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quinta-feira, dezembro 22, 2011

Um bom presente

E pronto. Hoje chegou a boa notícia. Tudo pronto no grupo de Intervenção Precoce de Mafra para que o Rodrigo tenha terapeutas a ir à escola. Ufa, menos uma!

quarta-feira, dezembro 21, 2011

Há tanto tempo que não vinha aqui. Ó meu Deus. Mas por aqui tem havido muita agitação.

Antes de mais, o Rodrigo:

Bom, em Janeiro recebo o relatório da equipa médica com o grau de perturbação do espectro do autismo que o Rodrigo tem. Nessa altura começará com sessões de Musicoterapia no Hospital de Santa Maria. Vamos aproveitar o facto de ele adorar música para o estimularmos em algumas áreas. Esse mesmo relatório definirá ainda a frequência das sessões de terapia ocupacional e terapia da fala que ele precisará.

Entretanto, e enquanto o relatório não chega, ando já a ver o que é preciso para pedir ao Estado esses técnicos de modo a que se desloquem também à escola. Não me apetecia nada que o Rodrigo andasse de um lado para o outro em consultas aqui e ali e sempre a faltar à creche. Para além de que seria melhor do que estar a pagar pelo privado. Já percebi que não é fácil, mas estou ainda em demarches. A ver vamos.

Na escola, ele te estado óptimo e em casa já começa a fazer novas vocalizações. Dá-me ideia que está a querer falar novamente, visto que recomeçou a apontar para os livros e a olhar para a minha boca muito atento enquanto digo as palavras. Tudo estaria bem não se desse o caso de estar a demorar uma hora e meia para adormecer. Ao colo, embalado, eu em pé, com os meus braços numa posição muito específica, uma posição que me arruína as costas, que me deixa com os braços dormentes ao fim de vinte minutos, e que se não for assim o raio do miúdo não me adormece. Quando finalmente o ponho na cama (a sessão tem início às 21h30 e acaba às 23 horas) já estou pronta para ir para a cama. Estafada.

Comigo, tudo a andar. Apesar da crise, lá consegui que um i phone muito lindo descansasse por baixo da árvore há cerca de duas semanitas e agora só me preocupam mesmo os presentes de Natal que ainda estão por comprar. E quais são eles? Os meus, eh eh. Os meus sogros preferem que seja eu a escolher e são esses que me faltam. Tirando isso, tenho é milhentos embrulhos para fazer.

Se não vier cá antes um Feliz Natal para todos os que gostam de vir aqui ao burgo e a seguir chego já com um post das minhas resoluções para 2012.

terça-feira, novembro 22, 2011

Ora bolas

E pronto. Decisão familiar tomada e comunicada a todos: "este Natal só há presentes para os pequeninos."

Tudo bem. Tudo bem. Mas pelo sim pelo não vou de sapatos rasos. Assim como assim tenho um mísero 1,62 m de altura.

terça-feira, novembro 15, 2011

Pro Natal








Eu sei que nem uma só destas coisinhas vou receber, mas fica a vontade expressa:

quinta-feira, novembro 10, 2011

O diagnóstico

Desculpem a demora em regressar aqui ao burgo, mas tenho estado tão dedicada às teclas da minha vida que me esqueci destas do computador. A minha otite ainda cá anda, embora o ouvido vá começando a dar sinais de vida. Basicamente, vivo aquela sensação de quando se vai no avião, com o ouvido a entupir e a desentupir conforme vai alterando a altitude.

Mas venho aqui para vos pôr a par de outras conversas, que esta minha otite na verdade são peanuts. Os médicos confirmaram que o Rodrigo tem um problema no espectro do autismo. Uma coisa moderada, mas que vai necessitar de intervenção. Já vos tinha relatado aqui algumas diferenças que notava nele, mas não sabia se eram resultado da prematuridade. Afinal, são três meses de atraso. Mas não, a equipa de pediatras do desenvolvimento do Santa Maria não tem mais dúvidas. Para este diagnóstico baseia-se no facto de ter deixado de falar e em alguns comportamentos repetitivos que ele tem, como pôr a rodopiar objectos e fazer razias a paredes, muros e mesas. Enfim, cá em casa estamos convencidos ou autoconvencemo-nos de que não é uma doença-drama, ou seja, como uma boa terapia, o Rodrigo conseguirá ter uma vida normal.

Agora a minha preocupação é mesmo a parte da fala. Começa a terapia da fala em Janeiro e espero mesmo que dê resultado. Eu sei que há miúdos que só falam aos quatro anos, mas no caso do Rodrigo o problema é que ele já chegou a dizer seis palavras e agora... nada. Até mamã deixou de dizer. Boas energias. Toda a gente. Vamo lá.

terça-feira, outubro 25, 2011

Muita saúdinha, essa é que é essa

Estou de molho. Fui apanhada pela primeira vez por uma otite e de tão má que é torna-se difícil dizer que estou simplesmente com uma otite. Pois essa menina merece sim ser tratada abaixo de cão, espezinhada e humilhada em praça pública. Pois então, esta otite filha da puta (e é pouco) anda a moer-me o juízo desde sábado, dia em que apareceu sorrateiramente, a fazer-se passar por coisa passageira, por um pequeno mal estar. E do nada, sem avisar, transformou-se num monstro a querer engolir-me toda a moleirinha. Xiça, que a danadinha provoca umas dores insuportáveis, daquelas de chorar e de perder o tino. Um horror. Agora ando para aqui já sem dores (valeram-me os soros e as injecções nas urgências, que bom é viver no campo e chegar ao centro nde saúde e não haver ninguém), mas ando para aqui com o ouvido todo entupido, a viver esta vida pela metade, porque estar surda de um lado é horroroso. Mas agora a questão coloca-se minhas caras e caros amigos que já tiveram otites: Quando é que isto vai desentupir? Quando, ó meu Deus?
E é nestas alturas de efermidade que damos valor àquela coisa que as velhas fofas nos dizem tantas e tantas vezes: muita saúdinha menina. Essa é que é essa, que eu assim, como estou, não valho nada e só atrapalho.

