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terça-feira, julho 31, 2012

Nova missão

Conseguir que o Rodrigo adormeça sem que eu tenha de ter vestido o mesmo casaco. Primeiro: o mesmo precisa de ir para lavar que já tresanda; segundo: com este calor tenho a sensação que estou na sauna e desconfio que o desfalecimento que sinto ao fim de meia hora de embalo não é cansaço, é quebra de tensão; terceiro: será mais uma mania posta de lado. (Já consegui que esquecesse os números do microondas, amanhã mostro-vos como, que já estou deitada e o truque merece foto)

A revelação

O Zé está todo ofendido comigo porque lhe disse que quase de certeza que ele tem qualquer coisa de leve no espectro do autismo que não foi diagnosticado em criança. Isto surgiu depois de eu ter visto estas últimas notícias que dão como certo que o autismo é hereditário. Opá, de facto é inegável que o Zé tem comportamentos obssessivo-compulsivos, rotinas muito bem estipuladas, dificuldade em lidar com tudo o que sai da sua zona de conforto e alguns problemas de interacção social. Andava caladinha a pensar isto só para mim quando a minha sogra me diz o seguinte: "Sabes que o Zé quando era pequenino riscava os livros todos. A professora até falou comigo, preocupada com o comportamento. Quer dizer, ele fazia aquilo porque esteve muito tempo para nascer, foi um parto muito complicado, percebes?". Não, não percebo o que é que uma coisa tem a ver com a outra. E nesse momento fez-se luz na minha cabeça, coloquei a última peça do puzzle: o Zé tinha mesmo qualquer coisa relacionada com o autismo. E há dois dias disse-lhe o que achava. Ficou passado, disse-me que não quer mais conversas sobre isso, mas eu acho que ele lá no fundo sabe que eu tenho razão.

segunda-feira, julho 30, 2012

E já ando uma lástima

Não consigo controlar-me. Amanhã é o último dia de escola do Rodrigo. Eu já ando num pranto, assustada com a ideia do que ele vai passar no novo estabelecimento. Eu sei que muitas vezes eles nos surpreendem (e quantas vezes este já me surpreendeu!) mas não consigo esquecer o tempo interminável que o Rodrigo levou para se adaptar este ano à creche. Deixava-o lá a chorar e quando o ia buscar a chorar estava. Andou nisto meses, ao ponto de às tantas nem querer sair de casa ao fim de semana com medo que o fôssemos pôr na creche. Agora que até já entra na sala dele pelo próprio pé, vai começar tudo outra vez. Ainda por cima numa escola enorme. Eu sei que vai ser apenas uma questão de tempo, mas e conseguir acalmar-me? E estas lágrimas parvas que de quando em quando vão caindo? E as saudades que vou ter das educadoras que foram como mães para ele? Xiiii, que isto não está fácil.

sábado, julho 28, 2012

A minha sogra

Só mesmo ela para ter a certeza que os calcanhares do Rodrigo são iguais aos do filho dela. Os calcanhares?

sexta-feira, julho 27, 2012

Bug

Eu que gosto tanto de saber de que parte do Mundo me andam a ler e agora o sitemeter aparece-me a dobrar no blogue e parece ter bloqueado. Humpf! Quer dizer, não ganho o euromilhões e ainda levo com bugs que não consigo resolver neste meu cantinho cibernáutico. Bom, uma coisa boa aconteceu. Andava há dias doida à procura de um fato de banho muito espectacular do Rodrigo e nada. Hoje lembrei-me: Epá, espera lá. A Rosário andou a arrumar roupeiros e lembro-me de ela me ter dito que tinha tirado as coisas que o menino já não vestia para o saco das doações. Pois a Rosário entendeu que o meu filho já não usava aquele fato de banho giríssimo da Imaginarium, que custa os olhos da cara, e que até dá para pôr umas boias para não se afundar em mares mais revoltos. E lá estava ele, liiiindo de morrer. Ora vejam:

quarta-feira, julho 25, 2012

Balanço da risperidona

Ao fim de cerca de uma semana a fazer medicação notam-se algumas diferenças no comportamento do Rodrigo. As obsessões estão mais calmas (não desapareceram, mas varia mais de brincadeiras e de interesses) e a irritabilidade e os níveis de frustração estão bem mais pacíficos, tanto que não tem tido acessos de raiva nem birras descontroladas. Coincidência ou não, deu o tal pulo na fala de que dei conta no anterior post. Para adormecer também está melhor, embora o faça ainda tarde para a idade dele (23 h). Hoje, por exemplo, não consegui pô-lo na cama nem por nada. Adormeceu como habitualmente no meu colo e mal o pousava na cama dele acordava. Está a dormir no sofá. Tadinho, tão pequenino, tão longe ainda das discussões conjugais, e já dorme no sofá.

