de ser mãe mudou mesmo a minha vida. Então não é que estou fã da novela brasileira Viver a Vida? Aquilo é tudo muito bom, não é? Verdade que ainda não cheguei ao ponto de largar tudo para não perder um episódio, mas sempre que posso lá estou eu, grudadinha no ecrã.
Já não me lembrava de seguir assim uma novela desde a Páginas da Vida, acho... Mentira, adorei aquela portuguesa com a personagem Maria Laurinda (interpretada pela Vila-Nova) Não me lembro agora do nome, mas tinha diálogos muito bons e, tirando a saga de quem era o tubarão, até me enchia as medidas.
E nesta matéria das novelas, confesso ainda que agora que estou de licença de maternidade também não falho um episódio de Mulheres Apaixonadas, que está a dar de novo e que também é muito boa. Não se lembram? A Santana que não pára de beber, o marido que bate na professora de cabelo curtinho, as loucuras da Helóísa por ter ciúmes do seu Sérgio, as alunas lésbicas, a filha do contínuo que quer ser rica. Enfim, lembro-me de quase todas estas personagens e tenho aproveitado para recordar a trama. Muito bacana!
Já não me lembrava de seguir assim uma novela desde a Páginas da Vida, acho... Mentira, adorei aquela portuguesa com a personagem Maria Laurinda (interpretada pela Vila-Nova) Não me lembro agora do nome, mas tinha diálogos muito bons e, tirando a saga de quem era o tubarão, até me enchia as medidas.
E nesta matéria das novelas, confesso ainda que agora que estou de licença de maternidade também não falho um episódio de Mulheres Apaixonadas, que está a dar de novo e que também é muito boa. Não se lembram? A Santana que não pára de beber, o marido que bate na professora de cabelo curtinho, as loucuras da Helóísa por ter ciúmes do seu Sérgio, as alunas lésbicas, a filha do contínuo que quer ser rica. Enfim, lembro-me de quase todas estas personagens e tenho aproveitado para recordar a trama. Muito bacana!
segunda-feira, novembro 16, 2009
Pura sedução
Hoje vou encher a banheira e no fim vou esticar pacientemente o cabelo como faço quando tenho eventos mais ou menos importantes. Naqueles que são mesmo importantes não deixo essa tarefa nas minhas mãos e entrego-me nas de um cabeleireiro.
Depois vou preparar um jantar gostoso, mas daqueles que não deixam cheiros nas roupas nem nas cozinhas. Como quando ao final do dia chego ao prédio e no patamar do elevador consigo adivinhar o borrego assado no forno da vizinha do rés-do-chão, que é também a porteira.
A lingerie vai ser uma daquelas que guardo num saquinho da primeira gaveta para ver se dou descanso às de algodão, de cores já meio agastadas e elásticos meio torcidos, de tantas voltas que já deram na máquina de lavar.
Esta noite, antes de entrares por aquela porta, vou pôr um corrector de olheiras, um gloss nos lábios, um risco disfarçado nos olhos. Creme hidratante e perfumado por todo o corpo. As minhas pantufas desajeitadas vão ficar escondidas, assim como o meu pijama aos quadrados, o meu rabo de cavalo mal apanhado, o cheiro a leite nas golas.
Esta noite, quando entrares em casa, vou levantar o rabo do sofá e vou receber-te à porta, assim toda pronta, para te dizer "olá".
Depois vou preparar um jantar gostoso, mas daqueles que não deixam cheiros nas roupas nem nas cozinhas. Como quando ao final do dia chego ao prédio e no patamar do elevador consigo adivinhar o borrego assado no forno da vizinha do rés-do-chão, que é também a porteira.
A lingerie vai ser uma daquelas que guardo num saquinho da primeira gaveta para ver se dou descanso às de algodão, de cores já meio agastadas e elásticos meio torcidos, de tantas voltas que já deram na máquina de lavar.
Esta noite, antes de entrares por aquela porta, vou pôr um corrector de olheiras, um gloss nos lábios, um risco disfarçado nos olhos. Creme hidratante e perfumado por todo o corpo. As minhas pantufas desajeitadas vão ficar escondidas, assim como o meu pijama aos quadrados, o meu rabo de cavalo mal apanhado, o cheiro a leite nas golas.
Esta noite, quando entrares em casa, vou levantar o rabo do sofá e vou receber-te à porta, assim toda pronta, para te dizer "olá".
quinta-feira, novembro 12, 2009
I need time
Ai, ai, que já me começam a perguntar o que quero para o Natal e não tenho a resposta na ponta da língua. Ou seja, o resto da tarde terá necessariamente de ser passada com bloco na mão e caneta para a bendita lista. Dêem-me só mais um bocadinho, vá lá, não se ponham a comprar coisas ao calhas só para desenrascar.
Se bem que verdade, verdadinha, o que eu preciso mesmo é de roupa, muita, grande, que me sirva, que me disfarce, que me estreite a cintura, que me encolha as ancas e que me engula estas mamas do tamanho de duas melancias cuja única alegria que neste momento me dão é mesmo terem muito leitinho para o meu pequenote. Não se pode ter tudo, não é? Eu só gostava de saber se quando deixar de amamentar vou poder voltar ao meu antigo número de sutiã. E pronto, assim estou eu. Começo a falar no Natal e acabo a falar das minhas mamocas.
Vou atirar-me a esta lista.
Se bem que verdade, verdadinha, o que eu preciso mesmo é de roupa, muita, grande, que me sirva, que me disfarce, que me estreite a cintura, que me encolha as ancas e que me engula estas mamas do tamanho de duas melancias cuja única alegria que neste momento me dão é mesmo terem muito leitinho para o meu pequenote. Não se pode ter tudo, não é? Eu só gostava de saber se quando deixar de amamentar vou poder voltar ao meu antigo número de sutiã. E pronto, assim estou eu. Começo a falar no Natal e acabo a falar das minhas mamocas.
Vou atirar-me a esta lista.
terça-feira, novembro 10, 2009
Desejo
Que o meu pai voltasse a ter cheiro, para não ficar com aqueles olhos em baixo de cada vez que alguém diz o quanto o neto cheira bem.
E a propósito dos sentidos, dizia-me uma senhora ontem "pois, porque a nós mulheres é mais difícil de enganar, temos cinco sentidos e não é com meia conversa que nos deixamos levar".
E a propósito dos sentidos, dizia-me uma senhora ontem "pois, porque a nós mulheres é mais difícil de enganar, temos cinco sentidos e não é com meia conversa que nos deixamos levar".
segunda-feira, novembro 09, 2009
Quando a sabedoria popular vira estupidez
Este fim-de-semana um senhor para mim:
- Beba cerveja que faz bem ao seu leite. A sério, diz que faz muito bem, era o que eles davam às senhoras na maternidade.
(Ui se a Maitê apanha este senhor lá temos novo material de vídeo)
- Beba cerveja que faz bem ao seu leite. A sério, diz que faz muito bem, era o que eles davam às senhoras na maternidade.
(Ui se a Maitê apanha este senhor lá temos novo material de vídeo)
quinta-feira, novembro 05, 2009
Queixa
Para quando fraldários nas casas-de-banho públicas dos homens? Por que raio se parte do princípio que a mamã é que está incumbida de mudar o cocó à criança?
A situação desenrasca-se porque o pai pede licença e entra na mesma nos sanitários das senhoras, mas caramba, é aborrecido. É errado. É ultrapassado. É feio.
A situação desenrasca-se porque o pai pede licença e entra na mesma nos sanitários das senhoras, mas caramba, é aborrecido. É errado. É ultrapassado. É feio.
terça-feira, novembro 03, 2009
É isso, é
Agora virou moda vender em supermercados champôs que alegadamente são profissionais. A pessoa vai comprar uma chouriça e ali de caminho, no corredor dos cotonetes, lá está a grande novidade do mercado. Já não é preciso gastar rios de dinheiro em mises e madeixas para se ficar com o cabelo que é uma beleza.
Estranho é que tenham aparecido logo quatro ou cinco marcas a promover este tipo de venda "profissional" em grandes superfícies. Descobriram a pólvora ou quê? Houve alguma conferência de novos negócios a que eu faltei? Foi algum assunto em destaque no Dr. Phill? Não sei. O que sei é que já experimentei essas grandes novidades e, tal como estava à espera, estes champôs e acondicionadores não passam dos mesmíssimos produtos de supermercado, mas desta vez enfiados em embalagens grandes e com algum design.
Ainda depositei alguma esperança num bálsamo que dizia "efeito alisamento japonês", mas mais uma vez vi as minhas expectativas defraudadas. As minhas ondulações lá estavam, as mesmas de sempre, iguais a elas próprias, irritantemente semelhantes a outros dias, a outros banhos. Grandes aldrabões.
segunda-feira, novembro 02, 2009
Olha, e não é que resultou?
E não é que a empresa do maridão deixou no correio um voucherzinho catita para um fim-de-semana em turismo rural à nossa escolha? Eh lá, isto de fazer listinhas com pedidos funciona.
sexta-feira, outubro 30, 2009
Coisas que prometo conseguir fazer mais tarde ou mais cedo agora que sou mãe
- Ir ao meu cabeleireiro em Lisboa para cortar e pintar o cabelo (ai Jesus, que preciso muito);
- Dormir cinco horas seguidas;
- Andar a tarde inteira a cirandar no shopping e a experimentar as últimas modas;
- Começar a fazer dieta para perder os oito quilos que ganhei com a gravidez;
- Ir ao cinema ver um bom filme;
- Passar um fim-de-semana com a família numa das casas de turismo rural deste nosso Portugal;
- Jantar fora ( e quem diz jantar, diz almoçar).
Enquanto isso não acontece, ando por casa com sorrisos parvos e derretidos na companhia de um bebé lindo, que cada vez se mostra mais simpático. Já passa várias horas do dia acordado, apesar de notar que tenho menos leite, continuo a amamentar. Apesar de sentir uma enorme tristeza com a ideia de que poderei ficar sem leite, consola-me saber que tenho ainda duas gavetas da arca frigorífica carregadinhas de leite meu congelado, que fui tirando em casa desde que ele nasceu.
Próxima missão: encontrar um bom pediatra nos arredores de Mafra.
Por último, deixar aqui um abraço daqueles que ela tão bem sabe (e que tanto gosta) para a minha amiga M. que finalmente venceu a doença, dando-lhe um forte chuto no rabiosque. Amiga, para o próximo Verão desforramo-nos na praia e nas caracoladas e nessas coisas todas boas que este ano nos passaram ao lado. Eu acreditei sempre.
- Dormir cinco horas seguidas;
- Andar a tarde inteira a cirandar no shopping e a experimentar as últimas modas;
- Começar a fazer dieta para perder os oito quilos que ganhei com a gravidez;
- Ir ao cinema ver um bom filme;
- Passar um fim-de-semana com a família numa das casas de turismo rural deste nosso Portugal;
- Jantar fora ( e quem diz jantar, diz almoçar).
Enquanto isso não acontece, ando por casa com sorrisos parvos e derretidos na companhia de um bebé lindo, que cada vez se mostra mais simpático. Já passa várias horas do dia acordado, apesar de notar que tenho menos leite, continuo a amamentar. Apesar de sentir uma enorme tristeza com a ideia de que poderei ficar sem leite, consola-me saber que tenho ainda duas gavetas da arca frigorífica carregadinhas de leite meu congelado, que fui tirando em casa desde que ele nasceu.
Próxima missão: encontrar um bom pediatra nos arredores de Mafra.
Por último, deixar aqui um abraço daqueles que ela tão bem sabe (e que tanto gosta) para a minha amiga M. que finalmente venceu a doença, dando-lhe um forte chuto no rabiosque. Amiga, para o próximo Verão desforramo-nos na praia e nas caracoladas e nessas coisas todas boas que este ano nos passaram ao lado. Eu acreditei sempre.
segunda-feira, outubro 26, 2009
Tudo estaria bem
Não fossem estas chinezices que me invadiram aqui os comentários e que me deixam louca. Detesto bicharada, vírus, viroses, maleitas, sejam elas informáticas ou não. Alguém me diz como me vejo livre disto, ou o melhor mesmo é não permitir comentários?
quarta-feira, outubro 21, 2009
Amor é...
Permanecer bem disposta ao seu lado no sofá enquanto ele se ri ao desbarato com as piadas do gordo no Preço Certo e me tenta explicar por que razões gosta de ver aquele programinha.
terça-feira, outubro 20, 2009
É normal, não é?
Passou-se agora o seguinte. O Rodrigo vai amanhã pela primeira vez ao médico, naquela que é por alto a sua quinta saída de casa. Opá, é normal eu perder uns minutinhos a escolher a roupa que lhe vou vestir, não é? É que quando peço ajuda ao pai para me decidir entre esta ou aquela, ele fica a olhar para mim a dizer que tanto faz, como se isso não importasse nada e como se eu fosse maluca. Importa, não importa? Ok, é cena de gaja, né?
Bom, o modelito já está escolhido e o'Digo' vai fazer um brilharete naquele hospital.
Missão cumprida: trocámos-lhe as voltas e as noites agora são santas. E é tããããão bom voltar a dormir.
Bom, o modelito já está escolhido e o'Digo' vai fazer um brilharete naquele hospital.
Missão cumprida: trocámos-lhe as voltas e as noites agora são santas. E é tããããão bom voltar a dormir.
sábado, outubro 17, 2009
Sobre ele
Revelou-se um pai maravilhoso e tem sido uma delícia vê-los juntos.
As mãos grandes, de veias grossas e pelos marcantes, tornam-se em plumas face à delicada e frágil pele do Rodrigo. Os dois entendem-se muito bem e felizmente não tenho de ser eu a promover os momentos de pai e filho. Sejam quatro da tarde ou quatro da manhã, é ele que se chega à frente para mudar fraldas, dar banho, dar o biberão. Às vezes não há nenhuma destas tarefas para fazer e ele vai até ao berço e pega no bebé. "Vou fazer colinho" ou "vamos pró namoro filho". E ficam os dois peito com peito numa conversa pegada de olhares e mãos no ar que só eles percebem. Eu derretida, a olhar, contente por saber que aquilo que eu sinto pelo Rodrigo também ele sente, apesar de não ter crescido dentro da sua barriga e das suas maminhas não deitarem leite.
Fico a olhar, muitas vezes a dormir, descansada, tranquila, por o ver em boas mãos.´Outras a ir buscar a máquina, a de fotografar, logo de seguida a de filmar. Mas quase sempre as imagens que depois descarrego nunca correspondem ao que aconteceu na verdade.
O pai é obssessivo-complusivo. Tudo tem de estar arrumado, limpo, orientado por cores, imaculadamente passado, tudo muito certinho. Ver essas manias aplicadas a um filho é uma outra delícia. Apesar do pouco cabelo, este é sempre impecavelmente penteado a seguir ao banho, o rabo limpo como se não viesse aí outro cocó, o bebé perfeito no ovo, com a roupa toda esticadinha, as mantas dobradas, direitas, alvas. A chupeta naquele cantinho, o boneco no outro, tudo a parecer desenhado. Um mimo.