sexta-feira, outubro 21, 2011

E já aí está a nova coleção da Primark para os nossos meninos ficarem lindos



Cardigan 11Eur
Calcas de Ganga 7Eur
Tenis Botins 9Eur



Conjunto de Bebe 15Eur



Conjunto de Bebe 15Eur



Parka 21Eur
Cardigan Padrao Jacquard
16Eur
Calcas de Ganga 12Eur
Tenis 9Eur



Gorro 2Eur
Parka 11Eur
Camisola Riscas 4Eur
Calcas 8Eur
Botas com Velcro 12Eur

terça-feira, outubro 18, 2011

New look


Ontem lá fui aos meus queridos amigos do cabeleireiro Tony and Guy. Já não aguentava o cabelo enorme e sem corte. Tanto que o mais habitual era andar com ele sempre em rabo de cavalo, como quem vai fazer a corrida matinal. O Licínio, um fofo, lá me tratou de dar um novo ar e optou por me fazer "a franja" da estação. Diz ele que é um must have desta temporada e que não tarda nada todas as gajas a vão querer. Basicamente é uma franja que abre ao meio e que é cortada metade a metade e não por inteiro. Pois aqui a gaja já tem e já fez amizade com a dita. O meu filho (dois anos) é que nem por isso. Ontem, quando o fui buscar à escola, desatou num choro e passou o resto do dia a olhar para a minha testa e a fazer beicinho como quem diz: "Que merda é esta? O que é que fizeste à minha mãe? E se és mesmo tu, desde quando fazes essas mudanças de visual sem me consultares?". Enfim, hoje já me aceitou melhor. E pronto, estou de franja. É muito parecida com esta da Penélope e só não digo que é igual porque a sacana da miúda é gira que se farta e a dela parece melhor.

domingo, outubro 16, 2011

Crónica do João Quadros (Jornal de Negócios)

‎40 Medidas que vão ser adoptadas graças ao Passos Coelho

1. Por cada neto que nascer vão ter de morrer 2 avós
2. Comércio tradicional vai pagar IVA de XXIII %
3. Trabalho escravo regressa mas apenas com contratos a prazo
... 4. O eléctrico 28 vai fazer a ligação Alfama - Sines - Salamanca em bitola alfacinha
5. Governo vai aumentar a segunda-feira para 48 horas
6. Subsídio de Natal vai ser um par de meias
7. Horas extraordinárias vão ser pagas com desenhos do filho do ministro das Finanças
8. Metro do Porto vai voltar a ser uma piada
9. O IVA do vinho depende do que se aguenta
10. Bancos vão poder servir mini-pratos ao balcão
11. Diferença horária para os Açores vai aumentar 15%
12. Quebra de produção com feriados santos vai ser compensada com trabalho forçado de padres
13. Casais com mais de 3 filhos vão ter de abater 1
14. Taxas moderadoras podem ser pagas com sexo
15. Reformas antecipadas congeladas até Manoel Oliveira parar de filmar
16. TSU de empresas de empresários supersticiosos cai 13%, se eles quiserem, eles é que sabem…
17. Juízes perdem subsídio de renda e vão passar a ir dormir a nossa casa
18. Pensionistas do Estado com pensões inferiores a 485 euros vão poder trocar consultas por órgãos
19. TSU de empresas com gestores com hipermetropia vai descer 0,0000000000000001 pontos
20. IVA dos restaurantes pode ser levado para casa
21. Portuguesas com um sexto sentido vão ter que desistir de um dos outros
22. Vão haver portagens à saída das maternidades
23. São proibidos ajuntamentos de mais de 3 pessoas junto das caixas multibanco
24. IVA da Coca-Cola aumenta se agitarem as embalagens
25. Desempregados vão formar empresa de logótipos humanos para eventos em estádios
26. Vai haver portagens à entrada do tribunal de Oeiras
27. Madeira vai ser alugada para experiências nucleares
28. EPAL vai cobrar taxa nos sonhos húmidos
29. Pelo princípio do utilizador-pagador, pessoas com três rins vão pagar mais taxa de esgoto
30. RTP fica só a dar música sacra até à Páscoa
31. Portugueses nascidos a 29 de Fevereiro vão deixar de ter documentos
32. TSU das empresas de pesca vai descer assim (fazer gesto do tamanho que quiser com as mãos)
33. TAP vai fazer a ligação por terra Sines-Entroncamento
34. Militares vão substituir bombeiros nos seus deveres conjugais
35. Reformados que ultrapassam a esperança média de vida proibidos de andar na rua
36. TSU das empresas de Duarte Lima vai descer sete palmos
37. As SCUT vão poder ser percorridas a pé por metade do preço
38. Castrados vão perder o abono de família
39. Escolas passam a distribuir rações de combate ou em alternativa refeições da TAP
40. A força vai passar a ser igual a metade da massa vezes a aceleração

quarta-feira, outubro 12, 2011

What a night!

Aiiiiii, que mãe sofre. Estou a dormir em pé, depois do menino Rodrigo ter despertado perto da uma da manhã com uma valente birra e de só ter voltado a adormecer já para lá das três. Como se isso não bastasse, exigiu que o embalasse sempre em pé e rejeitou trocas de colos com o pai. E lá fiquei eu. No fim, já me doíam os braços, as pernas, as costas (sim, mais concretamente a zona dos rins como acontece às pessoas mais velhas), os meus olhos já fechavam e devo ter cantado cem vezes a mesma música.
E eu a pensar que ontem ia ter noite santa porque na creche tinha dormido apenas vinte minutos em vez das habituais duas horas. Tá bem tá. Ah, e esta é outra, há dois dias que não dorme a sesta na escola e eu tenho para mim que estas perturbações no sono têm a ver com o período de adaptação. Que os bebés também têm sentimentos e também ficam com os nervos em franja, capazes de não pregar olho.

segunda-feira, outubro 10, 2011

Hoje fui de marmita


Pois é. Ao fim de seis anos voltei a levar almoço para o trabalho. Num tupperware, aliás, em dois: um tinha esparguete, o outro carne picada. Até agora, andei no registo de todos os dias ter de procurar um restaurante onde conseguisse ouvir a minha respiração para além do barulho ruidoso dos talheres e das vozes grossas e agudas de companheiros de labuta em alegre convívio. Ou isso, ou descer até ao subsolo da minha empresa, onde uma cantina nos serve o que bem lhe apetece por quase quatro euros. Enfim, depois de algum tempo de luta, lá conseguimos (sim, nós pobres trabalhadores que também temos de comer qualquer coisinha porque ficamos com dores na barriga) convencer a administração a disponibilizar-nos um espaço para podermos comer o que trazemos de casa. E foi aí que me decidi. Porque comer na secretária onde já estou todas as horas não era razoável para mim, voltei então finalmente à marmita com esta solução à minha medida. E hoje lá fui. Toda lampeira. Direita ao microondas e toca disto. Ai que me soube tão bem. Ai que a minha comida é tão boa e tão mais barata e que agora um novo mundo se abre para mim.

