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domingo, dezembro 31, 2006

Balanço que tal



- Se calhar devia fazer um balanço, pá. Contabilizar as perdas e os ganhos, percebes?

- Perdas, dizes bem… A perca é um peixe. Não me canso de repetir.

- Epá, sinto que devia estar a matutar decisões de Ano Novo… coisas importantes, entendes?

- Como não como passas, não tenho de me preocupar com os 12 desejos, detesto-lhes o sabor.

- Pois, e esta altura do fim dum ano, o fim dum ciclo, como as coisas na Natureza, pá. Percebes o que eu te digo do balanço?

- Balanço, sim Sr. Não tenho feito outra coisa na vida, aliás.

sexta-feira, dezembro 29, 2006

É o meu último dia útil do mês de Dezembro, é a minha última sexta-feira do ano, é o meu último dia de trabalho de 2006, é o meu último ano como solteira... Ufa! São muitas despedidas para uma mulher só!

Bom 2007 e continuem connosco!

quinta-feira, dezembro 28, 2006

A realidade como obra de ficção

Às vezes pergunto-me porque se escrevem tantos livros, peças de teatro e argumentos de filmes se a vida é a maior comédia de enganos e o ser humano o seu mais competente fingidor.

quarta-feira, dezembro 27, 2006

Ultimato

Isto devagarinho vai!
A minha empresa prometeu-me os quadros se, entre outras coisas, conseguir chegar às 10. Acontece que estava a entrar já depois das 11 e desde ontem que a coisa tem vindo a melhorar.
Ontem consegui correr e passar o cartão antes das 11, tipo dois minutos, e hoje consegui esse meu grande objectivo de estar dentro da empresa um minutinho antes das 10h30. Não está mau, mas ainda não está como eles querem.
Isto é como os alcoólicos anónimos: um dia de cada vez. Amanhã tenho que chegar às 10h20 e até Janeiro tenho que dar o meu máximo para que o cartão passe no segurança às 10 em ponto.
Eu acho que vou conseguir, mas de qualquer forma arriscava em perguntar se não existe por aí ninguém que me possa dar uma mãozinha a atrasar os relógios aqui da central. Enfim...é só uma ideia.

terça-feira, dezembro 26, 2006

Natal remix

Hoje Mafra acordou mais bonita!
Elas saíram à rua com os seus conjuntos novos de cachecol e gorro a condizer.
Eles com o pullover com a gola em bico e a caneta nova pendurada no bolso de trás das calças.
O fim do Natal tem ainda estes restos de alegria: o de sair à rua com as coisas novas!

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Ora então um grande FELIZ NATAL para todos

Algum dia tinha que ser

Acordo, arranjo-me num pulo e agarro no carro porque já estou atrasada para o trabalho.
Hoje nem perdi tempo a fazer o pequeno-almoço em casa porque qualquer minuto de atraso pode significar a não-renovação do meu contrato de trabalho.
Como também não passo sem comer, decido parar no café mais próximo da minha casa para comer qualquer coisa. Um lugar vago no estacionamento. Páro. Desligo o motor e quando estou a sair do carro sinto uma pancada de um outro carro do lado do pendura. Olho para o lado e tenho uma gaja com cara gorda a conduzir um Toyota Yaris que decidiu enfiá-lo na minha porta.
Merda! É caso para dizer, não é? E eu disse mesmo. Saio do carro para ver os estragos e o que vejo não é nada agradável. O pára-choques da tipa está a amolgar a minha porta e ela tenta insistentemente voltar à posição inicial para não fazer mais estragos, mas os nervos com que ela está fazem com que deixe ir o carro abaixo milhentas vezes.
Eu estou do lado de fora, em sofrimento, a ver o carro dela a ir um bocadinho para trás, e mais um bocadinho para a frente... e para trás, e para a frente. Constantemente a torturar a minha porta e eu a encolher-me toda e a serrar os dentes como se aquilo me estivesse a aleijar. A verdade é que estava.
Vejo que a senhora está nervosa e prontifico-me a tirar-lhe o carro dela de dentro do meu. Responde-me com maus modos a dizer que não, que consegue...Tudo bem. Quem sou eu minha senhora?!
Lembro-me que estou enervada com toda aquela situação e dou conta que estou em jejum e que ainda não tomei o meu comprimido sagrado da manhã. Tiro-lhe a matrícula e entro no café para comer. A senhora, da janela do carro, ainda me diz: “Tinha logo que estacionar aqui!!” Pois, a culpa ainda era minha! para além de não saber conduzir ainda tem graça.
Lá comi um desenchabido pão com queijo e um sumo de laranja para voltar ao cenário que, não só me estava a estragar a porta do carro, como também os meus minutos preciosos de trabalho.
Os nervos passam, a senhora assume a culpa, o meu pai chega, o marido dela também e acabamos os quatro numa mesa dentro do café a desejar Feliz Natal uns aos outros.