A licença de paternidade está a acabar. Pena. Minha e dele, que agora vai ter de esperar mais uns meses para voltar a este namoro pegado. O pai vai fazer o sexto mês com o bebé. Abençoada legislação. E eu, vou ter mesmo de voltar ao trabalho um dia? É mesmo? Ai, que ainda falta tanto e o coração já aperta. Vai ser bonito vai.
'Digo' chegou aos três quilos e os fatos de prematuro começam a ficar justinhos. Deve estar com 45 centímetros.
quarta-feira, outubro 14, 2009
Olha a grande cabra
Entrevistei-a na sua última visita a Portugal e não gostei. Cada jornalista tinha vinte minutos de conversa e Maitê Proença marcou todos os órgãos para o mesmo dia. Mal nos apresentámos fez questão de dizer que estava muito cansada e que já tinha falado com muitos colegas meus. Azar! Não tivesse combinado tudo para o mesmo dia. Gastei os meus vinte minutos e não fiquei com saudades de voltar a encontrá-la. Agora a cabra confirma a má impressão que tinha dela e põe-se a gravar videozinhos ao estilo caseiro para gozar aqui com a malta. Quem acabou a fazer a figurinha foi ela. E nem o pedido de desculpas que fez à posteriori, onde explicava que era uma brincadeira e que nós é que não temos sentido de humor, minimiza a imagem que passou. A de uma verdadeira cabra. Olha a gaja, hein? Volta a Portugal, volta, que a gente dá-te os vinte minutinhos de entrevista. Então não dá?
domingo, outubro 11, 2009
Alguém me explica
É um dos piores anúncios do momento e mostra este rapaz, o Ricardo Pereira, numa parvoíce pegada em torno de uma cerimónia de óscares e um champô. "Senhor Pereira? Senhor Pereira?" é a frase que fica desta produção fraquinha, sem graça, sem mensagem. Ou isso, ou eu sou mesmo muito burra. É que por mais vezes que veja este anúncio da Head and Shoulders não consigo perceber a ideia. Sou só eu? Opá, ninguém percebe, pois não? Digam-me que não. Nem o próprio Ricardo Pereira perceeu muito bem o que andava ali a fazer, não foi assim?
terça-feira, outubro 06, 2009
Remédio Santo
E já lá vão menos três quilos em pouco mais de uma semana. Realmente não há nada como não dormir mais do que duas horas seguidas para o corpinho voltar à sua boa forma.
Pois que senhor Rodrigo é muito fofo, muito quiducho, é um amor, mas transforma-se ali a seguir à mamada da meia-noite. Passa o dia todo a dormir que nem um pachá e a dizer às visitas que é um santinho que só come e dorme e depois, no sossego da noite, toca de ficar esperto e de não deixar ninguém dormir. Eu bem tento trocar-lhe os sonos, mas para já nada feito. À noite ele quer é festa e colo e passeatas pela casa e comer. À noite come taaaaaanto.
E como este pilocas dorme o dia inteiro, resta-me a companhia da televisão. Muita televisão eu tenho visto nossa senhora. E muito me tenho rido com o Rui Unas. O tipo está mesmo com muita piada e pena é que só seja aproveitado pela SIC Radical.
Para já, gozo o meu último dia sozinha em casa com o filhote. A partir de amanhã o pai entra em licença de paternidade. Família feliz.
Pois que senhor Rodrigo é muito fofo, muito quiducho, é um amor, mas transforma-se ali a seguir à mamada da meia-noite. Passa o dia todo a dormir que nem um pachá e a dizer às visitas que é um santinho que só come e dorme e depois, no sossego da noite, toca de ficar esperto e de não deixar ninguém dormir. Eu bem tento trocar-lhe os sonos, mas para já nada feito. À noite ele quer é festa e colo e passeatas pela casa e comer. À noite come taaaaaanto.
E como este pilocas dorme o dia inteiro, resta-me a companhia da televisão. Muita televisão eu tenho visto nossa senhora. E muito me tenho rido com o Rui Unas. O tipo está mesmo com muita piada e pena é que só seja aproveitado pela SIC Radical.
Para já, gozo o meu último dia sozinha em casa com o filhote. A partir de amanhã o pai entra em licença de paternidade. Família feliz.
sábado, setembro 26, 2009
Full Time
Ao fim de 66 dias e com 2210 quilos o Rodrigo veio finalmente para casa. Agora sim, sinto-me mãe a full time e tê-lo sempre perto de mim compensa todos os momentos menos bons pelos quais eu e o pai passámos.
É um bebé ainda muito frágil, a lutar todos os dias contra a sua prematuridade. Caramba! Cada vez que penso, já fez dois meses de vida e ainda devia estar dentro da minha barriga. É obra, não é?
Escusado será dizer que eu e o pai andamos de rastos. Felizes, mas de rastos. Mamadas e fraldas de três em três horas não é canja, mas tudo se faz.
Obrigada a todos os que acreditaram que tudo ia correr bem e que ao longo dstes 66 longos dias foram-me transmitindo essas energias. Obrigada às "tias" da Neonatologia de Santa Maria. Trataram do Rodrigo como um filho e ampararam-me sempre nas alturas em que as coisas não estavam nada fáceis. Beijinhos às enfermeiras Maria, Mónica, Patrícia, Liliana, Catarina e Fátima.
E lá vou eu para mais um round.
É um bebé ainda muito frágil, a lutar todos os dias contra a sua prematuridade. Caramba! Cada vez que penso, já fez dois meses de vida e ainda devia estar dentro da minha barriga. É obra, não é?
Escusado será dizer que eu e o pai andamos de rastos. Felizes, mas de rastos. Mamadas e fraldas de três em três horas não é canja, mas tudo se faz.
Obrigada a todos os que acreditaram que tudo ia correr bem e que ao longo dstes 66 longos dias foram-me transmitindo essas energias. Obrigada às "tias" da Neonatologia de Santa Maria. Trataram do Rodrigo como um filho e ampararam-me sempre nas alturas em que as coisas não estavam nada fáceis. Beijinhos às enfermeiras Maria, Mónica, Patrícia, Liliana, Catarina e Fátima.
E lá vou eu para mais um round.
domingo, setembro 13, 2009
Já lá vão 55
Sem darmos por ela, já passaram 55 dias desde que o piqueno Rodrigo veio a este mundo em versão mini. Nascer com apenas 27 semanas de gestação e um quilo de peso não é mesmo fácil, mas tudo tem corrido como o previsto e o baby tem estado à altura. Como há muito tempo não escrevo, segue o ponto da situação:
- Peso: 1876 gramas (quase a chegar aos confortáveis dois quilitos);
- Já abandonou a incubadora T0 para habitar um belo berço open space;
- Trata por "tu" o ar ambiente e raramente precisa de oxigénio;
- No início da semana deixou por momentos a sonda que o alimenta e aventurou-se no biberão;
- Há dois dias atirou-se com unhas e sem dentes à minha mamoca (momento inesquecível que ainda não repetimos);
- Começam a aparecer preguinhas nas pernas e braços, por causa da engorda;
- O cocó do Rodrigo já cheira a cocó;
- Já não anda só em roupa interior.
Amanhã mais um grande dia: mamãe vai cedíssimo para a neonatologia para lhe dar o primeiro banho. Ui, c'a nervos. Tu ajuda-me filhote e fica assim muito quietinho. Não chora, não faz cara zangada, não mexe as pernas energicamente e não encaracola os dedos dos pés quando chega a hora de vestir. Tu colabora Rodrigo e eu prometo que quando tiveres 18 anos te deixo ir beber um copo ao Bairro Alto. Combinado?
- Peso: 1876 gramas (quase a chegar aos confortáveis dois quilitos);
- Já abandonou a incubadora T0 para habitar um belo berço open space;
- Trata por "tu" o ar ambiente e raramente precisa de oxigénio;
- No início da semana deixou por momentos a sonda que o alimenta e aventurou-se no biberão;
- Há dois dias atirou-se com unhas e sem dentes à minha mamoca (momento inesquecível que ainda não repetimos);
- Começam a aparecer preguinhas nas pernas e braços, por causa da engorda;
- O cocó do Rodrigo já cheira a cocó;
- Já não anda só em roupa interior.
Amanhã mais um grande dia: mamãe vai cedíssimo para a neonatologia para lhe dar o primeiro banho. Ui, c'a nervos. Tu ajuda-me filhote e fica assim muito quietinho. Não chora, não faz cara zangada, não mexe as pernas energicamente e não encaracola os dedos dos pés quando chega a hora de vestir. Tu colabora Rodrigo e eu prometo que quando tiveres 18 anos te deixo ir beber um copo ao Bairro Alto. Combinado?
segunda-feira, agosto 31, 2009
Help
Já reparei que desde que comecei a relatar neste espaço as aventuras da minha gravidez ganhei novas leitoras. Mães apaixonadas que através das mais variadas palavras me têm dado muita força e confiança. Pois então mamãs, ajudem-me lá: haverá assim alguma loja na zona da Grande Lisboa com muitos carrinhos de bebé em exposição? Não me apetecia nada estar a escolher coisas de catálogo. Quero ver um que tenha alcofa e o ovinho que também dá para o carro. Um assim maneirinho, catita, fofo, modernaço. Nas lojas onde tenho ido há sempre poucos modelos e os mais giros são já de passeio e não dão para o meu pequenote, que entretanto já está um matulão com mais de um quilo e meio. Hoje as enfermeiras disseram-me que em breve posso experimentar dar-lhe mama. Ui, lá estou eu outra vez a contar os dias. Mas vá, venham de lá essas dicas que bem preciso.
sexta-feira, agosto 28, 2009
Com a cabeça nas nuvens
E dava muito trabalho por uma vez que fosse que a noite aqui em Mafra não estivesse nublada? Marte andou a pavonear-se em todo o seu esplendor e no meu céu, nicles. Não se faz, pá.
terça-feira, agosto 25, 2009
Um mês já lá vai
O Rodrigo é um valente. Não é só ele, pois pelo que tenho percebido junto dos prematuros, estes bebés são mesmo uma força da Natureza e muitas vezes quando nós, os crescidos, perdemos a esperança, eles lá arranjam maneira de nos surpreender.
É isso que o meu filho tem feito. Uma luta do caraças ao longo do último mês. Chiça, já passou um mês. Parece que foi ontem e já lá vão mais de 30 dias desde que ele nasceu.
E pronto, o puto charila, do alto dos seus 1363 gramas, já deixou os cuidados intensivos para a sala dos intermédios. Escusado será dizer que eu e o pai chorámos como uns desalmados perante a notícia. Eu mais desalmada do que ele, é certo.
O Rodrigo já conhece de cor os cantos desta sua incubadora T0 onde uma linda ovelha de peluche o acompanha. E estou convencida que todos os dias aguarada ansiosamente que as portinholas redondas se abram para uma pequena conversa com as mãos da mãe e do pai. Depois segue-se o colo (tão bom), a muda de fralda e de volta ao T0, que o baby já está cansado.
Em princípio, mais um mês antes de vir para casa. Só mais um mês.
sábado, agosto 22, 2009
Coisas ao contrário
Eu é que estou a precisar de reforçar as minhas necessidades calóricas por estar a tirar leite e o meu gajo é que parece insaciável. Come como se não houvesse amanhã, todas as noites promete que no dia seguinte é que vai começar a dieta e neste momento é muito pouca a roupa que ainda lhe serve.
Pena é que não se vingue em frutas, legumes e essas coisas que fazem os olhos bonitos. Só come merdas e, sem entrar em grandes pormenores, basta dizer que já não é a primeira vez que me diz: "Não quero comer muito ao jantar que depois vou comer pipocas, tá?". Oi?
Pena é que não se vingue em frutas, legumes e essas coisas que fazem os olhos bonitos. Só come merdas e, sem entrar em grandes pormenores, basta dizer que já não é a primeira vez que me diz: "Não quero comer muito ao jantar que depois vou comer pipocas, tá?". Oi?
quinta-feira, agosto 20, 2009
Iupiiiiii. Fui à praia
Ah pois fui. Arranjei um tempinho pela manhã e lá fui, louca, para a minha prainha de estimação. Que saudades eu tinha daquela areia que quase faz sangrar a planta dos opés e que faz muito boa gente andar de forma ridícula, de tão grossa que é.
O meu gajo carregou com a bela da cadeirinha para não ter de andar a forçar a costura da cesariana e, por enquanto, os bíquinis ainda ficaram na gaveta. Optei por um fato-de-banho de grávida que tapa a barriguita (que ainda tá para aí de três meses) e tudo correu muito bem. Quatro horinhas que fizeram aqui a menina feliz.
O meu gajo carregou com a bela da cadeirinha para não ter de andar a forçar a costura da cesariana e, por enquanto, os bíquinis ainda ficaram na gaveta. Optei por um fato-de-banho de grávida que tapa a barriguita (que ainda tá para aí de três meses) e tudo correu muito bem. Quatro horinhas que fizeram aqui a menina feliz.
quarta-feira, agosto 19, 2009
segunda-feira, agosto 17, 2009
E para quando...
... umas fichas eléctricas no areal da praia para que eu não tenha de me vir embora ao fim de quatro horas para tirar leite? É que enquanto o meu filho não vem para casa não fazia mal apanhar uma corzina e livrar-me de uma vez por todas dos comentários sobre a minha palidez. Epá, estive de cama desde Março e fiz uma cesariana ainda nem fez um mês. O que é que queriam? Que estivesse com aquele tom dourado à manas Jardim?
quarta-feira, agosto 12, 2009
A verdadeira bandalheira
É assim que está a minha vida meus amigos: uma autêntica bandalheira. Os meus dias resumem-se a comer, dormir, tirar leite e ir ao hospital. Amanhã? Comer, dormir, tirar leite e ir ao hospital.
A casa está imunda, as roupas vão-se acumulando, a comida já escasseia e as toalhas da casa-de-banho precisam mesmo de ser mudadas.
Ando esgotada, ah pois ando. Adormeço em qualquer cantinho e ando meio assoberbada. Não me lembro das palavras certas a usar, a cama e a almofada são as minhas melhores amigas e ando a viver estes dias em versão piloto-automático. Custa-me horrores mexer uma palha e a preguiça para acordar de quatro em quatro horas durante a noite para tirar leite é cada vez maior.
Nos pequenos momentos de lucidez ponho-me a pensar o que seria de mim se o Rodrigo estivesse cá em casa. Sim, porque se agora ando assim, queria ver como seria se tivesse de cuidar de um recém-nascido, se o baby tivesse vindo comigo para casa. E já nem me ponho a imaginar o que seria a versão gémeos. Enfim, eu sei que tudo se faria na mesma, porque já aprendi que as forças se vão buscar a sítios obscuros e que na hora H tudo se consegue.