terça-feira, outubro 04, 2011

Já fui praxada

Irra. Não demorou muito até o Rodrigo ficar doente. Uma semana e meia na escola bastaram para me aparecer em casa cheio de ranho. Daí até à tosse foi mais outra semana. Depois veio a febre, a ida às urgências, o antibiótico, as noites mal dormidas, as birras constantes, a rejeição da comida, do banho, dos remédios, do termómetro, ó meu deus, tudo bem, já percebi. A praxe da entrada no colégio já começou! Só espero que o miúdo não passe o Inverno todo assim, que eu não sei se o meu coração aguenta.
Enfim, ele que já estava a habituar-se mais ao ambiente da escolinha, sem passar os dias inteiros a chorar (até já andava no chão e tudo - sim, na primeira semana estava tão deprimido que não andava)... tungas, vai de ir para casa em convalescença e toca aquela cabecita pequenina de se esquecer de tudo e termos de voltar ao mesmo na quinta-feira.
Ah, e outra coisa, isto dos antibióticos demorarem 72 horas (!!!) a fazer efeito é da Idade da Pedra, não é? Xiça, tenho lá em casa uns recipientes da Casa que cozem ovos no microondas em 20 segundos e ainda ninguém inventou um remédio mais célere?
Bom, passada a tormenta da última semana, Rodrigo recupera agora dos olhos cabisbaixos de quem sofreu muito com as febres, e do tom de pele amarelado de quem andou a passar uns maus bocados sem se alimentar como deveria. Hoje já não tem febre.

segunda-feira, setembro 26, 2011

Que fim-de-semana

Irra! Anda tudo constipado lá por casa e sábado bati com o carro num daqueles pilaretes de cimento. Não o vi. Que fim-de-semanazinho de caca. Não fosse o almoço carinhoso de mamãe seguido de festinha maravilha das filhas da minha amiga M. na Estrela e tinha sido mesmo para esquecer.

E com isto dos ranhos e das tosses, Rodrigo foi hoje super rabujento para a creche. Aiiiii, que esta coisa da adaptação nunca mais adapta.

segunda-feira, setembro 19, 2011

A creche

(As férias foram óptimas. O Rodrigo divertiu-se imenso nas poças de água e na piscina e eu e o Zé, fazendo turnos ou na altura da sesta, conseguimos descansar e apanhar os nossos maravilhosos banhos de sol)

E pronto. Já tenho o puto charila na creche. Para início de conversa, contar que logo no segundo dia descobri que conseguia ver lá muito ao longe a sala do Rodrigo da minha casa. Então, a parva toca de ir correr todas as lojas dos chineses de Mafra para comprar uns binóculos. Os mais baratos não aproximavam nada e os mais caros eram mesmo muito caros para a parvoíce pegada que estava prestes a fazer. Enfim, nem é bem uma parvoíce. A verdade é que morro de curiosidade por saber o que anda ele a fazer todo o dia na creche, como brinca com os outros meninos, que sons faz, como come, como adormece... Convidavam-me para estar uma manhã inteira ali a vê-lo e eu era a mãe mais feliz do Mundo. Na realidade, acho que não era totalmente descabido arranjarem umas salinhas com vidros foscos onde os pais poderiam permanecer a ver as suas crias na escola, como há nos hospitais durante aquelas cirurgias a que os estudantes assistem. Ah, e no quarto dia fui apanhada a dar voltas à creche de carro para conseguir espreitar para dentro da sala enquanto passava. Não consegui ver o Rodrigo à primeira, não consegui à segunda, e à terceira, fui “apanhada” pela auxiliar Ofélia que me gritou do outro lado da grade com o polegar esticado: “Ele está bem mãe, ele está bem”. Xina pá, que vergonha, só me apetecia esconder num buraco. Isto de estar de férias na semana em que o filho se estreia na creche só dá mesmo merda. E isto de ele chorar todas as manhãs como se o estivesse a deixar no matadouro também dá cabo de nós. Mais, chegar ao final da manhã ou ao final do dia e dar com ele no mesmo pranto é de cortar o coração.
A adaptação está a ser complicada e o Rodrigo, em apenas uma semana de creche, mudou bastante. Mas confio bastante nas técnicas e na instituição para saber que ele vai ficar bem daqui a uns tempos... lá para Janeiro, digo eu. A ver essas mudanças: tornou-se meigo e afectuoso, ou seja, fica tão contente de estar com os pais que dá valor a isso e manifesta-o; está visivelmente mais irritadiço, faz birras por tudo e por nada; as manhãs passaram a ser muito complicadas para ele e acorda logo a fazer beicinho, mal vê a mochila da escola desata num pranto; agora, sai sempre de casa a chorar, com medo do destino ser a creche; está muito mais desconfiado de estranhos e perante eles recusa-se a andar pelo seu próprio pé; se vê, por exemplo, duas pessoas a caminharem na sua direcção, pede-me colo de imediato a pensar que o vão levar; adormece muito rapidamente.

Apesar de ainda ficar muito choroso durante todo o tempo que passa na creche, o Rodrigo come muito bem desde o primeiro dia lá e, imagine-se, adormece sozinho na cama, sem colos. Inacreditável.

terça-feira, agosto 23, 2011

Em modo stressado

A três dias de ir de férias estou quase a dar em doida. Tenho carradas de trabalho para deixar pronto e o tempo parece escorregar-me entre os dedos. Para ajudar, a empregada foi de férias (pois que também tem direito) e tenho quilos de roupa para lavar, estender e depois passar para poder levar para as férias. Pelo meio, tenho de deixar as refeições do Rodrigo prontas para o Zé, que está com ele esta semana em casa, e deixar as refeições do Rodrigo feitas e comprar creme protector para ele e fazer a lista das coisas para a bagagem para não me esquecer de nada absolutamente importante. Enfim... ando numa correria maluca para conseguir fazer tudo isto e ainda fechar uma revista até sexta, escrever 11 mil caracteres de um artigo para outra, desdobrar-me para conseguir fazer ainda três entrevistas que tenho marcadas e aí, sim, partir para o merecido descanso. Depois de já ter visto toda a gente a ir e a voltar e de durante esta semana já ter recebido três press releases com sugestões de Natal, estou doida para me ver de papo para o ar a apanhar banhos de sol enquanto o Rodrigo fica preso com uma trela ao chapéu de sol, para que este meu pensamento seja mesmo uma realidade e não apenas um delírio.