E assim como quem não quer a coisa, um Bom Natal também para todos aqueles que nos lêem e que interagem connosco. O Coisas que Tal vai continuar por aqui e prepara-se já para entrar em mais um ano na blogosfera.

quarta-feira, dezembro 20, 2006

Radio Voz de Alenquer

Já não há muitas como ela e é de morrer a rir! Estou a falar da Rádio Voz de Alenquer, na frequência 83.50.
É daquelas regionais mas que consegue ser fabulosa de tão má que é, principalmente de madrugada. Eu passo a explicar.

As locutoras – a Dina ou a Dora – são absolutamente conservadoras, têm piadas de bradar aos céus e às vezes conseguem ser muito mal educadas com os ouvintes. Agora que estamos no Natal a Dora gosta muito de dizer uma graçola que é assim: “Se sacrificamos o peru porque é que a missa é do galo?”. Estão a ver o nível, né?

Os programas têm sempre duas linhas telefónicas, uma que acaba em 822 e outra em 842. Então elas passam o tempo todo a dizer: “Bom dia 822?” E do outro lado responde alguém, sempre velho, sempre chato, e a falar muito baixinho e sem quase se perceber. Terminada a conversa com esta diz então a locutora: “Bom dia 842?” E lá se continua com o mesmo. A madrugada toda!

Depois há uma coisa muito estranha que é o facto dos ouvintes serem sempre os mesmos e parecerem que se conhecem uns aos outros. Sinistro! A Milai e o Cambeta estão sempre em antena.

Os ouvintes pedem então as músicas e fazem dedicatórias que nunca mais acabam. Mesmo a sério... nunca mais acabam!

Enfim, uma loucura, experimentem ouvir e não percam as noites de karaoke, penso que é à sexta. Para ouvir sempre se madrugada!

segunda-feira, dezembro 18, 2006

Tenho um problema com o Natal

E pronto, estamos precisamente a uma semana do Natal e eu já fiz cerca de 20 tentativas para comprar todos os presentes que quero oferecer aos que me são mais queridos, sem resultado.
O problema não são as enchentes que por esta altura abundam nas superfícies comerciais – isso com um empurrãozinho ali e outro acolá vai ao sítio – mas antes um grave problema de auto-controlo que todos os anos descamba no mesmo.
Passo a explicar. Saio de casa, né? Levo o cartão, essas coisinhas todas e começo a entrar nas lojas como se não houvesse amanhã. E quando dou por mim já me esqueci por completo que estou ali para comprar coisas para os OUTROS e não para MIM! Pois é, o filme é sempre o mesmo, depois de uma tarde inteira de shopping chego a casa carregada de sacos, sendo que apenas aquele mais pequenino com uns sais de banho da Body Shop é que não é para mim.
Uma desgraça! É que gasto o subsídio de Natal a renovar o meu guarda-roupa, a minha videoteca e os meus produtos de cosmética, e para oferecer... nada!
Falta uma semana para o Natal e faltam-me comprar vários presentes, em compensação, já tenho roupas diferentes para todos os jantares de Natal que tenho marcados ao longo da semana e para o dia 25 tenho uma toilette para a parte da manhã, outra para depois de almoço e um conjunto absolutamente arrepiante para a noite.
Então mas isto tem jeito?