O Rodrigo lá está no seu T0 com vista para o helioporto do Santa Maria. Está a apenas 80 gramas do peso com que nasceu (que foi 1190) e já não é o caçula da la dos cuidados intensivos. Ontem deram entrada duas gémeas giraças com 24 semanas e que não param de olhar para o meu rapagão. Sim, rapagão. Já deixou o mecónio e já faz cocó à homenzinho, já não anda em tronco nu e já chora sem parecer um gatinho. Os pulmões continuam a desenvolver-se e acredito que para a semana já respire com mais energia e sem ajudas. A ver vamos. Para já, uma certeza muito pouco suspeita: o Rodrigo é o bebé mais lindo da neonatologia.
quinta-feira, agosto 06, 2009
A habituar-me aos passos atrás
As enfermeiras bem me vão dizendo para não me angustiar, que é mesmo assim, é tudo normal, ele ainda é muito pequenino. Mas a verdade é que não consigo esconder a tristeza quando vejo que se deu um passito atrás. E elas, queridas, reforçam a ideia de que vai ser assim até ao fim, para me ir habituando, um dia é um passo à frente, no outro, pode ser um passo atrás.
O Rodrigo tem feito muitas apneias e voltaram a ligá-lo a uma máquina que o ajuda a não esquecer-se de inspirar e expirar quando adormece profundamente. E apesar da médica me assegurar que tudo isto faz parte da prematuridade dele, sinto muita vontade de chorar. E choro. E visto-me de castanho e preto sem me aperceber (que horror, fui mesmo mal vestida para o hospital. Onde é que eu estava com a cabeça?). E depois o Rodrigo está com uma anemia. E elas, tão queridas, a dizerem que é normal nos bebés como ele, para não me preocupar, que vão fazer uma transfusão de sangue e que tudo fica bem. O coração volta a apertar e os recantos para se deixar escapar mais umas lágrimas são escassos, no meio de tanta agitação clínica.
Hoje, lá estava o meu filho. A recuperar bem mas com tubos que eu já julgava arrumados a um canto. Enfim, há que ter muita força e paciência. Amanhã será um daqueles dias de passito à frente. Eu sei que sim.
E é o regresso à loucura do dia-a-dia
E eis que as dores vão desaparecendo e eu vou regressando à vida. Já fui jantar com amigas (que saudades), já fui ao supermercado (meu Deus, como é que o gajo consegue sobreviver sem nada na despensa e sem fruta e sem azeite e sem leite), ao cabeleireiro (como estava a precisar) e para a semana a parte mais entusiasmante: comprar mobílias e outros mimos para o quarto do baby.
segunda-feira, agosto 03, 2009
Coisas do estômago
Dêem-me bofetadas fortes, pontapés nos rins, ponham-me um adesivo bem forte na boca. Mas por favor, alguém me salve desta fome constante e que alguém ponha termo aos assaltos ferozes que faço à comida. Não estou com forças para conter-me e começo mesmo a ter medo de me aproximar da cozinhs ou de qualquer outro espaço onde existam coisas comestíveis. Não quero mesmo engordar e não sei como pôr um ponto final nesta minha versão enfardadeira que já não distingue refeições, porque as cola umas às outras. Vergonha.
domingo, agosto 02, 2009
Um valentão, é o que é!
Um quilo e quarenta gramas. Este é o peso actual do Rodrigo, que tem mostrado nestes 13 dias de vida que está cheio de vontade de desbravar terreno. Para já, a incubadora que o mantém a uma temperatura de 37 graus e o protege de todos os estímulos stressantes, vai sendo o seu refúgio de ouro, onde ele se deverá manter por pelo menos mais um mês.
O momento mais ansiado do dia é aquele em que atravesso o corredor estreito da Unidade de Cuidados Intensivos de Neonatologia (onde estão os prematuros) de olhos postos na incubadora lá do fundo, a última, para me certificar de que o bebé continua lá, que está tudo bem, que se mexe e que não tem tubos nem máquinas novas. E então respiro de alívio, desinfecto-me, visto a bata, e atravesso a porta de vidro que me vai fazer chegar bem perto do Rodrigo. A evolução tem sido enorme e todos os dias eu e o maridão temos boas surpresas. Primeiro passou a respirar sozinho, depois deixou de precisar de ajuda para fazer cocó, a seguir deixou o soro para começar a beber do meu leite, aumemtaram-lhe a dose e ele tolerou, o papá estreou-se em recebê-lo no colo a sentir o seu acelerado coraçãozito, e hoje mudei-lhe a fralda.
Tão bom. Ó puto charila, tu engorda-me para vires depressa para a tua casa, que isto de sair todos os dias do hospital sem te trazermos nos braços parte-nos o coração. Ah, e isto de andar a acordar de quatro em quatro horas para dar de mamar a uma máquina também não tem graça nenhuma.
quarta-feira, julho 29, 2009
Já sou mãe!
Mais valia ter estado calada. Pus-me a queixar disto e daquilo e toma lá. Mas vamos ao início. O post anterior foi escrito a dia 19. Dia 20, desde o final da tarde e durante toda a noite, tive umas dores do género moinhas menstruais abaixo do umbigo. No dia seguinte, a 21, e já a estranhar as tais dorzinhas não passarem, decidi ligar à minha médica. “Deve ser alguma alteração ao nível do colo do útero. Venha cá ao hospital porque temos de vigiar isso”. “Hum… pronto, mas doutora, as dores não têm regularidade e não são assim muito fortes. Eu estou em Mafra, acha mesmo que é melhor ir, é isso?”. E foi isso.
Os meus pais chegaram a minha casa para me darem o habitual almoço e lá lhes disse que tinha sido aconselhada a ir, mais uma vez, às urgências. Tomei banho, almocei peixe frito com arroz de tomate e lá fomos para mais uma trivial viagem para as urgências, a menos stressante das tantas que já tínhamos feito com perdas de líquido e de sangue pelo meio.
Já com o médico, deitei-me na marquesa para o exame ginecológico. Meteu-me o chamado bico de pato e ficou com cara de parvo a olhar lá para dentro. Perguntei-lhe o que se passava, para não me esconder nada. “Não se assuste, mas eu estou a ver aqui um pé”. Isso mesmo, um dos bebés, o que tinha pouco líquido, estava com pressa de sair e decidiu dar o ar da sua graça às 27 semanas com um pé a espreitar no meu colo. Perplexo, o médico pediu-me de imediato autorização para chamar uns colegas para ver aquilo e tirar uma fotografia ao “fenómeno” com o telemóvel. Deitada, eu mal conseguia pensar no que estava a acontecer e o meu coração pulava que nem louco ao aperceber-me que tinha chegado a hora. E a hora era definitivamente cedo demais. Eu devia estar com uma cara que o médico sentiu-se na necessidade de explicar: “Esteja descansada que não vou apanhar a cara”. Eu queria lá saber da foto, eu já só pensava que ia ser mãe naquele momento e que quando voltasse a cruzar-me com os meus pais na sala de urgências era para lhes dizer que iam ser avós.
As lágrimas escorriam-me pela cara, mas pararam na sala de partos, tal era o estado de pânico em que eu estava. Levada pela minha hipocondrice, entrei por ali dentro a dizer que tinha isto, e aquilo, ah e cuidado também que sofro disto e (a melhor) almocei peixe frito com arroz de tomate, isto não me pára a digestão?
Em trinta minutos e já com a epidural dada dava-se início à cesariana. Primeiro saiu o Tomás, o que tinha pouco líquido, com pouco mais de um quilo, depois saiu o Rodrigo, com um quilo e cem gramas. Uns ratitos lindos que ainda tive a oportunidade de espreitar quando nasceram, mas que foram logo levados para serem preparados para as incubadoras. Passadas oito horas, e enfrentando várias dificuldades respiratórias e deformações físicas, o Tomás acabou por não resistir. Passo à frente os sentimentos e as emoções que ainda agora em mim vivem e o que eu em maridão passámos a tratar de coisas tão opostas como certidões de nascimento, e de óbito, subsídios de nascimento, e funerais.
Ficou o Rodrigo. Um bebé lindo que está a reagir muito bem à vida e para o qual cada dia que passa é uma vitória. Em apenas oito dias, já respira sozinho, já faz cocó, está a ganhar peso e a única coisa que está por ultrapassar é aprender a comer sozinho. Médicos dizem que está para muito breve.
Custa muito estar em casa sem ele, mas todos os dias o Rodrigo recebe a visita dos papás no hospital, bem como boas doses de leite, que retiro de três em três horas com uma bomba. Sem estar à espera, a minha vida mudou. Sou mãe e agora só penso no dia em que o Rodrigo vai poder vir para casa. E sem dar conta, lá continuo eu a riscar os dias no calendário.
E com toda esta história, confirmei que sou mesmo uma mariquinhas do caraças. Sofri horrores com as dores da cesariana e chorei em desespero enquanto as colegas de quarto faziam mortais encarpados com os bebés equilibrados na cabeça e os analgésicos esquecidos em cima da mesa. E eu em lágrimas, a rastejar aos pés das enfermeiras para me encherem as veias de morfina e me porem a dormir. Uma fraquinha, portanto.
Os meus pais chegaram a minha casa para me darem o habitual almoço e lá lhes disse que tinha sido aconselhada a ir, mais uma vez, às urgências. Tomei banho, almocei peixe frito com arroz de tomate e lá fomos para mais uma trivial viagem para as urgências, a menos stressante das tantas que já tínhamos feito com perdas de líquido e de sangue pelo meio.
Já com o médico, deitei-me na marquesa para o exame ginecológico. Meteu-me o chamado bico de pato e ficou com cara de parvo a olhar lá para dentro. Perguntei-lhe o que se passava, para não me esconder nada. “Não se assuste, mas eu estou a ver aqui um pé”. Isso mesmo, um dos bebés, o que tinha pouco líquido, estava com pressa de sair e decidiu dar o ar da sua graça às 27 semanas com um pé a espreitar no meu colo. Perplexo, o médico pediu-me de imediato autorização para chamar uns colegas para ver aquilo e tirar uma fotografia ao “fenómeno” com o telemóvel. Deitada, eu mal conseguia pensar no que estava a acontecer e o meu coração pulava que nem louco ao aperceber-me que tinha chegado a hora. E a hora era definitivamente cedo demais. Eu devia estar com uma cara que o médico sentiu-se na necessidade de explicar: “Esteja descansada que não vou apanhar a cara”. Eu queria lá saber da foto, eu já só pensava que ia ser mãe naquele momento e que quando voltasse a cruzar-me com os meus pais na sala de urgências era para lhes dizer que iam ser avós.
As lágrimas escorriam-me pela cara, mas pararam na sala de partos, tal era o estado de pânico em que eu estava. Levada pela minha hipocondrice, entrei por ali dentro a dizer que tinha isto, e aquilo, ah e cuidado também que sofro disto e (a melhor) almocei peixe frito com arroz de tomate, isto não me pára a digestão?
Em trinta minutos e já com a epidural dada dava-se início à cesariana. Primeiro saiu o Tomás, o que tinha pouco líquido, com pouco mais de um quilo, depois saiu o Rodrigo, com um quilo e cem gramas. Uns ratitos lindos que ainda tive a oportunidade de espreitar quando nasceram, mas que foram logo levados para serem preparados para as incubadoras. Passadas oito horas, e enfrentando várias dificuldades respiratórias e deformações físicas, o Tomás acabou por não resistir. Passo à frente os sentimentos e as emoções que ainda agora em mim vivem e o que eu em maridão passámos a tratar de coisas tão opostas como certidões de nascimento, e de óbito, subsídios de nascimento, e funerais.
Ficou o Rodrigo. Um bebé lindo que está a reagir muito bem à vida e para o qual cada dia que passa é uma vitória. Em apenas oito dias, já respira sozinho, já faz cocó, está a ganhar peso e a única coisa que está por ultrapassar é aprender a comer sozinho. Médicos dizem que está para muito breve.
Custa muito estar em casa sem ele, mas todos os dias o Rodrigo recebe a visita dos papás no hospital, bem como boas doses de leite, que retiro de três em três horas com uma bomba. Sem estar à espera, a minha vida mudou. Sou mãe e agora só penso no dia em que o Rodrigo vai poder vir para casa. E sem dar conta, lá continuo eu a riscar os dias no calendário.
E com toda esta história, confirmei que sou mesmo uma mariquinhas do caraças. Sofri horrores com as dores da cesariana e chorei em desespero enquanto as colegas de quarto faziam mortais encarpados com os bebés equilibrados na cabeça e os analgésicos esquecidos em cima da mesa. E eu em lágrimas, a rastejar aos pés das enfermeiras para me encherem as veias de morfina e me porem a dormir. Uma fraquinha, portanto.
domingo, julho 19, 2009
Porque só damos importância às coisas quando não podemos tê-las: coisas que quero fazer quando deixar o repouso
Ir comer caracóis a uma esplanada que eu cá sei na Ericeira;
Ir comer uma mariscada a Ribamar;
Ir comer... (estou a brincar, já chega de comidas), ir com a família à Praia Fluvial de Freixo de Espada a Cinta e a uma que é não sei quê do Mato, em Abrantes;
Dar um mergulho no mar e apanhar conquilhas na maré baixa, de preferência na Ilha de Tavira;
Comprar coisas para o quarto dos babys, que estou a zeros (ui, vai ser bonito);
Arranjar a arrecadação;
Comprar um móvel de exterior para pôr as vassouras e as esfregonas que andam à solta ao pé do churrasco;
Pintar o cabelo;
Arranjar os pés;
Aproveitar um voucher que tenho para depilação definitiva;
Conduzir à maluca sem destino (saudades do volante);
Cozinhar como se não houvesse amanhã, tenho tido tantas ideias para receitas novas.
Ir comer uma mariscada a Ribamar;
Ir comer... (estou a brincar, já chega de comidas), ir com a família à Praia Fluvial de Freixo de Espada a Cinta e a uma que é não sei quê do Mato, em Abrantes;
Dar um mergulho no mar e apanhar conquilhas na maré baixa, de preferência na Ilha de Tavira;
Comprar coisas para o quarto dos babys, que estou a zeros (ui, vai ser bonito);
Arranjar a arrecadação;
Comprar um móvel de exterior para pôr as vassouras e as esfregonas que andam à solta ao pé do churrasco;
Pintar o cabelo;
Arranjar os pés;
Aproveitar um voucher que tenho para depilação definitiva;
Conduzir à maluca sem destino (saudades do volante);
Cozinhar como se não houvesse amanhã, tenho tido tantas ideias para receitas novas.
sábado, julho 18, 2009
sexta-feira, julho 17, 2009
Ui
Vamos lá ver no que dá esta brincadeira das bolachas Maria e dos Cornetos de morango. Hoje fiz a análise do açúcar e tenho medo, muito medo dos resultados, porque sei que não me tenho portado muito bem.
Para fazer o exame saí de casa e confesso que já não consigo estar muito tempo em pé ou a andar. Deve ser de estar há um mês deitada. Os ossos da bacia dóem e os putos charilas carregam-me muito a bexiga quando estou na vertical.
E pronto, já estou outra vez deitadinha, neste meu quarto catita que não me tem defraudado nestes dias de repouso. Quem também não vai certamente defraudar e que quer distância do repouso é a minha querida Boop, que após uma paragem regressa ao blog para contar as suas histórias.
E para terminar, notícias ainda melhores: babys fazem hoje as 27 semanas! Iupiii.
Para fazer o exame saí de casa e confesso que já não consigo estar muito tempo em pé ou a andar. Deve ser de estar há um mês deitada. Os ossos da bacia dóem e os putos charilas carregam-me muito a bexiga quando estou na vertical.