Pessoas mais susceptíveis: a parte da trela e do chapéu de sol é brincadeirinha. Adoro o meu pequerrucho e, obviamente, não descansarei como em anos anteriores, mas não se pode ter tudo e eu já tenho um filho lindo.

quinta-feira, agosto 18, 2011

Adivinhas

E quem é que ontem teve a feliz ideia de encher o miúdo com pão para poder jantar tranquilamente e ver televisão, quem foi? E quem foi que ficou depois com cólicazinhas, quem foi? E quem foi que ficou acordada até às QUATRO das manhã porque o bebé não havia maneira de dormir tadinho? Quem foi? Olha, lembrei-me agora daquela música dos Deolinda, como é que é mesmo?... "Qua parva que eu sou, lá lá lá lá rá lá, que parva que eu sou".

terça-feira, agosto 16, 2011

Ainda sobre barrigas, mais concretamente a minha

E pronto. Não dava para adiar mais. Comprei um fato de banho. Eu bem que tentei continuar com os meus biquínis, mantendo a minha barriguita morena, mas o problema é que a "barriguita" há muito que já não o é. Estou com uma pança bem jeitosa, daquelas que não encaixam cá em diminutivos, e decidi finalmente tapá-la. Assim, comprei um modelito de fato de banho, mas bem catita, que também não quero parecer uma bola de naftalina no meio do areal. E enquanto as férias não chegam (ainda faltam duas semanas) vou acalentando a esperança de que até lá ainda consiga perder... vá, tipo quatro quilos na zona abdominal.

sexta-feira, agosto 12, 2011

Barrigas de aluguer

Isto das barrigas de aluguer faz-me muita confusão. São cada vez mais os famosos que recorrem a esta prática para terem filhotes e a ideia que me dá é que se vai ali a um supermercado e em vez de se trazer um quilo de batatas traz-se um bebé. É essa a ideia que me dá. E depois há o outro lado. O das tipas que por dinheiro acedem a passar por uma gravidez, por um parto, e depois "toma lá isto que me saiu agora do bucho e passa para cá a guita". Faz confusão, não faz? Ou sou eu que estou armada em parvinha?

sexta-feira, julho 15, 2011

Charada gestacional

Epá, e estas ganas de ter outro filho que não vão embora, hein? E esta certeza de que iria ser tão complicado logisticamente ter um bebé agora, hum? E saber que era espectacular para o desenvolvimento do Rodrigo ter um irmão, xiça? E ter noção de que andaria mais morta que viva mas muito feliz, irra? Razão, coração? Razão, coração?

segunda-feira, julho 11, 2011

O meu fado

Eu canto o fado e gosto de cantar o fado.
Tudo começou na altura da faculdade - um dia conto-vos a história que agora não me apetece. Mas nessa altura de estudante inconsciente (já lá vão mais de dez anos) cantava dia sim, dia não, o que fazia com que não ficasse minimamente nervosa quando encarava o querido públicozinho. Públicozinho que agora me põe a tremer que nem varas verdes, o que afecta a minha actuação. Como canto muito espaçadamente, fico numa ansiedade tal, que tenho a certeza que mesmo no escuro, as pessoas conseguem ver-me as pernas a tremer. A voz não se solta, fico com medo de me esquecer das letras, de desafinar, de não entrar na altura certa, daquele já não ser o tom indicado para mim... Enfim, entro ali numa espiral de incertezas que as últimas vezes que fui cantar foram mesmo sofridas. Do género, o tipo antes de mim ainda a actuar e eu em pânico, já sem ouvir nada, a pensar se seria muito aborrecido dizer ao apresentador que afinal já não queria, que me tinha dado uma dor de barriga ou assim.
Mas como gosto mesmo muito de cantar, pensei que o melhor seria voltar a cantar com regularidade, para ganhar prática e não ficar tão nervosa. Há umas semanas dei com uma noite de fados lá para a minha zona e mal adormeci o Rodrigo arranquei para o restaurante. Como andava por lá sozinha não demorou muito tempo até os outros fadistas perceberem que eu também andava nas lides e na terceira parte chamaram-me. Ai Jesus, os meus nervos eram tais que só tinha vontade de me chicotear: “Epá, mas porque é que eu me meto nestas merdas? Então não estava mais sossegada em casa?”. Bom, lá comecei, pernas a tremer, a voz a sair a custo, fim do primeiro fado e os nervos como no início. Garganta seca, vai um gole de água enquanto ainda batem palmas, e arranco para o segundo. Na segunda estrofe, fico sem voz. Literalmente sem voz. A garganta secou tanto com os nervos, que fiquei ali sem conseguir entoar uma única nota, a tossir, a engasgar-me, os guitarras a prosseguirem, eu a ouvir atrás de mim “não desistas, continua, qualquer um se engana”. Pois, eu não conseguia mesmo, eu não me tinha enganado, tinha ficado afónica. Pedi desculpa aos presentes e fui-me embora, a morrer de vergonha e a jurar a mim mesma que nunca mais voltaria a cantar. Bela ideia a que eu tive, infiltrar-me naquela noite de fados da região saloia para poder ir treinando o meu repertório, e acabei por espalhar-me ao comprido, ganhando agora ainda mais receio da próxima vez que for cantar... se algum dia for.

Ah, entretanto, e porque gosto mesmo, mesmo de cantarolar, já ando é cá com ideias de falar com a Câmara de Mafra para ver se apoia a criação de um grupo de fado local. Uma coisa onde a malta possa cantar, ensaiar, tirar tons, experimentar novas canções, para quando for a sério conseguir estar mais segura.

quarta-feira, julho 06, 2011

Fraquezas

Ontem à noite, merda da grossa.