sexta-feira, dezembro 15, 2006

Helsínquia, capital da moda

Atentem neste steet fashion site com fotografias tiradas nas ruas e bares de Helsínquia. Quais Paris, Milão ou Londres… os finlandeses são muito à frente!! Vale a pena navegar pelas fotos e ler as declarações que as acompanham: gente de várias idades que conta onde foi desencantar a inspiração para combinar aquelas roupas. Juro que quis ilustrar este texto com um exemplo, mas não consegui decidir-me tal é a originalidade dos outfits... bem ajustados ao trocadilho com o nome do site.

terça-feira, dezembro 12, 2006

Pedido de ajuda

O Coisas que Tal quer muito muito, mas mesmo muito mudar o visual aqui do estaminé mas estas duas meninas que aqui andam percebem tanto disto como a Carolina Salgado da flatulência do Jorge Nuno.

Por isso mesmo, vimos por este meio apelar a alguma alma caridosa que consiga dar um novo look a este espaço que deixe aqui um comentário com a melhor forma de andarmos para a frente com o negócio.

Agradecidas,

Ana e Gui

Queremos tipo grandes portugueses

Ando algo intrigada com o silêncio em que caiu o concurso dos “Grandes Portugueses”. Foi tal a publicidade, tamanho o incitamento ao voto, tantas as críticas à lista proposta e os debates inflamados que se fizeram, que não entendo agora este quase esquecimento.
Faz-me cogitar possibilidades, cá com os botões do comando da televisão e do telemóvel que não participou no voto: a RTP tem em curso uma manobra de marketing ao melhor estilo Big Brother, e prepara secretamente um reveillon apoteótico em directo do Panteão Nacional ao lado do túmulo da Amália ou no Estádio da Luz ao lado da estátua do Eusébio e do próprio.
Ou então não. Com toda a polémica alimentada à volta do nome de Salazar, este obteve a vitória à custa dos votos sôfregos de quem transformou uma coisa lúdica num ajuste de contas com o passado. E em frente às câmaras de televisão teremos analistas sérios interpretando este resultado com ar grave, dizendo-o um sinal de desilusão das pessoas face à classe política do pós 25 de Abril. E as pessoas na rua dizendo uns corruptos, uns vendidos, olhe por exemplo aquele que fugiu para a Comissão Europeia. Queremos tipo melhores políticos.

quarta-feira, dezembro 06, 2006

Shiuuuu



Já acabei o curso de técnica profissional de documentação e biblioteca e eis-me pronta a iniciar o estágio. Como não quero desiludir as pessoas que me fazem as perguntas mais engraçadas sobre o tema (e crêem que as bibliotecas ainda são esses lugares sombrios onde não se pode sequer respirar), prometo que vou tornar a deixar crescer o cabelo, de modo a poder enrolá-lo num carrapito bem antiquado, e abandonar para sempre as lentes de contacto para deixar as minhas 5 dioptrias brilhar nuns óculos fundo de garrafa. Talvez seja caso para rever também o meu guarda-roupa, não?

CLANDESTINIDADE

Secreto me acho
e secreto me sentes
quando
secreto me julgas.
Impuro me reconheço
quando
o nosso silêncio
são vozes turbas.
Dúbio é o desejo
quando
não é transparente
a água em que se deita
precavidamente.
Clandestinos somos
quando
o que somos
teme a face que pesquisa.
Os olhos são claros
quando
a superfície do espelho
é lisa.


Fernando Namora
Marketing

terça-feira, dezembro 05, 2006

A orientar a vidinha

Tenho as coisas todas orientaditas. Tenho posto o cinema em dia, estamos a dia 5 e tenho a maioria das prendas de Natal compradas, tenho as unhas arranjadas, as madeixas do cabelo estão retocadas, a cadeira do quarto não tem roupa nenhuma, não recebi cartas de aviso para pagar a TMN, ontem estive de folga e consegui ir ao banco antes de ele fechar, está a chover e eu tenho chapéu de chuva, estou com alergia e já tomei um comprimido homeopático, a minha carteira está sem talões de gasolina e recibos de compras amontoados, tenho o maço de tabaco cheio, a gaveta das cuecas está cheia e no trabalho... bom, no trabalho, pode dizer-se que tenho as coisas orientaditas.