E pronto, já estou outra vez deitadinha, neste meu quarto catita que não me tem defraudado nestes dias de repouso. Quem também não vai certamente defraudar e que quer distância do repouso é a minha querida Boop, que após uma paragem regressa ao blog para contar as suas histórias.
E para terminar, notícias ainda melhores: babys fazem hoje as 27 semanas! Iupiii.
quinta-feira, julho 16, 2009
Gosto!
Para quem não conhece, este rapaz chama-se João Manzarra e tem sido aposta recente da SIC como apresentador. Começou por entrar no casting para o Curto Circuito, ganhou, e em pouco tempo pôs a um canto caras já conhecidas da estação.
O rapaz tem muita piada, sem ser ridículo ou inconveniente. Gosto! Tem pinta, faz-me rir e aquele sentido de humor que nos faz soltar a gargalhada no silêncio do quarto.
O rapaz tem muita piada, sem ser ridículo ou inconveniente. Gosto! Tem pinta, faz-me rir e aquele sentido de humor que nos faz soltar a gargalhada no silêncio do quarto.
quarta-feira, julho 15, 2009
Os meus dias de há três semanas para cá
07.00 - Despertar para comer quatro bolachas Maria. Volto a dormir;
09.00 - Marido traz pequeno-almoço à cama, inclui sempre iogurte e pão. Volto a adormecer até às 11.30 e não torno a dormir mais durante todo o dia;
12.00- Levanto-me pela primeira vez da cama para ir tomar banho e volto a deitar-me;
13.00 - Pais ou marido entram em casa com almoço feito e chamam-me à mesa quando está tudo pronto. Como, lavo os dentes e deito-me na cama. Antes de irem às suas vidas, deixam-me ao lado da cama um saco térmico com o lanche e tudo o que preciso para esse dia, como revistas, água, remédios, telemóveis, computador...;
17.00 - Sento-me na beira da cama e lancho. Inclui sempre um iogurte e uma sandes. Volto a deitar-me;
18.30 - Como algumas bolachas Maria;
20.00 - Marido ou pais dão-me o jantar e volto a deitar-me;
22.30 - Marido traz-me à cama um chá, que bebo com algumas bolachas Maria;
24.00 - Por esta hora, já estou mais para lá do que para cá e acabo por adormecer.
As horas na cama são passadas a ler, a ver televisão e aqui no computador. Felizmente, entretenho-me sozinha com alguma facilidade.
Esta noite vou trocar as camisas de dormir e os pijamas por um vestidinho de grávida, pois o meu pai faz anos e o bolo é apagado na minha casa. Se Maomé não pode ir à montanha...
09.00 - Marido traz pequeno-almoço à cama, inclui sempre iogurte e pão. Volto a adormecer até às 11.30 e não torno a dormir mais durante todo o dia;
12.00- Levanto-me pela primeira vez da cama para ir tomar banho e volto a deitar-me;
13.00 - Pais ou marido entram em casa com almoço feito e chamam-me à mesa quando está tudo pronto. Como, lavo os dentes e deito-me na cama. Antes de irem às suas vidas, deixam-me ao lado da cama um saco térmico com o lanche e tudo o que preciso para esse dia, como revistas, água, remédios, telemóveis, computador...;
17.00 - Sento-me na beira da cama e lancho. Inclui sempre um iogurte e uma sandes. Volto a deitar-me;
18.30 - Como algumas bolachas Maria;
20.00 - Marido ou pais dão-me o jantar e volto a deitar-me;
22.30 - Marido traz-me à cama um chá, que bebo com algumas bolachas Maria;
24.00 - Por esta hora, já estou mais para lá do que para cá e acabo por adormecer.
As horas na cama são passadas a ler, a ver televisão e aqui no computador. Felizmente, entretenho-me sozinha com alguma facilidade.
Esta noite vou trocar as camisas de dormir e os pijamas por um vestidinho de grávida, pois o meu pai faz anos e o bolo é apagado na minha casa. Se Maomé não pode ir à montanha...
terça-feira, julho 14, 2009
segunda-feira, julho 13, 2009
Slogans que tal (PSD)
"Nunca baixamos os braços"
porque passamos a campanha aos abraços,
quer dizer não são bem abraços, é mais um encostar ao de leve acompanhado de duas pancadinhas repetidas e amistosas no ombro, para salvaguardar a devida distância.
porque passamos a campanha aos abraços,
quer dizer não são bem abraços, é mais um encostar ao de leve acompanhado de duas pancadinhas repetidas e amistosas no ombro, para salvaguardar a devida distância.
Slogans que tal (PS)
"Juntos conseguimos"
Alto lá! A moça que aparece no cartaz, ao lado do Sócrates, pareço eu com mais uns quilos, mas não. Não emprestei direitos de imagem ao PS. E ela se calhar também não.
Alto lá! A moça que aparece no cartaz, ao lado do Sócrates, pareço eu com mais uns quilos, mas não. Não emprestei direitos de imagem ao PS. E ela se calhar também não.
Prova superada
O repouso absoluto está a dar frutos. A ecografia de hoje mostrou dois putos fabulosos, a darem pontapés na cabeça um do outro e a crescerem como gente grande. Com 26 semanas, um deles já atingiu um quilo, o mais piqueno está com 900 gramas. Uns matulões, portanto. Mais feliz fiquei quando a médica disse que, para já, tudo bem com os pulmões do baby com menos líquido. Líquido esse que, apesar de ainda ser pouco, aumentou um tiquinho.
E pronto. Há lá coisa melhor do que irmos vendo o nosso esforço recompensado? DEpois de alguns minutos com o vento a tocar-me a pele, já estou de novo na toca. Mas feliz. Tão feliz.
Amanhã, segue a minha barriga.
Adenda: Varejeiras extintas.
E pronto. Há lá coisa melhor do que irmos vendo o nosso esforço recompensado? DEpois de alguns minutos com o vento a tocar-me a pele, já estou de novo na toca. Mas feliz. Tão feliz.
Amanhã, segue a minha barriga.
Adenda: Varejeiras extintas.
sexta-feira, julho 10, 2009
Arghhhh
Ui, c'a nojo. Tenho a cozinha invadida por moscas varejeiras. Há dois dias que elas aparecem não se sabe bem de onde e se fazem passear alegremente pelos vidros. Juro que sou muito asseadinha, a casa é novinha em folha, não há alimentos podres pelo chão, nada disso. Fogo, de onde é que as danadinhas apareceram? E eu que não posso andar ali em pé a arrastar máquinas para lhes deitar veneno. Já incumbi marido e pai para vestirem os fatos de exterminadores e acabarem com a brincadeira. "Se for preciso desmancha-se a cozinha toda". Exagerada? Epá, é que à semelhança das baratas, estas gajas gordas com brilhos esverdeados são do mais nojentinho que para aí anda.
quinta-feira, julho 09, 2009
Como é que se fecha a torneira?
Eu bem que tento manter o espírito positivo, mas a quantidade de líquido amniótico que tenho perdido nos últimos dois dias tem sido tanto que sinceramente estranho o bebé ainda não ter dado o alarme.
E a ecografia ainda tão longe.
Acho que amanhã, que tenho consulta (iupi, vou sair de casa, sentir o sol e o vento na pele e ver pessoas e pôr sapatos), vou fazer um choradinho à médica para conseguir que ela me mande para o piso das ecografias, para ficar mais descansada. Um bocadinho mais descansada. E por mais que tente estar alegre, a minha expressão muda de cada vez que sinto a torneira a abrir sem nada poder fazer. Entretanto, estou desejosa que o dia de amanhã chegue ao fim, faço as 26 semanas. E vai mais uma.
E a ecografia ainda tão longe.
Acho que amanhã, que tenho consulta (iupi, vou sair de casa, sentir o sol e o vento na pele e ver pessoas e pôr sapatos), vou fazer um choradinho à médica para conseguir que ela me mande para o piso das ecografias, para ficar mais descansada. Um bocadinho mais descansada. E por mais que tente estar alegre, a minha expressão muda de cada vez que sinto a torneira a abrir sem nada poder fazer. Entretanto, estou desejosa que o dia de amanhã chegue ao fim, faço as 26 semanas. E vai mais uma.
quarta-feira, julho 08, 2009
Fica para o ano
O telefone tem tocado várias vezes desde que me encontro nestas férias prolongadas na horizontal. Convidam-me para aniversários, casamentos, jantaradas e cineminhas e eu lá declino, explicando que não posso estar nessas andanças, que estou de repouso e por aí fora.
Mas o telefonema desta manhã custou muito. Ai o que me custou, caramba, ter de recusar um convite para ir cantar o fado num espaço onde já cantei por diversas vezes e que adoro. Já tinha comentado com maridão que nunca mais tinha cantado em público e que tinha imensas saudades. E o telefonema tão ansiado aconteceu. Enfim, é daquelas coisas. É óbvio que não trocava os meus babys por nada deste Mundo, mas que fico a remoer, ai isso fico. E olhem, vou cantando aqui no quarto, a pensar que tudo vai correr bem e que para o ano lá vou estar, a cantarolar... "Zangueeeei-me com o meu amoooooor...".
Mas o telefonema desta manhã custou muito. Ai o que me custou, caramba, ter de recusar um convite para ir cantar o fado num espaço onde já cantei por diversas vezes e que adoro. Já tinha comentado com maridão que nunca mais tinha cantado em público e que tinha imensas saudades. E o telefonema tão ansiado aconteceu. Enfim, é daquelas coisas. É óbvio que não trocava os meus babys por nada deste Mundo, mas que fico a remoer, ai isso fico. E olhem, vou cantando aqui no quarto, a pensar que tudo vai correr bem e que para o ano lá vou estar, a cantarolar... "Zangueeeei-me com o meu amoooooor...".
terça-feira, julho 07, 2009
Pois pois
No Você na TV (sim, é a minha companhia pela manhã) falava-se sobre as mentiras entre mães e filhas. A Carla Andrino e a sua pequena a dizerem que nunca mentiram uma à outra. Tá bem abelha.
segunda-feira, julho 06, 2009
Os meus cabelos brancos e o meu rabo de macaco
Vinte. Serão seguramente vinte os novos cabelos brancos que cresceram na minha cabeça desde que soube que estou grávida. Eu, que sempre me imaginei vaidosíssima a exibir a minha pança por esse Verão escaldante com modelitos fora de série e enjoos deitados para trás das costas, tenho, na verdade, passado todo o tempo fechada em casa e a exibir as camisas de dormir ao marido e aos pais. Mas isto não são queixas, pois estes meus ricos filhos são mais do que desejados e conseguiria aguentar uma farta cabeleira branca só para que estivessem bem.
Depois de apenas três dias em casa após ter estado internada, voltei a perder sangue. E entre um choro assustado e desesperado, lá fui eu de charola para as urgências, não sem antes preparar uma pequena babagem para o caso de me internarem de novo. Nunca mais me apanham com aquelas camisas de dormir traçadas que nos deixam o rego à mostra, aquelas cuecas descartáveis que nos apanham as maminhas cá em cima e aqueles chinelitos de pano que ensopam tudo o que pisam.
Felizmente, mandaram-me para casa para continuar o repouso. Não é hemorragia. Não há descolamento de placenta. Não tenho dores. O CTG não acusou contracções. Os resultados são negativos para infecções. O que os médicos me dizem é que pode ser alguma coisa ao nível do colo do útero, talvez um dos manos que goste de se esticar um pouco mais em direcção à saída.
Para ajudar à festa - e perdoem-me a crueldade da descrição - o meu rabo está parecido ao de um macaco devido a uma crise hemorroidal que me tem atazanado a vida. Há três dias que não me sento na sanita e a única questão que me assola é para onde raio vão os quilos de comida que vou ingerindo ao longo do dia.
Por último, um pedido ao pessoal que me conhece: pensei muito antes de publicar aqui o meu problema de hemorróidas acompanhado pela comparação ao rabo do macaco. Que esta imagem morra aqui para sempre e que continuem a ver-me como sempre me viram.
Depois de apenas três dias em casa após ter estado internada, voltei a perder sangue. E entre um choro assustado e desesperado, lá fui eu de charola para as urgências, não sem antes preparar uma pequena babagem para o caso de me internarem de novo. Nunca mais me apanham com aquelas camisas de dormir traçadas que nos deixam o rego à mostra, aquelas cuecas descartáveis que nos apanham as maminhas cá em cima e aqueles chinelitos de pano que ensopam tudo o que pisam.
Felizmente, mandaram-me para casa para continuar o repouso. Não é hemorragia. Não há descolamento de placenta. Não tenho dores. O CTG não acusou contracções. Os resultados são negativos para infecções. O que os médicos me dizem é que pode ser alguma coisa ao nível do colo do útero, talvez um dos manos que goste de se esticar um pouco mais em direcção à saída.
Para ajudar à festa - e perdoem-me a crueldade da descrição - o meu rabo está parecido ao de um macaco devido a uma crise hemorroidal que me tem atazanado a vida. Há três dias que não me sento na sanita e a única questão que me assola é para onde raio vão os quilos de comida que vou ingerindo ao longo do dia.
Por último, um pedido ao pessoal que me conhece: pensei muito antes de publicar aqui o meu problema de hemorróidas acompanhado pela comparação ao rabo do macaco. Que esta imagem morra aqui para sempre e que continuem a ver-me como sempre me viram.
sexta-feira, julho 03, 2009
EUREKA
Há uma semana atrás fui à casa-se-banho e tinha sangue nas cuecas. Senti o mundo desabar em cima da cabeça perante a certeza de que estava a perder um dos gémeos. Corri para as urgências e fiquei de imediato internada, com a hemorragia a estancar durante essa noite e com a garantia de que estava tudo bem com os bebés. No entanto, conseguiu confirmar-se que ando a perder líquido amniótico há 13 semanas (!!), apesar de ter ido várias vezes antes às urgências e de me terem garantido que o fluído que eu sentia não era líquido amniótico. Ok, Eureka, agora percebe-se porque razão um dos manos tem pouco líquido.
Nem sei que diga e que vos conte acerca da última semana, em que estive literalmente presa a uma cama de hospital.
Ontem deram-me alta (ufa) e agora é aguentar os babys o máximo de tempo possível, para nascerem sem perigo. Deitada na cama todo o dia, tenho um calendário ao meu lado onde vou riscando os dias que passam para poder respirar um pouco de alívio. Ainda me faltam riscar pelo menos mais cinco semanas. Mas estou muito feliz de já ter ordem para me levantar para poder ir à casa de banho e para comer. Nem vos vou relatar como foi ter de fazer tudo (mesmo tudo) numa cama do Santa Maria e rodeada de mais três mães internadas. Hoje fazemos 25 semanas. Lá fora vai anoitecendo e para mim é mais um dia ganho. Nunca até agora tinha tido tanta noção do tempo. De como ele custa a passar.
Obrigada pelas dicas preciosas de post anterior.
Nem sei que diga e que vos conte acerca da última semana, em que estive literalmente presa a uma cama de hospital.