Jantar foi bife de porco frito com puré de batata, seguido de petit gateau. Como se já não bastasse tanto disparate junto às dez da noite, ainda fui fazer um balde de pipocas com sal para ver o episódio de Donas de Casa Desesperadas gravado segunda-feira. Opá, ó Zé, tu hoje vem jantar a casa porque assim vai tudo pelo cano. Ai vai, vai, que hoje então ando só a pensar em feijão com arroz. Imagina... feijão com arroz, à noite.

sábado, julho 02, 2011

E a brincar já foram cinco quilos embora. Faltam três para ficar como eu quero. Pronto, confesso aqui que perdi cinco quilos enquanto o gajo perdeu 19!!! Sim, ele tem a grande vantagem de gostar muito de legumes e não adorar gelados, crepes, pão, manteiga, arroz, batatas, pipocas e bolos como eu. Tem essa vantagem de facto.

terça-feira, junho 21, 2011

Agenda

. hoje começa o Verão. E agora?
. o Rodrigo faz hoje 23 meses. É começar já a pensar na festa dos dois anos.
. às 14 horas, na RTP 2, Sociedade Civil, o tema é prematuros e parece que vão falar do meu pirralho.

segunda-feira, junho 20, 2011

Na praia

A propósito de no fim-de-semana passado ter ido à praia com o Rodrigo, não haverá no mercado algo parecido com um parque, uma vedação, uma cercazinha, para a praia, não? Algo que deixe a criança fofa a brincar num espaço de areia mais confinado, sem termos de andar quilómetros ININTERRUPTAMENTE ao ponto de já nem sabermos onde tínhamos o chapéu. Não há, não? Sacana do puto não pára um segundo para relaxar. Quais baldes, quais conchinhas, quais carapuça. Põe-se em marcha e aí vai ele.

quinta-feira, junho 16, 2011

A minha odisseia pelas escolas

E pronto, já começou. A minha primeira hipótese, a que queria mesmo, era a escola da Santa Casa da Misericórdia, em Mafra. Escolinha pública, com instalações novas, com mensalidades mais do que acessíveis e “n” boas condições para o pirralho. Mas, como se já não fosse complicado encontrar vaga no público, ainda lhes apareço em Junho. Estão a ver as caras das da secretaria, não é? Bom, estou em lista de espera para 16 vagas e sou o número 154. Motivante, hein? Na entrevista que fiz com a coordenadora pedagógica tentei ao máximo transmitir-lhe o quão importante era o ingresso do Rodrigo, mas não sei se o meu charme vai pegar.
Como alternativa, encontrei a Creche de Mafra, que é semi-pública. A creche funciona para os filhos dos trabalhadores municipais e as sobras podem ser ocupadas com os filhos dos comuns cidadãos como eu. A boa notícia é que há vaga, a má notícia é que só funciona até aos três anos, ou seja, para o ano lá terá o puto de se adaptar a tudo de novo. Nesta creche de Mafra (muito catita e colorida, pareceu-me boa, se houver relatos em contrário, please, digam-me) vou pagar 300 euros por mês, com alimentação incluída, música e ginástica.
Escusado será dizer que há duas noites que não durmo bem só a pensar em coisas que tal que aí vêm. Por exemplo, para fazer a sesta, o Rodrigo até agora só adormece ao colo com alguém a cantar-lhe músicas. Às vezes anda-se nisto mais de vinte minutos. Como é que será na escola? Não vai haver uma educadora de plantão ao meu filho, não é? O miúdo vai-me andar a cair pelol cantos todo roto, a adormecer-me de cansaço às sete da tarde e a acordar às seis porque já dormiu o suficiente?
E a comida? Ele não come sozinho e tudo tem de estar muito bem picado e cortado. A fruta, por exemplo, tem de ser mesmo passada, que quando experimento dar-lhe aos pedaços deita tudo pela boca fora como se lhe estivéssemos a dar cocó.
E há mais, há muitas mais preocupações, daquelas malucas, de mãe. No fundo, sei que tudo vai correr bem e que ele vai acabar por adaptar-se como acontece com toda a gente. Mas enquanto não vejo isso, ando aqui que nem posso. Ai o meu rico menino.

quarta-feira, junho 15, 2011

A consulta de desenvolvimento

É oficial. O Rodrigo TEM de ir para a escola IMEDIATAMENTE.
Esta foi a mensagem da pediatra do desenvolvimento, que diz estar um pouco preocupada com o retrocesso que o baby teve na linguagem, aliado ao facto de manipular os objectos ainda de uma forma muito primária para a idade (23 meses). O Rodrigo já devia empilhar e encaixar coisas e a única coisa que faz é continuar a levar tudo à boca. Por isto, a médica disse que ele deve entrar já na creche, para percebermos se estes atrasos no desenvolvimento são apenas ambientais ou se é outro problema qualquer. E esta parte do outro problema qualquer é que me apoquenta. A pediatra não avançou mais nada explicando que ainda é muito cedo para diagnosticar o que quer que seja. “Vamos pô-lo na escola e depois vê-se”. Entretanto, pediu-me para estar vigilante a actos eventualmente obsessivos, o que me leva a entender que ela pode estar desconfiada de alguma perturbação do desenvolvimento dentro do espectro do autismo. O que ao mesmo tempo me deixa tranquila, não sei explicar, mas acho mesmo que o Rodrigo não tem nada.
Enfim... uma coisa é certa: já começou a correria pelas escolas de Mafra. E depois de Setembro o puto tem dois meses para começar a falar, que é quando tenho nova consulta de desenvolvimento marcada. Mas nada de pressões, nada de pressões.

quinta-feira, junho 02, 2011

A propósito dos pepinos

(Episódio ridículo da minha vida quando ainda não se falava da bactéria E. Coli)

Há cerca de três semanas fui comprar legumes para fazer uma sopa. Andava naquelas semanas da dieta e decidi comprar curgetes para evitar tanta batata no puré. Lampeira, comprei numa embalagem daquelas já pesadas com dois belos exemplares. Pus os outros legumes e quando começo a cortar as curgetes reparo que têm umas pevides que nunca tinha visto antes. Espreitei a medo a etiqueta da embalagem e deparei-me com "pepinos de agrião". Ups. Tinha acabado de comprar pepinos a pensar que eram curgetes, ainda por cima de agrião, seja lá o que isso for. Que vergonha. Mesmo assim, decidi não sucumbir à batata e avancei com a minha sopa com pepinos. Olhem, nem se notou. Impecável. Saborosa. Pronto, admito, um pouco indigesta. Mas cá estou. Fina.

quarta-feira, junho 01, 2011

Ups!