Ontem deram-me alta (ufa) e agora é aguentar os babys o máximo de tempo possível, para nascerem sem perigo. Deitada na cama todo o dia, tenho um calendário ao meu lado onde vou riscando os dias que passam para poder respirar um pouco de alívio. Ainda me faltam riscar pelo menos mais cinco semanas. Mas estou muito feliz de já ter ordem para me levantar para poder ir à casa de banho e para comer. Nem vos vou relatar como foi ter de fazer tudo (mesmo tudo) numa cama do Santa Maria e rodeada de mais três mães internadas. Hoje fazemos 25 semanas. Lá fora vai anoitecendo e para mim é mais um dia ganho. Nunca até agora tinha tido tanta noção do tempo. De como ele custa a passar.
Obrigada pelas dicas preciosas de post anterior.
quarta-feira, junho 24, 2009
Ui... que estou tão baralhada
Nota prévia: E o tema do post de hoje está relacionado com... tchan tchan tchan tchaaaaan... gravidez. Sim, para variar, transformo aqui o estaminé em diário deste meu estado de graça e desde já peço desculpa pela monotonia temática. Garanto que pessoalmente consigo manter todo o tipo de conversação.
E vamos então ao que interessa. Como ainda não comecei com as aulas pré-parto, são várias as dúvidas que me assolam:
- Opto por aqueles fraldários com banheira incorporada para pôr no quarto ou compro banheira de bebé para lhes dar banho na minha casa-de-banho?
- Não vou passar pelos berços. Ando com as camas de grade entre o quarto deles (dia) e o meu (durante a noite) ou ponho-os a dormir no meu quarto numas alcofas?
- Ponho os gémeos a dormir na mesma cama de grades ou cada um na sua?
- Como é que vou fazer para que os avós paternos, que moram a uma hora da nossa casa e com a Ponte 25 de Abril pelo meio, também acompanhem de perto o crescimento dos netos? (ok, nesta questão nem o curso me safa)
- Moro num terceiro andar e o elevador é estupidamente tão pequeno que não cabe um carrinho de gémeos. Como resolvo isto?
- Qual a melhor opção de carrinhos? Bebés lado a lado, em comboio, ou um virado para o outro?
- O que faço a uma sofá-cama do Ikea novo em folha que comprei a pensar em quarto de hóspedes e que agora atrapalha em muito toda a organização do espaço?
Agradeço boas dicas, a sério, help me.
E vamos então ao que interessa. Como ainda não comecei com as aulas pré-parto, são várias as dúvidas que me assolam:
- Opto por aqueles fraldários com banheira incorporada para pôr no quarto ou compro banheira de bebé para lhes dar banho na minha casa-de-banho?
- Não vou passar pelos berços. Ando com as camas de grade entre o quarto deles (dia) e o meu (durante a noite) ou ponho-os a dormir no meu quarto numas alcofas?
- Ponho os gémeos a dormir na mesma cama de grades ou cada um na sua?
- Como é que vou fazer para que os avós paternos, que moram a uma hora da nossa casa e com a Ponte 25 de Abril pelo meio, também acompanhem de perto o crescimento dos netos? (ok, nesta questão nem o curso me safa)
- Moro num terceiro andar e o elevador é estupidamente tão pequeno que não cabe um carrinho de gémeos. Como resolvo isto?
- Qual a melhor opção de carrinhos? Bebés lado a lado, em comboio, ou um virado para o outro?
- O que faço a uma sofá-cama do Ikea novo em folha que comprei a pensar em quarto de hóspedes e que agora atrapalha em muito toda a organização do espaço?
Agradeço boas dicas, a sério, help me.
segunda-feira, junho 22, 2009
sexta-feira, junho 19, 2009
A segunda opinião
Em busca de uma segunda opinião para o dossiê "gémeos em que um dos fetos tem pouco líquido amniótico" fui a um dos maiores cromos em ecografias do pedaço. Tirando o facto de quase ter deixado escapar uma lágrima quando foi a hora de pagar (caro mesmo, enfim), eu e pai das crianças saímos do consultório bastante descansados. O cromo da bola é da opinião que os dois babys estão óptimos e que não há qualquer sinal de alerta para se proceder ao feticídio de um deles. O importante é vigiar. E pronto. Depois de uma depressão de uma semana, o meu coração recomeçou a bater com ritmo de samba, este calor voltou a ser maravilhoso, o sofá é de novo o meu melhor companheiro, a canja do maridão parece que sabe a pato e as minhas maminhas não estão enormes e assassinas, estão, digamos, encorpadas. E com este espírito, ou muito me engano, ou hoje ainda vou soltar umas gargalhadas a ver o Preço Certo. Ou isso, ou vou cantar alegremente quando começar o anúncio do sumo Sunny, que é assim numa praia ao estilo Marés Vivas, onde uma voz off com sotaque brasileiro grita e canta "SUNNYYYYYYYYY, o mélhórr rêfrescu pára txiiii".
quarta-feira, junho 17, 2009
Procura-se cozinheira
Ele é um querido e não o trocava por nada deste mundo. Mas a verdade é que o marido não tem - há que dizê-lo - muito jeito para as coisas da cozinha. Eu, que estou em repouso absoluto e por isso impossibilitada de mergulhar nos meus habituais e brilhantes devaneios culinários, fico à mercê do que ele carinhosamnete se esforça por confeccionar. E aqui entre nós, que ninguém nos lê, é assim, uma semana eu aguento, agora mais não sei. É que daquelas panelas só sai canja, hamburgueres e bifes e eu não sei se aguento esta variedade na ementa por muito mais tempo. Não há por aí um avental amigo que queira fazer umas visitas cá a casa para deixar uns tupperwares prontos a aquecer, não? Pleeeeease, pagamos bem.
Obrigada à também ela grávida Cocó na Fralda que atribuiu a este espaço um prémio muito querido e simpático. Bem que estranhei quando hoje fui ver as audiências, tinham disparado.
Obrigada à também ela grávida Cocó na Fralda que atribuiu a este espaço um prémio muito querido e simpático. Bem que estranhei quando hoje fui ver as audiências, tinham disparado.
Sobrinhos
Catarina, 5 anos e meio:
- Ó Mi, porque é que tomas cigarros? Não sabes que fazem os pulmões pretos?
- Pois é…
- …?
Sou tia de muitos sobrinhos, dos Batista e dos Amigos. A Joana ainda só abana a mão em frente ao nariz e diz: Caca. É lindo vê-los crescer.
E daqui mando força, beijinhos e abracinhos para a Anette e o Zé, que vão trazer mais sobrinhos para nos animar a vida!
- Ó Mi, porque é que tomas cigarros? Não sabes que fazem os pulmões pretos?
- Pois é…
- …?
Sou tia de muitos sobrinhos, dos Batista e dos Amigos. A Joana ainda só abana a mão em frente ao nariz e diz: Caca. É lindo vê-los crescer.
E daqui mando força, beijinhos e abracinhos para a Anette e o Zé, que vão trazer mais sobrinhos para nos animar a vida!
As minhas vinhas da ira
Irrita-me este revivalismo dos ABBA, é certo que me recorda a infância mas nem assim me apazigua os tímpanos. Aliás irritam-me revivalismos em geral, da moda à música; agora os 80’s já foram, revivamos alegremente os 90’s?… gente, ainda não passou uma década completa sequer!
Será que dá para mergulhar no passado seriamente e daí retirar ensinamentos, sem ser de coisas à toa, talvez a década de 30?
Será que dá para mergulhar no passado seriamente e daí retirar ensinamentos, sem ser de coisas à toa, talvez a década de 30?
terça-feira, junho 16, 2009
Já estive melhor
Sim. Confesso. As coisas não estão fáceis aqui para as minhas bandas. A situação mantém-se mais ou menos igual (um dos bebés tem pouco líquido amniótico e os médicos não me sabem dizer se irá ter sequelas ou não), mas o meu espírito positivo e a minha boa disposição vão sucumbindo a esta vida de sofá, às dúvidas, à ansiedade de não conhecer o desfecho desta história.
A minha cabeça sente-se um pouco cansada, ando meia triste, muito chorona e tenho medo de me afeiçoar a bebés que podem nem vir a nascer. É o que oiço dos médicos de cada vez que lá vou. Que isso pode acontecer. Estou com quase seis meses de gravidez e a minha barriga está enorme. Os bebés dão muitos pontapés, fazem questão de se fazer notar e eu rendo-me a esta magia que vai crescendo na minha barriga com uma angústia enorme do cenário se alterar de um momento para o outro. Os nomes estão escolhidos, mas o quarto continua por decorar e contam-se pelos dedos as roupas já compradas. Não haverá por aí uma bolita de cristal aqui para esta menina, não?
A minha cabeça sente-se um pouco cansada, ando meia triste, muito chorona e tenho medo de me afeiçoar a bebés que podem nem vir a nascer. É o que oiço dos médicos de cada vez que lá vou. Que isso pode acontecer. Estou com quase seis meses de gravidez e a minha barriga está enorme. Os bebés dão muitos pontapés, fazem questão de se fazer notar e eu rendo-me a esta magia que vai crescendo na minha barriga com uma angústia enorme do cenário se alterar de um momento para o outro. Os nomes estão escolhidos, mas o quarto continua por decorar e contam-se pelos dedos as roupas já compradas. Não haverá por aí uma bolita de cristal aqui para esta menina, não?
segunda-feira, junho 15, 2009
Estações que tal
Uma estação de comboios à tarde. Três miúdos, que suponho entre os 19 e 20 anos, a rodar entre si um papel amarelo povoado de exercícios. De quando em quando conversam, num emaranhado de primitivas, derivadas direccionais e funções vectoriais. Às tantas vira-se um e diz:
- Deu muito trabalho mas começo a ter raciocínio geométrico, quando olho para um exercício já quase que o resolvo automaticamente…
Rio-me para dentro durante muito tempo.
Se calhar tinha sido boa ideia ir às aulas de Álgebra Linear e Geometria Analítica, ao invés de calcorrear as festas das faculdades e os alfarrabistas da baixa portuense.
- Deu muito trabalho mas começo a ter raciocínio geométrico, quando olho para um exercício já quase que o resolvo automaticamente…
Rio-me para dentro durante muito tempo.
Se calhar tinha sido boa ideia ir às aulas de Álgebra Linear e Geometria Analítica, ao invés de calcorrear as festas das faculdades e os alfarrabistas da baixa portuense.
sábado, junho 13, 2009
Esplanadas que tal
Uma esplanada à tarde. Três miúdas, que suponho entre os 17 e 18 anos, a estudar para um teste de Português. Uma vai lendo alto numa espécie de sebenta parágrafos a fio sobre os heterónimos. De quando em quando conversam, numa confusão com o próprio do Pessoa. Às tantas vira-se uma e diz:
- Deixa lá ver se eu estou a perceber... o Alberto Caeiro era tipo um hippie, aquilo da natureza, ya?
Rio-me para dentro durante muito tempo.
Afinal de contas, Cristo também foi o primeiro comunista, ya?
- Deixa lá ver se eu estou a perceber... o Alberto Caeiro era tipo um hippie, aquilo da natureza, ya?
Rio-me para dentro durante muito tempo.
Afinal de contas, Cristo também foi o primeiro comunista, ya?
segunda-feira, junho 08, 2009
A luz ao fundo do túnel
(Não, não vou falar do meu umbigo que era profundo e agora já não é, mas sim em como um livro perdido numa das estantes da Fnac pode mudar a nossa vida)
Eu já gostava da Fnac e agora ainda mais. Pois foi ali que descobri que o nome Tomás quer dizer gémeo. Houve lá maneira mais fácil e ternurenta de convencer o pai das crianças a aceitar esse nome para um dos babys? Pois que foi canja.
E pronto, agora só falta o nome do mano. O pai quer Rodrigo, nome pelo qual não morro de amores, até por usar muito a expressão "deixa-te lá de rodriguices" quando me refiro a pessoas que estão a complicar em demasia. Gosto muito de Vasco, mas aborrece-me o diminutivo a que será quase impossível escapar que é a do Vasquinho. Depois? Bom, depois gosto de imensos outros nomes que o pai nem vê-los. Adoro Duarte, Guilherme, Jaime, Afonso, Vicente, Dinis. Ai, que preciso aí de outro golpe de sorte.
Balanço: estou de cinco meses e meio de gravidez. Bebé que nos tem dado dores de cabeça continua com menos líquido que o mano, mas o suficiente para se continuar a desenvolver normalmente. Estão com 60 gramas de diferença no peso e as ecografias repetem-se de semana a semana. Já os sinto a mexer muito e ontem, pela primeira vez, pai sentiu um dos pontapés.
Eu já gostava da Fnac e agora ainda mais. Pois foi ali que descobri que o nome Tomás quer dizer gémeo. Houve lá maneira mais fácil e ternurenta de convencer o pai das crianças a aceitar esse nome para um dos babys? Pois que foi canja.
E pronto, agora só falta o nome do mano. O pai quer Rodrigo, nome pelo qual não morro de amores, até por usar muito a expressão "deixa-te lá de rodriguices" quando me refiro a pessoas que estão a complicar em demasia. Gosto muito de Vasco, mas aborrece-me o diminutivo a que será quase impossível escapar que é a do Vasquinho. Depois? Bom, depois gosto de imensos outros nomes que o pai nem vê-los. Adoro Duarte, Guilherme, Jaime, Afonso, Vicente, Dinis. Ai, que preciso aí de outro golpe de sorte.
Balanço: estou de cinco meses e meio de gravidez. Bebé que nos tem dado dores de cabeça continua com menos líquido que o mano, mas o suficiente para se continuar a desenvolver normalmente. Estão com 60 gramas de diferença no peso e as ecografias repetem-se de semana a semana. Já os sinto a mexer muito e ontem, pela primeira vez, pai sentiu um dos pontapés.
quarta-feira, junho 03, 2009
Coisas que agora sei que devia ter feito antes de engravidar
Apesar dos sobressaltos, estou a adorar estar grávida. Mas são várias as vezes ao longo do dia em que me lembro de coisas que devia ter feito antes de estar em estado de graça. E são elas:
- Ter feito um seguro de saúde. Ó como era tão importante eu tê-lo feito com pés e cabeça para poder dar à luz num quartinho só meu, com wc privativo e com o maridão a poder passar lá comigo a noite.
- Uma festa de despedida de sushi. Não tive tempo de me despedir como devia de ser. Queria ter feito assim grande jantarada, com todas as qualidades e feitios daquela iguaria inventada pela malta dos olhos em bico. Devia ter apanhado uma barrigada, ah pois devia.
- Depilação definitiva em todo o corpo. É que me dava um jeitão tremendo nesta fase em que a barriga já nos vai dificultando as voltas e as posições na marquesa.
- Não ter tido a brilhante ideia de mobilar o quarto de hóspedes como se fosse para hóspedes na mesma semana em que soube que estou grávida. Afinal, o quarto será para os babys e tenho agora um sofá cama e um móvel novíssimos em folha e que vou ter de adaptar.
- Ter arrumado a minha arrecadação. Acho que nunca mais na vida vou conseguir ter paciência para pô-la como eu tinha idealizado.
- Apesar de ter viajado para Cabo Verde há pouco tempo, queria ter feito só mais uma ou duas viagens a dois sem ter de deixar os filhotes nos avós.