Tenho de arranjar uma escola para o Rodrigo. Os meus pais já têm muito trabalho a controlar a traquinice dos seus quase dois anos (faz para o mês que vem) e já me pesa na consciência ver que ao fim do dia, quando vou buscá-lo, eles estão derreados, a transpirar, numa espécie de euforia tresloucada.
Se por um lado a pediatra diz que era bom ele estar mais um ano com os avós por causa dos bicharocos todos que se apanham na escola e que no caso dele, por ser prematuro, podem virar bichos mesmo muito maus, por outro tenho a sensação que lhe fazia bem estar com outros miúdos e habituar-se a outras disciplinas. De modo que ando a convencer o pai a pô-lo numa escola para o próximo ano. Acho também que era bom para desenvolver a linguagem. O Rodrigo diz três palavras, já chegou a dizer mais, mas deixou de o fazer. E pronto, acho que vou fazer isso. Procurar uma escola. Snif, snif.

quarta-feira, maio 25, 2011

Vejam só como o puto charila está grande


E sem medo de andar. Aliás, na última semana descobriu que existe uma coisa que é correr. Ui, que não sei se o meu coração aguenta. É com cada tangente... e agora a alta velocidade.

terça-feira, maio 24, 2011

Agora tenho duas pessoas na família a dizerem-me que o Rodrigo é hiperactivo.
Bom, de facto o Rodrigo é muito activo, mas penso que ainda é cedo para fazer um diagnóstico desses. De qualquer forma vou falar disso à médica, uma vez que para o próximo mês ele tem mais uma consulta de desenvolvimento, por ter nascido prematuro.
Do que estive a ler, há sintomas que encaixam, mas outros não. Por exemplo, ele dorme onze a doze horas seguidas durante a noite e é capaz de estar sentado (preso, claro) a ver televisão durante uma a uma hora e meia. Um miúdo hiperactivo não faz isto, acho.

quinta-feira, maio 19, 2011

Como o sucesso de uma dieta é relativo

Uma pessoa está de dieta e perde cinco quilos. Uma pessoa vê outras que lhe dizem: “Bem, estás mais magra!” O nosso coração pula de alegria, de orgulho e queremos ouvir mais. “Achas mesmo?” E as respostas saem como facas afiadas. Uma diz: “Sim, noto imenso nas pernas”. A outra responde: “Sim, tens a cara muito mais estreita”. Irra! Mas quais pernas e quais cara? Eu quero é que me falem da barriga, da barriga. Humpf!

terça-feira, maio 17, 2011

help me again

Preciso de uma grávida que tenha passado o Verão com barriga enorme, pernas inchadas e essas coisas aborrecidas da gestação em tempo de férias. Anyone?

sexta-feira, abril 29, 2011

E fico assim

Acabei de ver o casamento do príncipe e fiquei com vontade de me casar outra vez. E claro, chorei. Mas sou assim com todos os programas. Por exemplo, vejo o Peso Certo e combino que no dia seguinte também vou começar uma dieta para perder assim aos cinco quilos por semana; vejo o Querido Mudei a Casa e combino ir comprar papel de parede e molduras novas para dar uma volta ao hall; vejo a Cate e os oito filhos e combino que também vou ter um rancho de filhos. Resumindo: Sou uma Maria vai com as outras.

terça-feira, abril 26, 2011

A minha dieta

Isto da Páscoa não veio nada a calhar para a minha dieta. Não resisto às amêndoas nem ao folar e com esta brincadeira já ganhei um quilo dos quatro que tinha perdido. E esta barriga que não vai embora, hein? Bom, eu vou chegar lá (preciso de perder mais cinco), mas esta semana também não vai ser fácil. Estou de férias com o pirralho e ando sempre de volta da cozinha.

Rodrigo recomeçou hoje a andar sozinho. Ainda com muito medo, mas a andar sozinho. Estou feliz por isso.

sexta-feira, abril 22, 2011

Ajuda

Há por aí alguma mãe que tenha agora as primeiras férias com um bebé e que não se importe de me responder a umas perguntinhas para um trabalho? Mandem-me mail e eu explico melhor a coisa. Gracias.

terça-feira, abril 19, 2011

Soco no estômago

A minha mãe fez 64 anos. Houve uma festa muito linda com a família toda reunida e a geração mais nova do clã – onde se inclui o meu filho Rodrigo, o mais caçula – a animar as hostes. Às tantas, o meu pai, que é da mesma idade da madrecita (meu Deus, eles são tão certinhos em tudo) diz-me com o ar mais natural do mundo, num momento em que estávamos a sós: “Também eu já só devo cá estar para aí mais cinco anos”. “O quê pai, o que é que estás para aí a dizer?”. “É verdade, a esperança média de vida não é assim tão alta, eu e a tua mãe devemos estar por aqui mais cinco, seis anos”. Foi como um soco no estômago. Eles estão tão bem. Mas a verdade é que sim, daqui a cinco seis anos estão nos 70 e a morte pode chegar. Só de pensar nisso tenho calafrios. Depois penso que o Rodrigo ainda é muito piriri e gostava que eles estivessem ao lado dele por muitos e mais anos. Enfim, mudei de conversa. Mas fiquei a bater mal com aquilo. E hoje, tungas, a mensagem de um grande amigo que ficou sem o pai. E a trovoada ontem à noite. Irra, que uma frase perdida no meio de uma conversa da treta às vezes bate-nos forte. E hoje estou assim. Meio aflita.

segunda-feira, abril 18, 2011

Pronto... é fazer contas à vida que não haverá subsídio de férias para ninguém, não é isso? Ó vida.

quinta-feira, abril 14, 2011

Fim-de-semana para "descansar"