- E por fim, devia ter obrigado o gajo a assinar um papel em como aceitava os nomes que eu propunha para os nossos filhos antes mesmo sequer de haver cambalhotas. Isso é que era.
- Ter feito um seguro de saúde. Ó como era tão importante eu tê-lo feito com pés e cabeça para poder dar à luz num quartinho só meu, com wc privativo e com o maridão a poder passar lá comigo a noite.
- Uma festa de despedida de sushi. Não tive tempo de me despedir como devia de ser. Queria ter feito assim grande jantarada, com todas as qualidades e feitios daquela iguaria inventada pela malta dos olhos em bico. Devia ter apanhado uma barrigada, ah pois devia.
- Depilação definitiva em todo o corpo. É que me dava um jeitão tremendo nesta fase em que a barriga já nos vai dificultando as voltas e as posições na marquesa.
- Não ter tido a brilhante ideia de mobilar o quarto de hóspedes como se fosse para hóspedes na mesma semana em que soube que estou grávida. Afinal, o quarto será para os babys e tenho agora um sofá cama e um móvel novíssimos em folha e que vou ter de adaptar.
- Ter arrumado a minha arrecadação. Acho que nunca mais na vida vou conseguir ter paciência para pô-la como eu tinha idealizado.
- Apesar de ter viajado para Cabo Verde há pouco tempo, queria ter feito só mais uma ou duas viagens a dois sem ter de deixar os filhotes nos avós.
- E por fim, devia ter obrigado o gajo a assinar um papel em como aceitava os nomes que eu propunha para os nossos filhos antes mesmo sequer de haver cambalhotas. Isso é que era.
terça-feira, junho 02, 2009
O meu misterioso umbigo
Tenho um umbigo muito fundo. Não sei até que ponto isto reflecte algum traço da minha personalidade, mas a verdade é que ao longo dos meus 32 anos tenho tido especial atenção ao meu umbigo, nomeadamente em termos de higiene pessoal, por o mesmo ser muito fundo.
Tão fundo que nunca consegui ver como ele acaba e que surpresas guarda lá em baixo. Só para terem uma ideia, quando o limpo com um cotonete, o mesmo fica enfiado até metade, de tão fundo que o meu umbigo é. De quando em quando, quando aventurava o meu dedo indicador a ir um pouco mais longe, sentia uma saliência, pequena, singela, misteriosa.
Pois que com o crescimento da barriga o umbigo tem ficado cada vez mais para fora. E eu todos os dias a tentar ver o que lá se passa. E o pai das crianças sem me poder ouvir mais, a dizer-me para esquecer isso, que depois logo se via.
E não é que já consigo? E não é que já sei que saliência é essa que sentia dentro de mim durante mais de três décadas? E não é que passado todo este tempo consigo ver o que se passa no fundo do meu umbigo, que agora não é fundo coisíssima alguma?
Pois é, plantado no final do meu umbiguito, existe nada mais nada menos, do que... tchan tchan tarãããããã.... um daqueles sinais saídos, uma espécie de bolinha de carne, pequena, não muito bonita, é verdade, mas bem menos assustadora do que os cenários que me assolaram em noites de sono. Não sei que nome têm, mas é fofinha, não me incomoda, nasceu comigo e acabámos de nos conhecer. Acho, sinceramente, que este vai ser o início de uma grande amizade. Aliás, já sofro só de pensar que quando tudo isto for ao lugar, lá se vai o sinalinho esconder, como foi até aqui, com a diferença de eu a partir de agora já saber o que esconde o fundo do meu longo umbigo.
Tão fundo que nunca consegui ver como ele acaba e que surpresas guarda lá em baixo. Só para terem uma ideia, quando o limpo com um cotonete, o mesmo fica enfiado até metade, de tão fundo que o meu umbigo é. De quando em quando, quando aventurava o meu dedo indicador a ir um pouco mais longe, sentia uma saliência, pequena, singela, misteriosa.
Pois que com o crescimento da barriga o umbigo tem ficado cada vez mais para fora. E eu todos os dias a tentar ver o que lá se passa. E o pai das crianças sem me poder ouvir mais, a dizer-me para esquecer isso, que depois logo se via.
E não é que já consigo? E não é que já sei que saliência é essa que sentia dentro de mim durante mais de três décadas? E não é que passado todo este tempo consigo ver o que se passa no fundo do meu umbigo, que agora não é fundo coisíssima alguma?
Pois é, plantado no final do meu umbiguito, existe nada mais nada menos, do que... tchan tchan tarãããããã.... um daqueles sinais saídos, uma espécie de bolinha de carne, pequena, não muito bonita, é verdade, mas bem menos assustadora do que os cenários que me assolaram em noites de sono. Não sei que nome têm, mas é fofinha, não me incomoda, nasceu comigo e acabámos de nos conhecer. Acho, sinceramente, que este vai ser o início de uma grande amizade. Aliás, já sofro só de pensar que quando tudo isto for ao lugar, lá se vai o sinalinho esconder, como foi até aqui, com a diferença de eu a partir de agora já saber o que esconde o fundo do meu longo umbigo.
segunda-feira, junho 01, 2009
Recadinho
Já estou acordada há mais de uma hora e ainda não caiu no meu colo nenhum presente do Dia da Criança. Como é? Alimentar e carregar dois babys não merece o gesto? Como é maridão?
sexta-feira, maio 29, 2009
Como é enriquecedor estar em casa para conseguir ver os programas da manhã
Praça da Alegria, Ana Malhoa fala sobre a capa que fez para a Playboy:
"Nesta produção transmiti uma coisa que as pessoas ainda não tinham visto [dada a desenvoltura da cantora eu ia jurar que não ainda não tinham visto para aí quê... hummm, dez pessoas?] e vão ficar surpreendidas [ai que a revista só está amanhã nas bancas, tu não me digas pá que a patareca da gaja é diferente das outras!]"
"O meu marido já sabia que mais tarde ou mais cedo eu ia querer fazer uma Playboy" [esta eu não vou comentar, vou só rir de mim para mim]
"Neste trabalho,as pessoas vão ficar a conhecer o meu lado mais íntimo, o meu lado mais doce" [já estava na hora, que aquela cara de regatton dá para ter pesadelos]
quarta-feira, maio 27, 2009
E pronto, mais um problema resolvido
O calor que se faz sentir permite-me usar uma panóplia de roupas de grávida que finalmente me vai fazer sair deste buraco em que me encontrava, sem gracinha nenhuma. Ah, adeus ténis, venham de lá essas sandálias e chinelos mais do que giros.
sábado, maio 23, 2009
E, sinceramente, começo a achar que deus existe
Eu e meu único marido estavamos decididos a não esperar muito mais tempo para fazer o feticídio ao mano sem líquido. Estavamos decididos a transmitir isso aos médicos até ao momento em que a sonda percorreu a minha barriga e mostrou o mano doente mais saudável que uma alface e com o líquido amniótico reposto!
Quem me avisou de início que a gravidez de gémeos é carregada de emoções, não me enganou mesmo. E pela primera vez desde que este processo de "bebé morre, nao morre" começou, e que já dura há quase cinco meses (!!) não contive as lágrimas na marquesa das ecografias. Normalmente aguento até sair do hospital e entrar no carro. Desta vez não deu. Chorei de alegria, de medo, de espanto, de orgulho num ser tão pequenito que já mostrou que tem ganas de viver.
Estou muito feliz. Voltei à versão gémeos. E o orçamento de 200 euros (espectáculo)que tinha conseguido para montar o quarto para um bebé vai ser agora multiplicado por dois. Daqui a quinze dias repete-se a ecografia para ver se a situação que agora está normalizada se mantém. É ou não é razão para começar a acreditar em santinhos?
E a reforçar esta minha nova abordagem religiosa aparece a pega de caras que Marinho Pinto fez em directo à Manela Moura Guedes. Não morro de amores pelo senhor, mas que já merecia uma orelha da generala, já merecia. Para verem o frente a frente visitem a minha amiga Pipoca aqui.
Quem me avisou de início que a gravidez de gémeos é carregada de emoções, não me enganou mesmo. E pela primera vez desde que este processo de "bebé morre, nao morre" começou, e que já dura há quase cinco meses (!!) não contive as lágrimas na marquesa das ecografias. Normalmente aguento até sair do hospital e entrar no carro. Desta vez não deu. Chorei de alegria, de medo, de espanto, de orgulho num ser tão pequenito que já mostrou que tem ganas de viver.
Estou muito feliz. Voltei à versão gémeos. E o orçamento de 200 euros (espectáculo)que tinha conseguido para montar o quarto para um bebé vai ser agora multiplicado por dois. Daqui a quinze dias repete-se a ecografia para ver se a situação que agora está normalizada se mantém. É ou não é razão para começar a acreditar em santinhos?
E a reforçar esta minha nova abordagem religiosa aparece a pega de caras que Marinho Pinto fez em directo à Manela Moura Guedes. Não morro de amores pelo senhor, mas que já merecia uma orelha da generala, já merecia. Para verem o frente a frente visitem a minha amiga Pipoca aqui.
quarta-feira, maio 20, 2009
segunda-feira, maio 18, 2009
Carta aberta
Familiares e amigos de Jorge Jesus,
digam-lhe, sem medos, que a cabeleireira que lhe garantiu que aquelas madeixas iam ficar muito naturais, o enganou redondamente.
Aconselhem-no, sem rodeios, a tratar do assunto de forma frontal, nem que para isso seja preciso pintar o cabelo todo de preto-asa-de-corvo.
Aquelas manchas pretas meticulosamente alinhadas ao longo da cabeleira são ridículas e fazem lembrar a Maria José Valério se esta fosse homem e apoiante da Académica.
Sem mais, (pena não ter conseguido foto)
digam-lhe, sem medos, que a cabeleireira que lhe garantiu que aquelas madeixas iam ficar muito naturais, o enganou redondamente.
Aconselhem-no, sem rodeios, a tratar do assunto de forma frontal, nem que para isso seja preciso pintar o cabelo todo de preto-asa-de-corvo.
Aquelas manchas pretas meticulosamente alinhadas ao longo da cabeleira são ridículas e fazem lembrar a Maria José Valério se esta fosse homem e apoiante da Académica.
Sem mais, (pena não ter conseguido foto)
quinta-feira, maio 14, 2009
Especialidades
Quando assisto a um programa americano onde entrevistam uma "especialista em malas de mão" começo mesmo a acreditar que a futilidade ainda tem muito caminho para andar e que esta história das novas profissões tem pano para mangas.
E para seguimento de informação: Não se conseguiu fazer amniocintese por falta de líquido. Está certo que um dos manos não vai vingar. Preocupações recaem agora na sobrevivência do bebé que está bem. Avizinham-se decisões muuuuuito complicadas e de cortar o coração para uma mãe que para todos os efeitos se encontra ainda em estado potencial.
E para seguimento de informação: Não se conseguiu fazer amniocintese por falta de líquido. Está certo que um dos manos não vai vingar. Preocupações recaem agora na sobrevivência do bebé que está bem. Avizinham-se decisões muuuuuito complicadas e de cortar o coração para uma mãe que para todos os efeitos se encontra ainda em estado potencial.
segunda-feira, maio 11, 2009
Quatro meses e uma semana de gravidez gemelar
Repouso e mais repouso. Acho que nunca repousei tanto na vida e a sério que começo a ganhar um medo real de ficar com o meu rabo em forma de sofá. Opá, quando o dito se assemelhar à chaise long avisem-me.
Amanhã vou mexer-me, mas por muito pouco tempo. Vou ao hospital fazer uma amniocintese ao puto charila que está armado em teimoso e depois... bem, depois mais repouso. Só espero que tanto descanso resulte em bom e que consiga ter os gémeos. Isso e que nenhum deles saia com queixo de cú como o pai. Vá, se um deles tiver mesmo de ter o risco ao meio eu não me importo. A sério que não me importo.
Aqui vou eu para três diazinhos de descanso. Até lá.
...
Amanhã vou mexer-me, mas por muito pouco tempo. Vou ao hospital fazer uma amniocintese ao puto charila que está armado em teimoso e depois... bem, depois mais repouso. Só espero que tanto descanso resulte em bom e que consiga ter os gémeos. Isso e que nenhum deles saia com queixo de cú como o pai. Vá, se um deles tiver mesmo de ter o risco ao meio eu não me importo. A sério que não me importo.
Aqui vou eu para três diazinhos de descanso. Até lá.
...
segunda-feira, maio 04, 2009
Saí da miséria
É verdade, lembram-se daquela jovem mãe que aqui há dias vos dizia que não tinha quase nada para vestir com o barrigão de grávida? Pois que amiga N. cumpriu com o prometido e emprestou-me uma quantidade enooooorme de roupa pré-natal. Uma querida, foi o que ela foi. É que para além da quantidade, as peças são de cortar a respiração. Linda, linda que eu vou andar por aí a cirandar.
Entretanto, lá se completou mais um aniversário, lá acabou a baixa e lá começou uma semana de férias. E bendito este solinho gostoso e este mar que vejo da janela e com o qual tenho encontro marcado lá mais para o final do dia.
Amanhã almoço à beira-mar e mais um jantar familiar para receber muitos mimos.
Quarta-feira dia D com novoa ecografia a descortinar mistérios uterinos.
Bom início de semana para todos.
Entretanto, lá se completou mais um aniversário, lá acabou a baixa e lá começou uma semana de férias. E bendito este solinho gostoso e este mar que vejo da janela e com o qual tenho encontro marcado lá mais para o final do dia.
Amanhã almoço à beira-mar e mais um jantar familiar para receber muitos mimos.
Quarta-feira dia D com novoa ecografia a descortinar mistérios uterinos.
Bom início de semana para todos.
sexta-feira, maio 01, 2009
4.º e 5.º - A loucura
Ena, ena, ontem saí de casa e fiquei numa excitação tal que nem vim aqui dar contas. Mas atenção, senhores da Segurança Social que fiscalizam as baixas fraudulentas, saí do lar para tratar de assuntos inadiáves relacionados, precisamente, com a minha baixa. Não andei aí no laréu, nem fui lanchar a casa dos meus pais, nem apanhar um pouco de sol à praia. Deslarguem-me.
Entretanto, a minha lamechice deu resultado e a amiga N. ficou de trazer-me amanhã umas roupas de grávida. Que contente estou.
E pronto (ou como se diz aí pelos bairros, prontos) cá estou eu em mais um dia de sofá e televisão, diz que é feriado, pois para mim é um dia igual aos outros, exceptuando o facto dos babys (ainda não tinha falado deles hoje) fazerem hoje quatro meses de vida. Não é lindo? É pois. Acho que para assinalar a data posso comer um bolinho.
Bom fim-de-semana. Segunda cá estarei com mais um ano em cima do lombo. E vão 32. Ah, e já sem estar de baixa.
Entretanto, a minha lamechice deu resultado e a amiga N. ficou de trazer-me amanhã umas roupas de grávida. Que contente estou.
E pronto (ou como se diz aí pelos bairros, prontos) cá estou eu em mais um dia de sofá e televisão, diz que é feriado, pois para mim é um dia igual aos outros, exceptuando o facto dos babys (ainda não tinha falado deles hoje) fazerem hoje quatro meses de vida. Não é lindo? É pois. Acho que para assinalar a data posso comer um bolinho.
Bom fim-de-semana. Segunda cá estarei com mais um ano em cima do lombo. E vão 32. Ah, e já sem estar de baixa.
quarta-feira, abril 29, 2009
3.º dia - tempo para balanço
Depois de tantos dias em repouso, atirada para cima do sofá, tenho medo de ir trabalhar e de ouvir as pessoas cochicharem sobre o meu rabo achatado.
As minhas maminhas não estão grandes, estão naquele ponto de me atacarem a qualquer momento e de forma mortífera.
Sem tempo para ir às compras, a minha roupa neste momento resume-se a dois pares de calças e quatro partes de cima. Que miséria!
Não resisti. Voltei às Tardes da Júlia e arrepiei-me com o tema de hoje: "Não fizeram caso de mim e eu tinha razão!". Assim, com este ponto de exclamação e tudo.
A minha obstetra foi classificada pela minha mãe como "muito moderna" só porque hoje na Praça da Alegria defendeu o sexo na menopausa. Eu acho que a minha mãe estava com vontade de acrescentar: "filha, não se estraga assim a vida às pessoas". É que o meu pai também viu.
Por não estar com muita paciência para andar em pé na cozinha, descobri que a pessoa com quem casei sabe fazer bifes, canja e ovos estrelados.
As minhas maminhas não estão grandes, estão naquele ponto de me atacarem a qualquer momento e de forma mortífera.
Sem tempo para ir às compras, a minha roupa neste momento resume-se a dois pares de calças e quatro partes de cima. Que miséria!
Não resisti. Voltei às Tardes da Júlia e arrepiei-me com o tema de hoje: "Não fizeram caso de mim e eu tinha razão!". Assim, com este ponto de exclamação e tudo.
A minha obstetra foi classificada pela minha mãe como "muito moderna" só porque hoje na Praça da Alegria defendeu o sexo na menopausa. Eu acho que a minha mãe estava com vontade de acrescentar: "filha, não se estraga assim a vida às pessoas". É que o meu pai também viu.
Por não estar com muita paciência para andar em pé na cozinha, descobri que a pessoa com quem casei sabe fazer bifes, canja e ovos estrelados.
terça-feira, abril 28, 2009
2.º dia
Hoje acordei muuuuuuuito enjoada. A noite também não foi fácil, diga-se, com uma paragem de digestão ali pelas três da manhã a importunar o meu e o sono dos babys. Um chá quente goela abaixo dado e preparado pelo maridão e a coisa fez-se.
Mas a manhã não foi mesmo nada fácil e ou muito me engano ou este mal-estar pode estar relacionado com um ataque voraz que ontem fiz à despensa e onde as amêndoas de chocolate levaram a melhor. Valeu-me um delicioso churrasco na casa de mamãe e uma tarde bem sossegada, apesar de pouco solarenga aqui para os meus lados, que é a zona Oeste.
Entretanto, tenho passado grande parte do dia a pensar que presente vou querer pelo meu aniversário. Não é fácil escolher entre coisas que me fazem mesmo falta (mas que não têm gracinha nenhuma), e outros mimos que, apesar de supérfulos, me iam arrancar um sorriso de orelha a orelha. Enfim, esta escolha está complicada e o budget não é muito alargado, há que poupar para o que aí vem. Enquanto penso e não penso, vou fazendo mais um zapping na tv. Ui, vidinha chata esta de estar de baixa sem estar doente.
Mas a manhã não foi mesmo nada fácil e ou muito me engano ou este mal-estar pode estar relacionado com um ataque voraz que ontem fiz à despensa e onde as amêndoas de chocolate levaram a melhor. Valeu-me um delicioso churrasco na casa de mamãe e uma tarde bem sossegada, apesar de pouco solarenga aqui para os meus lados, que é a zona Oeste.
Entretanto, tenho passado grande parte do dia a pensar que presente vou querer pelo meu aniversário. Não é fácil escolher entre coisas que me fazem mesmo falta (mas que não têm gracinha nenhuma), e outros mimos que, apesar de supérfulos, me iam arrancar um sorriso de orelha a orelha. Enfim, esta escolha está complicada e o budget não é muito alargado, há que poupar para o que aí vem. Enquanto penso e não penso, vou fazendo mais um zapping na tv. Ui, vidinha chata esta de estar de baixa sem estar doente.
segunda-feira, abril 27, 2009
1.º dia de baixa a sério
E haverá lá coisa mais deprimente do que dar comigo a rir e entretida com as Tardes da Júlia? Ai Jesus, e ainda tenho mais uma semana no sofá e em repouso. Por este andar, lá para quinta-feira já estou a ligar para o Cara ou Coroa para ver se ganho o dinheirinho.
Eh lá... mudança de planos. Eis que Júlia Pinheiro, nem de propósito, introduz o tema "partos que correram mal". Isto para quem está de baixa com gravidez de risco não é lá muito positivo. Lá se vai a Cara ou Coroa, não quero mais nada com esta senhora.
Eh lá... mudança de planos. Eis que Júlia Pinheiro, nem de propósito, introduz o tema "partos que correram mal". Isto para quem está de baixa com gravidez de risco não é lá muito positivo. Lá se vai a Cara ou Coroa, não quero mais nada com esta senhora.
sexta-feira, abril 24, 2009
Tinha de ser...
A minha gravidez tinha de ser um caso clínico, daqueles que merecem reuniões de médicos, pareceres e decisões difíceis. Os meus familiares e amigos gozam de eu ser hipocondríaca, eu até assumo que sou (o que é um passo muito importante), mas a verdade é que o meu historial clínico apresenta por diversas vezes episódios inexplicáveis. Ou seja, eu não sou assim porque quero, eu sou assim porque a vida mo exige.
Assim, e para não variar, a minha gravidez gemelar (gémeos) tinha de ter o seu misteriozinho. Nem me refiro ao caso de um dos babys estar em situação de risco. Isso acontece a várias mulheres e eu não sou nem mais nem menos do que elas. Refiro-me sim de, ao contrário do que era previsto, o bebé ainda estar vivo e estar a crescer a olhos vistos, acompanhando o ritmo do irmão como gente grande. Mas então porque é que não tem o líquido amniótico tão reduzido? Não se sabe. Todas as explicações possíveis são posts de lado com indicadores e análises que mantêm os seus níveis saudáveis. E então estamos neste impasse. Estou em casa, de baixa e em repouso, para daqui a quinze dias (oh God, mais quinze dias!!) fazer nova ecografia para ver como está a evolução dos manos. Confesso que depois de ver a resistência do bebé ganhei uma esperança que não tinha dele ainda poder vir a vingar. Desculpem o blog ter-se de repente transformado numa espécie de diário de uma grávida, mas são estes os pensamentos que me invadem o espírito. De momento, são estas as minhas coisas que tal.
Assim, e para não variar, a minha gravidez gemelar (gémeos) tinha de ter o seu misteriozinho. Nem me refiro ao caso de um dos babys estar em situação de risco. Isso acontece a várias mulheres e eu não sou nem mais nem menos do que elas. Refiro-me sim de, ao contrário do que era previsto, o bebé ainda estar vivo e estar a crescer a olhos vistos, acompanhando o ritmo do irmão como gente grande. Mas então porque é que não tem o líquido amniótico tão reduzido? Não se sabe. Todas as explicações possíveis são posts de lado com indicadores e análises que mantêm os seus níveis saudáveis. E então estamos neste impasse. Estou em casa, de baixa e em repouso, para daqui a quinze dias (oh God, mais quinze dias!!) fazer nova ecografia para ver como está a evolução dos manos. Confesso que depois de ver a resistência do bebé ganhei uma esperança que não tinha dele ainda poder vir a vingar. Desculpem o blog ter-se de repente transformado numa espécie de diário de uma grávida, mas são estes os pensamentos que me invadem o espírito. De momento, são estas as minhas coisas que tal.
quarta-feira, abril 08, 2009
Mãe já sofre
Se não me quisesse armar em gente crescida tinha chorado baba e ranho quando a médica se virou para mim e disse para me preparar. "Um dos bebés pode não vingar. Está a perder muito líquido amniótico". Chorei depois, sozinha, quando recordei as palavras dela a dizer que o mais provável era um dos bebés morrer. E nós ficamos com uma tristeza enorme, daquelas que nos ensina como já são as preocupações de mãe e o que é isso de amor incondicional.Os bebés estão apenas com três meses e já nos pertencem tanto. E por isso custa imenso sabermos que vamos, muito provavelmente, despedirmo-nos de um dos "manos". Mas a Natureza é que sabe e é preciso olhar para os aspectos positivos. O outro bebé está em boas condições e a crescer a olhos vistos. Daqui a 15 dias vejo o que acontece ao outro. E até lá vou fazer voto de silêncio aqui no blog e arranjar forças para acreditar que a Medicina às vezes pode estar errada e que existem soluções inexplicáveis para os problemas que parecem irremediáveis. E ao dizer isto lembro-me logo da minha amiga M. Beijinhos para ela.
segunda-feira, abril 06, 2009
Como comer legumes quando não se gosta mesmo nada de legumes
Tenho de comer legumes, agora mais do que nunca. O problema é que consigo contar com os dedos de uma mão aqueles que consigo comer sem disfarces e sem me vir o vómito à garganta. Que não é uma coisa bonita, que não é.
Pois bem, posso dizer que como alface sem qualquer problema, tomate, cenouras e outras folhas como agrião, rúcula ou espinafre desde que seja em cru, numa salada. Esqueçam os pepinos, pimentos e as cebolas (então esta última, não a posso ver nem pintada, mil vezes argh, com todo o respeito).
Acontece que não estou imune à toxoplasmose e tenho de ter cuidados redobrados. Ou seja, o ideal mesmo é conseguir comer vegetais cozidos. E aqui é que a porca torce ainda mais o rabo, porque verdade verdadinha, e aqui só para nós, se eu for a pensar bem, não consigo comer nenhum deles. A solução passa por sopas totalmente em creme e por receitas que eu invento para comer legumes cozinhados que não saibam a legumes cozinhados. Por exemplo, brócolos e couve-flor são regados a limão, bechamel, noz moscada e queijo ralado por cima para conseguirem ter entrada garantida na minha boca. Espinafres e coisas do género verde escura, só mesmo em versão esparregado com muito alho e vinagre. Ah, e consigo também comer espargos de conserva, desde que disfarçados com sal e limão.
E como eu gostava de comer os vegetais à maluca como se não houvesse amanhã. Como me sabia tão bem acompanhar tudo e mais alguma coisa com couve lombardo, nabo cozido ou beringela. Como eu gostava de mergulhar em grão com bacahlau, feijão com carne ou ervilhas com chouriço. Que bom aspecto esses pratos têm e tão mal me sabem. Como eu gostava.
Pois bem, posso dizer que como alface sem qualquer problema, tomate, cenouras e outras folhas como agrião, rúcula ou espinafre desde que seja em cru, numa salada. Esqueçam os pepinos, pimentos e as cebolas (então esta última, não a posso ver nem pintada, mil vezes argh, com todo o respeito).
Acontece que não estou imune à toxoplasmose e tenho de ter cuidados redobrados. Ou seja, o ideal mesmo é conseguir comer vegetais cozidos. E aqui é que a porca torce ainda mais o rabo, porque verdade verdadinha, e aqui só para nós, se eu for a pensar bem, não consigo comer nenhum deles. A solução passa por sopas totalmente em creme e por receitas que eu invento para comer legumes cozinhados que não saibam a legumes cozinhados. Por exemplo, brócolos e couve-flor são regados a limão, bechamel, noz moscada e queijo ralado por cima para conseguirem ter entrada garantida na minha boca. Espinafres e coisas do género verde escura, só mesmo em versão esparregado com muito alho e vinagre. Ah, e consigo também comer espargos de conserva, desde que disfarçados com sal e limão.
E como eu gostava de comer os vegetais à maluca como se não houvesse amanhã. Como me sabia tão bem acompanhar tudo e mais alguma coisa com couve lombardo, nabo cozido ou beringela. Como eu gostava de mergulhar em grão com bacahlau, feijão com carne ou ervilhas com chouriço. Que bom aspecto esses pratos têm e tão mal me sabem. Como eu gostava.
quinta-feira, abril 02, 2009
Que nojo
Estava muito contente com uns ténis da Adidas que o meu gajo me deu, até ter poisado os pés em cima de uma cadeira do trabalho. É que só aí reparei que elss são azul-Impala. Argh!
quarta-feira, abril 01, 2009
Mas porque raio eles não gostam de ver o Dr. Phill, o Supermodels, a Oprah, a Tyra, a Betty Feia, as Feiticeiras ou o Extreme Makeover? Valha-me ele alinhar sempre no Jamie at Home e ter conseguido com que se rendesse ao Skins, na MTV. Esta série é mesmo boa, não é? Ao jeito de Facebook, Anette gosta disso!
quarta-feira, março 25, 2009
Abaixo o chão preto
Não, não tem nada a ver com o que a minha sogra diz e que é mais ou menos: "Ai filha o chão preto não, que vê-se a sujidade toda e depois não fazes outra coisa senão limpar". Vem este texto protestar contra o chão preto e brilhante nas casas de banho públicas. No Cascais Shopping, por exemplo, o chão é desses e as divisórias de uns sanitários para outros são daqueles que não vêm até ao chão. Resultado? Estamos a fazer chichi e a ver a patareca da vizinha do lado através dos reflexos no chão brilhante. E como nós vemos, a vizinha também vê a nossa. É muito desagradável, pois que é. Tento nas modernices senhores.
terça-feira, março 24, 2009
A duas dos três
E porque é que ainda me faltam duas semanas para os três meses de gravidez e já tenho uma barriga de cinco e até já me dão o lugar na fila do supermercado e eu ainda nem estou de três meses. Ai Jesus, que medo do barrigão que me está para aqui a crescer feito maluco.
segunda-feira, março 23, 2009
Censura
A minha empresa faz censura. Na minha empresa controlam-nos o correio electrónico e estão sempre a impor home pages para a Internet com os sites da casa. Bloquearam o hotmail, cancelaram o chat do gmail e agora estão a dificultar as comunicações no chat do facebook. Fazem tudo isto sem darem a cara. Mexem nos computadores das pessoas a partir de uma sala escura que existe no último piso do edifício e controlam tudo o que fazemos. À volta não existem cafés, não se pode sair à rua entre as dez e as cinco e meia, os telefones não têm linha exterior e se nos acontece alguma coisa estamos para aqui esquecidos, sem comunicações e amordaçados.
domingo, março 22, 2009
Vida injusta
Hoje é domingo e estou a trabalhar. É uma verdade triste, mas alguém tem de tocar o barco para a frente. Pena é que não tenha direito a folga, ou seja, amanhã cá estarei de novo, e depois, e depois, e depois, e depois. O fim-de-semana não foi bom, começando pelo facto de se ter confinado ao dia de ontem. A sexta-feira terminou muito mal e por isso o sábado arrancou a meio gás. E para animar ainda mais tudo isto, um jogo de futebol ingrato, com roubos à má fila, a fazer-me lembrar que, por agora, vou ter de continuar a lidar com todo o tipo de injustiça.
segunda-feira, março 16, 2009
Isto de decorarem as salas de espera de obstetrícia com aquelas fontezinhas zen é muito bonito, mas as quedazinhas de água não acalmam nada as grávidas que se esforçam por esquecer que estão sempre com vontade de urinar.