A ideia até era boa. Ir passar um fim-de-semana ao Algarve para descansar. Tá bem tá. Com o Rodrigo no auge da sua endiabrice (21 meses) e sem a autonomia suficiente para brincar à sua maneira sem se aborrecer, posso dizer que a única altura em que descansei um bocadinho foi na hora e meia que ele dormiu a seguir ao almoço, no domingo.
Para começar, e apesar de me considerar uma pessoa bastante prática, a logística para passar uma noite fora (a 300 quilómetros do conforto do lar, onde tudo já está montado para servir o príncipe) não é fácil. No meio de uma série de coisas essenciais que não podem faltar ao bebé, andei eu toda maltrapilha por terras algarvias, pois fiz a minha mala sem pensar. Do Rodrigo, nem uma falha a apontar!
Na viagem para baixo a grande luta foi tentar com que ele não adormecesse. O puto charila tem uma determinada hora para dormir e quando calha fugir dessa regularidade é bem capaz de me passar a noite toda de olhos bem abertos a querer brincar na escura madrugada. E, sinceramente, nem eu nem o pai estávamos dispostos a passar a única noite fora em claro.
Bom, chegados ao nosso destino, toca de fazer piscina e praia e todas essas coisas que se fazem no Algarve quando o sol aquece. Mas o sol aquecia mesmo e baby fazia de tudo para não permanecer na sombra. Obrigado, fez um berreiro tal, que fomos literalmente expulsos pelos olhares dos casais que se encontravam na piscina a tentar ler, ouvir o mar ali tão perto, ou os passarinhos.
Recambiados dali, e com um Rodrigo nada satisfeito por não poder estar permanentemente com os pés de molho na piscina para os bebés, fomos adiantando as coisas para ir jantar fora. Àparte a quantidade de guardanapos rasgados, paliteiros, bocados de pão, palhinhas, rolhas e outras lixeiras que existem num restaurante para entreter petizes, tudo correu bem e regressámos pela noite ao chalé já com o bebé a dormir.
No domingo experimentámos a praia. Como já contei aqui, o Rodrigo ficou com medo de andar e por isso depende bastante de nós para ir aos sítios que ele bem entende. De maneiras que a nossa praia foi andar de rabo para o ar e costas curvadas a segui-lo para onde ele ia. Brincadeira preferida? Gatinhar ferozmente até à água, sem ter, obviamente, qualquer noção de perigo e voltando a fazer berreiro quando chegava àquela linha por nós imaginada de o voltarmos a pôr mais acima na areia. E tudo começava outra vez. Não sei quantos quilos de areia ele comeu nesse dia, nem quero saber. Pelo meio, mais uma vez, o calor, a árdua tarefa de colocar protector, a muda de fraldas sempre com birra e muita areia colada por todo o corpo, and so on and so on.
Ok, houve mil e uma brincadeiras, mil e um momentos bons, centenas de fotografias pelo meio, mas que esta é uma fase cansativa, isso é. Para terminar em beleza, no dia em que chegámos ao nosso doce lar, o Rodrigo tinha o peito e as costas cheias de pequenas borbulhas vermelhas, penso eu que resultado do calor. Ou isso, ou alergia ao creme protector. Ainda ando a descobrir.

A aproveitar para descansar na semana de trabalho que iniciei no dia seguinte, vou agora pensando nas férias que se avizinham. Ui, quinze dias. Ahhhhhhhh!

segunda-feira, abril 04, 2011

Porque é que tem de haver sempre alguma coisa com a qual nos preocupamos com os nossos filhos?

Agora o Rodrigo (20 meses) deixou de andar sozinho. Já andava tão bem, sempre atrás de mim pela casa pelo seu pé e sem grandes quedas e agora ficou com medo. D esde sexta-feira que só anda se lhe der a mão ou se tiver algo a que se agarrar. Caso contrário, esgueira-se de imediato para o chão para ir a gatinhar. Já experimentei deixá-lo numa zona mais ampla em pé e fica completamente em pânico. Que nos tivéssemos apercebido, não houve qualquer queda aparatosa ou outro susto. E eu fico logo tão preocupada. A ver se não demora muito a passar.

segunda-feira, março 14, 2011

A minha angústia

Antes de mais conversa, desculpem a ausência aqui do burgo. Não tem nada a ver com má vontade, mas sim com falta de tempo. Mesmo. No meu trabalho mal tenho tempo para me coçar e em casa ligar o computador dá uma trabalheira.

Enfim, hoje cá estou. E para vos falar de um caso que vi na televisão e que me deixou angustiada. Eu sei que sou mulher de fáceis angústias, mas este caso marcou-me mesmo. Foi num programa desses de cantilenas em busca de novos talentos. Um dos miúdos que cantava tinha o imrão gémeo na plateia. Ambos têm oito, nove dez anos, por aí, mas vivem separados. Depois do divórcio dos pais, cada um ficou com o seu progenitor. Isto é uma crueldade, não é? Separarem-se os miúdos? Isto é de um egoísmo enorme por parte destes pais, não é? (Eu fico com um menino, tu focas com o outro e ficamos os dois felizes).

Só queria que vissem o abraço que estes dois irmãos deram em palco. Só queria que vissem a minha angústia no sofá a pensar: “Isto não se faz, não há direito. Haveria certamente outras soluções mais difíceis para estes pais, mas certamente mais humanas para estes manos, obrigados a uma separação forçada.

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

Meu querido São Valentim

Antes de qualquer outra coisa, dizer que gosto do teu nome. Não do São, entenda-se, mas do Valentim. Adoro.

Então é assim: Eu queria que tu hoje desses uma perninha lá em casa para que consiga comemorar o teu dia como deve de ser. Ou seja, preciso que me deixes na sala um saco de lenha e pinhas para dar um ambiente mais romântico à sala, uma vez que nem eu nem ele vamos ter tempo de fazê-lo. E a verdade é que o radiador não dá o mesmo ambiente.
Depois, bom, depois queria que acalmasses o Rodrigo, que só tem 18 meses, eu sei, mas que dava jeito que hoje ficasse muito tempo a ver desenhos animados sossegado, que não quisesse andar de um lado para o outro da casa, que comesse tudo à primeira e que não cuspisse sopa para cima de mim, como gosta de fazer, para que na noite de namoro não paire no ar o cheiro de sopa de peixe com massa. Queria ainda que ás oito da noite já estivesse deitadinho no seu leito, para eu e ele começarmos os festejos.
De seguida, queria, por favor, que dissesses aos japoneses/chineses lá de Mafra que eu e ele estamos a pensar ir lá buscar sushi e que devem, por isso, fazer muitos califórnias e outras variantes de salmão com frutas, para que não fiquemos lá à espera que façam mais. Será lá pelas seis e meia. Tratas disso?
Bom, não te esqueças daquele presentinho que fiz questão de pedir, e, para terminar, não me dês dores de barriga nem de qualquer outra espécie, que a noite está dedicada à beijoquice e era muito aborrecido se isso acontecesse, pois não passaria da lady na mesa.