E venham de lá esses dois bebés fortes e rijos que eu e o meu gajo não fizemos a coisa por menos. Aliás, como disse minha amiga e colega de blog Gui, a Oliveira (o meu apelido) não se ficou pela azeitoninha, mas por um verdadeiro olival. Pois que cresça muito vistoso.
E venham de lá esses dois bebés fortes e rijos que eu e o meu gajo não fizemos a coisa por menos. Aliás, como disse minha amiga e colega de blog Gui, a Oliveira (o meu apelido) não se ficou pela azeitoninha, mas por um verdadeiro olival. Pois que cresça muito vistoso.
quarta-feira, março 11, 2009
Compaixão para com a mulher que está grávida
Os dois no carro, à saída do espectáculo Os Produtores.
Eu - Então, gostaste?
Ele - Adorei. O Manuel Marques e o Rodrigo Saraiva vão mesmo bem.
Eu - E da Rita Pereira, o que é que achaste? Achas que ela é bem feitinha?
Ele - Nem reparei no corpo dela, estive assim mais atento às falas.
Não é muito bom?
quarta-feira, março 04, 2009
Já começa
Vocês ajudem-me. Pois que ainda agora começou e já estou a meter o pé na poça como gente grande. Hoje tinha marcado a minha primeira ecografia. Fiz meio mundo mudar as suas vidas para ir de rabo tremido no assento de trás até à clínica. Ia danada, danadinha. Pois que tinha ligado antes para saber se podia levar um dvd para gravar as primeiras aparições da criança e a senhora a dizer-me que não, que o exame que tinha marcado nem dava para ver o bebé. E eu triste, triste, a pensar que me iam estar para aqui a ver os ovários e as trompas e a passar ao lado do pequerrucho. Eu a refilar e a chegar ao balcão e a senhora a abanar a cabeça. “A ecografia que a médica está a pedir não é a que marcou”. Focinho em baixo, orelhas baixas e a rasgar novamente elogios à minha médica e à clínica e a ter de aguentar mais uma semana para saber se está tudo bem. E os meus pais a passarem-se com a forma como eu troco nomes e exames enquanto espero a chegada de um filho. Ui, que isto começou tão bem.
Ai, que nervos
Hoje vou fazer a minha primeira ecografia e perceber se está tudo a postos para a criança continuar a crescer. Como ainda só vou em oito semanas, vai dar apenas para perceber se a fecundação se deu no sítio certo e se não há nada esquisito. Se tudo estiver normal é muito provável que já se consigam ouvir os batimentos cardíacos. Isso é que eu queria! É à tarde, ainda falta uma eternidade. Ui, como o tempo custa a passar nestas alturas.
O que me fazia agora falta era aquele rapaz que fez de repórter nos bastidores do Festival da Canção. Alguém viu? Muito bom aquele estilo de pulga eléctrica fora de si e a tentar ser animado num ambiente mais do que decadente e enfadonho. Onde é que o foram buscar?
O que me fazia agora falta era aquele rapaz que fez de repórter nos bastidores do Festival da Canção. Alguém viu? Muito bom aquele estilo de pulga eléctrica fora de si e a tentar ser animado num ambiente mais do que decadente e enfadonho. Onde é que o foram buscar?
terça-feira, março 03, 2009
Casas rústicas
Eu adoro uma boa casa de campo, ou uma à beira-mar, não importa. Gosto quando a malta se junta e vai passar uns dias a uma dessas casas rasteiras, com um pequeno jardim e um churrasco que há-de ser de uma tia de algum de nós. As chaminés das salas são o máximo, há cabaças penduradas nas vigas de madeira, há mós antigas encostadas à parede e um poço ao ar livre. Normalmente há todas essas coisas com imensa graça e que nos fazem sussurrar ao ouvido do parceiro “bem, mal empregada, olha se isto fosse nosso, fazíamos isto e aquilo...”. Isto porque quase sempre se dá o caso da rusticidade vir acompanhada de muita teia de aranha e muita bicharada. E eu não gosto nada disso. “Olha, este quarto é o teu”. E é o pó em todo o lado, as aranhas que se passeiam, aqueles bichinhos achatados e cinzentos com muitas patas (argh), aquelas mantas que já estão rijas de há tanto tempo ninguém lhes mexer e a um canto umas galochas esquecidas de há dois Invernos atrás. Por muito que a pessoa tente dar um jeitinho, acabamos sempre por nos deitarmos na almofada com a sensação que todas as espécies que habitam por trás da cabeceira e por baixo da cama nos vão devorar durante a noite. Dá essas tias que têm essas casas e que nos emprestam para passarmos uns dias contratarem uma empregada para ir fazendo a manutenção? Dá para providenciar isso?
sexta-feira, fevereiro 27, 2009
Já vos disse...
...que quero muito ter uma menina? Sim, eu sei que o importante é vir com saúdinha e essas coisas todas, mas já agora podia vir sem piloca. As roupas são mais giras, podemos pôr ganchinhos, furar as orelhas (esta estou a brincar). Pronto, queria iniciar a minha jornada pela maternidade com a delicadeza feminina, que eu tão bem conheço. Depois que venha esse rapazola, que já vai ter uma mana mais velha para lhe acalmar os ânimos e a rebeldia masculina. Ai queres sair? Então vais com a tua irmã. Não é muito bom? Pronto, não é preciso dizer que se vier um menino a minha felicidade vai ser exactamente a mesma, com a diferença de que não vou deixar a miúda sair à noite com o mano velho.
Entretanto, completei hoje as sete semanas de gestação e os ataques de pânico foram embora (obrigada, muito obrigadinha) dois ou três dias depois de ter feito as cinco semanas. Neste momento, e apesar da azeitoninha medir para aí uns cinco milímetros e pesar apenas 4 gramas, já tem lábios, língua e, imagine-se, já tem apêndice. E voltando à vaca fria, espero que tenha mesmo apenas um apêndice.
Bom fim-de-semana a todos e que Deus vos acompanhe com toda a sua graça e bem-estar.
Entretanto, completei hoje as sete semanas de gestação e os ataques de pânico foram embora (obrigada, muito obrigadinha) dois ou três dias depois de ter feito as cinco semanas. Neste momento, e apesar da azeitoninha medir para aí uns cinco milímetros e pesar apenas 4 gramas, já tem lábios, língua e, imagine-se, já tem apêndice. E voltando à vaca fria, espero que tenha mesmo apenas um apêndice.
Bom fim-de-semana a todos e que Deus vos acompanhe com toda a sua graça e bem-estar.
sexta-feira, fevereiro 13, 2009
Isto vai ser bonito...
Uma hipocondríaca com síndrome de pânico... e grávida! Posso andar a subir às paredes como tenho andado, mas eu vou conseguir ir para a frente e pôr um puto saudável cá fora. Para já é uma azeitoninha abençoada e muito desejada. Adoro-te filho!
terça-feira, fevereiro 10, 2009
Passa o prémio para cá
Participei num concurso do Dia dos Namorados e estou com fezada de que pode chover algum prémio para este lado. São viagens e coisas assim giras. Com a ajuda do meu grande amigo C. respondi a umas perguntas e criei uma frase com palavras-chave com muito potencial. Vá lá, só desta vez. Nunca ganhei nada pá. Vá lá, vá lá, vá lá. Sei o resultado no dia 14!
sexta-feira, fevereiro 06, 2009
Ai Jesus
Que vou ter um casamento no Verão e não faço ideia do que vou vestir e que penteado vou fazer;
Que vou ter a minha primeira reunião de condomínio e já tenho recadinhos para dar à vizinha do rés-do-chão;
Que vou servir um almoço aos meus sogros com um prato que vou fazer pela primeira vez;
Que tenho quilos de roupa para lavar e passar a ferro, estou a ver que é desta que vou à 5 à Sec.
Ai Jesus, que a minha vida voltou a animar.
Que vou ter a minha primeira reunião de condomínio e já tenho recadinhos para dar à vizinha do rés-do-chão;
Que vou servir um almoço aos meus sogros com um prato que vou fazer pela primeira vez;
Que tenho quilos de roupa para lavar e passar a ferro, estou a ver que é desta que vou à 5 à Sec.
Ai Jesus, que a minha vida voltou a animar.
terça-feira, fevereiro 03, 2009
sexta-feira, janeiro 30, 2009
Dúvidas inaceitáveis
Sempre que tenho de ir às compras para casa fico numa dúvida tremenda. É que à mesma distância tenho o Intermarché, o Lidl, o Modelo, o Minipreço, o Pingo Doce e o Continente. Mas quem é que se lembrou de plantar tanto supermercado numa área tão restrita? Não bastam as dúvidas que realmente têm importância nas nossas vidas para ainda andar aqui a perder tempo em decidir a qual deles vou para comprar uma porcaria de uma embalagem de puré instantâneo. Irra, que tanta fartura ás vezes também aborrece.
quinta-feira, janeiro 29, 2009
Nas urgências
Sentada numa cadeira de hospital a chorar que nem uma Maria Madalena. A médica chega: Então mas ainda está assim? O calmante já devia ter tido efeito. E eu a virar--me para lhe dizer: Eu estou calma, estou é triste. Ela a calar-se, a arrumar umas luvas daquelas brancas que também usamos na cozinha para não nos saltar o verniz das unhas e a continuar calada. Uma enfermeira que finge arrumar qualquer coisa a interromoper o silêncio: Ó Doutora, o que ela está a dizer está certo. Ela está calma, mas está triste.
Está tudo bem, mais uma manifestação do meu síndrome de pânico que vem e vai.
Está tudo bem, mais uma manifestação do meu síndrome de pânico que vem e vai.
terça-feira, janeiro 27, 2009
E feliz outra vez
Nada como uma ida ao Tony & Guy para nos devolver a alegria de deixarmos de ter o cabelo amarelo torrado tom Roberto Leal. Obrigada Alex.
quinta-feira, janeiro 22, 2009
Não há condições
Numa altura destas como é que alguém me pode pedir planos para o futuro se nem o prédio da frente consigo ver?
terça-feira, janeiro 20, 2009
Com todo o respeito
Há pessoas que deviam ser proibidas de ir a velórios e a funerais.
-Ó filha, tens de ter força.
-Sim, eu sei. Quando cheguei ao hospital ela já nem me viu.
-Viu, sim filha, ela viu-te.
-Não. Ela já estava morta quando cheguei lá.
-Ela viu-te filha - e as mãos a agarrar as da chorosa e a chorosa a levantar o olhar em direcção aos dela para tentar perceber que parte da conversa ela não tinha percebido.
-Ela viu-te filha... e está a ver-te agora. Ela está a ver.
Argh! Detesto gente que tenta angariar fiéis nas alturas mais impróprias.
-Ó filha, tens de ter força.
-Sim, eu sei. Quando cheguei ao hospital ela já nem me viu.
-Viu, sim filha, ela viu-te.
-Não. Ela já estava morta quando cheguei lá.
-Ela viu-te filha - e as mãos a agarrar as da chorosa e a chorosa a levantar o olhar em direcção aos dela para tentar perceber que parte da conversa ela não tinha percebido.
-Ela viu-te filha... e está a ver-te agora. Ela está a ver.
Argh! Detesto gente que tenta angariar fiéis nas alturas mais impróprias.
segunda-feira, janeiro 19, 2009
quinta-feira, janeiro 15, 2009
Triste
Pois que estou triste. Estou triste com o que a minha cabeleireira andou para aqui a fazer no meu cabelo. Fui arranjar as madeixas, pois até aqui tudo muito bem, depois na hora de lavar deu-me um banho de cor, até aqui também tudo bem, não se tivesse dado o caso de se ter enganado na cor final. Isso mesmo. Acreditem que é verdade. Fiquei com o cabelo amarelo, tipo cor-de-velha e ando a lavar a cabeça duas vezes por dia para ver se isto sai depressa. Triste, triste, que só vê-lo. E no meio disto tudo não tive coragem de esbofetear a cabeleireira, que é uma crida, mesmo depois de me ter posto cor à Pin e Pon.
quarta-feira, janeiro 14, 2009
Adivinha
O que é que quer dizer quando as vizinhas novas da porta da frente são fufas e compram um tapete em forma de meia lua, com riscas e bolas, exactamente igual ao meu? O que é que isto quer dizer?
segunda-feira, janeiro 12, 2009
Que se apaga a luz
Ai Jesus. Pára tudo. Pára tudo que eu tenho de ir comprar roupas para o Verão, tenho de ir pintar o meu cabelo, fazer a depilação definitiva, mobilar o que me resta da casa, encher o frigorífico, a despensa, tenho de ir comprar uma palete de papel higiénico e muitas coisas antes que caia a primeira prestação da casa. É isso, depois de um ano a viver à bórlix, lá teve lugar essa bela da escritura. Cheira-me que a partir do mês que vem a minha qualidade de vida vai baixar drasticamente.
sexta-feira, janeiro 09, 2009
Coisa melhor
E há lá coisa melhor do que descobrir os dias em que as lojas de roupa recebem material novo e aparecer com o cartão de crédito em riste e mandar as meninas irem buscar as coisitas giras que ainda estão no armazém e que ainda existem em todos os tamanhos e em todas as cores e que ainda nenhuma outra pindérica experimentou? E digam lá, há coisa melhor?
Aqui para nós, por acaso até há. Era ter mais dinheirinho. Era isso. Bom fim-de-semana.
Aqui para nós, por acaso até há. Era ter mais dinheirinho. Era isso. Bom fim-de-semana.
quarta-feira, janeiro 07, 2009
Requerimento
Exmos. Senhores Cientistas que acrescentaram um segundo à hora deste ano por causa do abrandamento da rotação do planeta Terra,
Venho por este meio solicitar que acrescentassem quatro horas ao dia de hoje. Dava-me imenso jeito para conseguir fazer tudo o que tenho para fazer, nomeadamente almoçar e assim. A rotação dos estímulos eléctricos no interior do meu cérebro também abrandaram devido a algumas noites mal dormidas e, por isso, faço este pedido,
sem mais e agradecendo desde já toda a atenção disponibilizada,
Anette
Venho por este meio solicitar que acrescentassem quatro horas ao dia de hoje. Dava-me imenso jeito para conseguir fazer tudo o que tenho para fazer, nomeadamente almoçar e assim. A rotação dos estímulos eléctricos no interior do meu cérebro também abrandaram devido a algumas noites mal dormidas e, por isso, faço este pedido,
sem mais e agradecendo desde já toda a atenção disponibilizada,
Anette
segunda-feira, janeiro 05, 2009
Ninguém
Ninguém está ao meio-dia de um domingo enfiada na cama a ver um programa na 2 em que um elefante é recompensado com uma banana por fazer uma qualquer habilidade e se vira para o gajo que já anda a bombar na cozinha e diz: "Traz-me uma banana se faz favor". Ninguém faz isto.
Subscrever:
Mensagens (Atom)