Obrigada pela tua atenção,
Anette

PS: A lenha pode ser azinho, há lá acendalhas.

quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Sobre a minha obsessão por grávidas

Sou obcecada por grávidas. É inexplicável e, que me lembre, manifesta-se desde os meus 23 anos. Desde essa altura que me lembro de ficar absolutamente fascinada com grávidas e de começar eu própria a querer ter um filho. (Só vim a ser mãe aos 32, pelo rumo que a minha vida amorosa levou).
Quando alguém muito próximo me anuncia que está em estado de graça fico fora de mim e entro em delírio. Da última vez, até fiquei fisicamente indisposta quando uma amiga me deu a boa nova. Mas o fenómeno não se dá apenas com pessoas que me estão próximas. Mesmo nos casos de mulheres que não me dizem grande coisa, recebo a novidade e emociono-me. Choro. E elas ficam a olhar para mim, incrédulas, provavelmente a pensar que estou a atravessar por um período depressivo da minha vida. Mas não. Emociono-me de verdade porque acho que é das coisas mais fantásticas da Natureza.
Gosto de ir vendo as barrigas crescer. E se dependesse da minha vontade acompanharia todas as ecografias das minhas amigas. Lá estariam elas na marquesa, os maridos ao lado, e depois eu... numa cadeirinha, toda contente, com as mãos pousadas em cima das pernas. Eu até acho que elas já fogem de mim. Mas não consigo dar conta deste fascínio. E claro está que me vejo a ter quatro, cinco, seis filhos. Depois desço à terra e percebo que não é nada disso que se vai passar. Ainda hoje no carro, sozinha para os meus botões: “Já tenho 33 anos, se não me despachar nem aos três chego”. E entristeço-me, quase a bater no lancil. Entristeço-me porque não posso apressar a minha vida, correndo o risco de tropeçar nela.

segunda-feira, janeiro 31, 2011

E aconteceu


E aos 18 meses, o Rodrigo começou a andar... e a gatinhar. Isso mesmo, o meu filho não vai de modas, vai atrasado, mas aprende logo duas coisas no mesmo dia.

sexta-feira, janeiro 28, 2011

O bicho

Apanhei um bicho maluco faz hoje oito dias. Uma constipação maluca que parece não ter fim e que vai saltitando a seu belo prazer entre os mais variados sintomas que uma constipação pode ter. Ainda não estou boa. E pior, espalhei o bicho maluco à minha volta. Rodrigo foi o primeiro. Felizmente não fez febre, mas a brincadeira já valeu uma ida às urgências com ele, para lhe observarem os ainda frágeis pulmões. Acho que está a ir embora, mas ainda lá anda, a estragar-lhe as noites. A estragar-me as noites. Depois, foi o Zé que apanhou. Seguiu-se a minha mãe e hoje já está o meu pai. Gente. Afastem-se de mim que eu estou perigosa, contagiosa, peganhenta, quase letal. Pus a família toda a máscaras e não há maneira desta bicharada toda que me invadiu o nariz e brônquios se ir embora. No meio de toda esta cambada de doentes, só peço mesmo que o Rodrigo melhore. É que nós sabemos tossir, assoar, cuspir e ficar deitadinhos, drogados até ao pescoço e a transpirar que nem cães. Ele não sabe, tadinho.

quinta-feira, janeiro 20, 2011

Desculpem pela ausência

Ai que eu tenho andado tão desnaturada com este meu cantinho, que tantas alegrias me traz e que alimento já desde há tantos anos.
Bom, para dar seguimento ao post anterior, dizer que o Rodrigo já dorme novamente a noite inteira, trataram-se de episódios de excitação nocturna por perceber que está a crescer e que já se põe em pé e coisas dessas que têm a ver com o desenvolvimento.

Entretanto, já comprei o intercomunicador. Depois de um exaustivo e cuidado estudo de mercado, optei pelo último modelo da Chicco que faz de tudo, com muito carinho e perfeição.

Tirar o Rodrigo do nosso quarto é que está mais complicado. O pai continua a fazer-se de esquecido quanto ao assunto e, como a transferência implica retirada de portas e levantamento de pesos para levar para a arrecadação, ainda não me iniciei na tarefa. Mas acho que desta semana não passa.

Mais coisas... Ah, o Rodrigo está a começar a comer alimentos de gente, os ditos “sólidos”. E eu tenho-me rido bastante, numa boa disposição disfarçada de preocupação por estar a ver o caminho mal parado. É que ele cospe tudo, faz caretas, chora, semicerra os olhos como que a pedir-me para o salvar. Em vez de comer ervilhas, brinca com elas, em vez de comer batatas, esmaga-as entre os dedos, em vez de comer o frango, atira com ele para o chão. E rasga um sorriso quando vê que já chega daquela brincadeira e vem a sopa, toda passadinha, seguida da fruta, igualmente triturada. E andamos nisto... mas há apenas dois dias.

O trabalho, esse, redobrou. Eu, que até agora era uma felizarda por ter uma mãe maravilhosa que me fornece as sopas do baby em caixinhas que é só pôr no microondas, vejo-me agora a ter de organizar refeições de faca e garfo, variadas e com legumes para dar ao Rodrigo. No primeiro dia até transpirei. Parecia uma maluca com panos pendurados ao ombro, vapores a virem-me para a cara, pegas numa mão, tachos na outra e penso que um dos meus pés estava a tentar dar atenção e tomar conta do Rodrigo. Acho que não deu conta do recado.

E sobre mim? Que há a dizer? Que preciso de me organizar urgentemente para ter tempo para mim. Essa é que é essa.