terça-feira, julho 24, 2012

E comecemos pelas novidades boas

O Rodrigo está a dizer cada vez mais coisas, depois dos sons de quase todos os animais e do "mamã" e "papá" que não se cansa de repetir enquanto aponta para nós, saiu-lhe um "pau" para pedir pão e "U-i-u" para dizer Rodrigo. Um show e uma evolução maravilhosa que me está a compensar nesta fase menos boa que atravesso a nível profissional. Entretanto, a festa...
Pois que correu muito bem e foi muito linda. Os convidados estavam convocados para as quatro da tarde, mas como se tratava de um piquenique e como tinha medo de depois não ter mesa de merendas livre, saí de casa logo pela hora de almoço com a toalha, um pacote de Ice Tea e alguns brinquedos estragados e fui ao parque montar o estenderete falso numa das mesas desocupadas. O piquenique também se poderia fazer na relva, mas não estava a ver os meus sogros e os meus pais sentados no chão, por isso dei uma de batoteira, como aquelas pessoas nos aldeamentos de férias que põem o despertador às seis da manhã para irem sorrateiramente pôr as toalhas a reservar as melhores espreguiçadeiras da piscina comum. Enfim, dei uma de espertalhona e fiz isso. Depois foi à grande, com tudo o que um belo de um piquenique tem direito, como croquetes, rissóis, frango assado e bolinhos. Os miúdos fartaram-se de correr e o Rodrigo esteve impecável, a afastar-se dos pais tranquilamente pela mão de primos que só tinha visto uma vez ou duas, muito independente e bem comportado. O momento alto, o do bolo, é que podia ter sido mais perfeito. Eu, que levei os últimos meses a ensinar o Rodrigo a soprar a vela, com êxito, não me ocorreu que fazendo a festa ao ar livre muito dificilmente haveria chama para apagar. Pois é, o vento não deixou, mas o miúdo soprou na mesma que o Rodrigo já mostrou que não é cá menino para virar costas às dificuldades. E assim festejou os três anos de idade. (Aos que ainda não me acompanhavam na altura do nascimento, procurem no arquivo do blog o meu texto sobre esse lindo e ao mesmo tempo triste momento - penso que está em Agosto de 2009).

segunda-feira, julho 23, 2012

Amanhã há mais

Estou estafada. Negociações na empresa para a minha saída já arrancaram e ainda estou a recuperar do dia de anos do Rodrigo, festa foi no sábado. Correu tudo bem. Amanhã conto tudo, que hoje não posso com os dedos. E há uma novidade boa!

Uma boa semana para todos.

domingo, julho 22, 2012

quinta-feira, julho 19, 2012

De quem se fala

Como se nada fosse

Amanhã lá irei fechar mais uma edição da revista para ir para as bancas como se nada fosse, como se não estivesse com um pé na rua à espera que a burocracia me dê ordem de soltura e me obrigue a enfrentar um novo percurso. Ó vida que consegues ser tão boa e tão punitiva ao mesmo tempo.

quarta-feira, julho 18, 2012

Eu bem que queria descentralizar...

Sempre disse que quando tivesse um filho não quereria ser eu a fazer tudo e que iria delegar metade das tarefas ao pai. A verdade é que dou por mim a centralizar a maioria das rotinas relacionadas com o Rodrigo e sinto-me bem com isso. Como é que eu hei de dizer isto sem chocar o público masculino? Hum... O Zé é muito prestável, atencioso e gosta de ajudar, mas caramba, os homens são muito lentos e não pensam muito para a frente. Todos os minutos são importantes e se não se é prático... está-se a perder uma vida inteira. Ou seja, acabo eu por mudar fraldas, dar banho, comida e adormecer, porque faço tudo isso de olhos fechados, ganhando tempo precioso. Posso dar alguns exemplos:
- para mudar a fralda ao Rodrigo o Zé tira-lhe os sapatos, as meias, as calças, tudo! Gasta metade de um pacote de toalhetes por causa de um inofensivo cocó e demora horas nesta operação, com o miúdo, que já não é muito cooperativo, a passar-se por estar a perder tanto tempo de brincadeira.
- se para mudar a fralda o pai faz isto, podem imaginar no banho. Mas aqui nem é apenas o tempo que demora, mas também o facto de enfiar o miúdo na banheira sem deixar nada preparado. Ora eu, que supostamente estava no meu período de relax, tenho de andar ali tipo moça de recados a ouvir: "trazes-me a toalha? Sabes do par desta meia? Em que gaveta arrumas os pijamas?". Argh!
- para dar de comer vai buscar sempre uma colher muito grande que nem cabe na boca do Rodrigo, ou muito pequena que está para ali a dar comida durante três horas, e a cada colherada agarra no guardanapo para lhe limpar a boca.
- quase na hora de deitar o Zé entende que aquela é a melhor altura para estimular o miúdo com risadas e brincadeiras histéricas e é rara a noite em que a polícia, eu, não tem de dizer "opá ó Zé pára com isso, estás a excitá-lo, quero ver se ele fica molinho". Depois lá vou eu embalá-lo, porque mais uma vez acho que o faço mais rápido.

Sou horrível não sou? Epá, mas há coisas que prefiro ser eu a fazer por ser mesmo mais rápida. O Zé acaba por ajudar-me em outras coisas e não é por mudar menos fraldas ou dar menos banhos que gostam mais ou menos um do outro. Eu sei, eu é que me lixo não é? Mas não quero saber, quando preciso também vou à minha vida e lá ficam os dois, com o Zé a fazer tudo à maneira dele, mas sem me enervar, porque não estou lá. Verdade seja dita, nesses dias o miúdo deita-se às tantas porque não há quem recorde ao pai que antes de dormir as brincadeiras devem ser brandas, mas tem sempre o rabinho imaculado, a fralda direitinha, a boca a reluzir, o risco ao lado irrepreensível e as unhas dos pés cortadas.

terça-feira, julho 17, 2012

A minha loja favorita é online

Quem tem miúdos sabe o ritmo alucinante a que eles crescem. Compramos uma t-shirt mais à justa e no fim da estação já parecem o José Malhoa ou o Abrunhosa, com aquelas camisolas muito agarradinhas ao corpo, em mau. As calças passam a corsários e os sapatos encarquilham-lhes os dedos. Há roupas lindas para as crianças, mas algumas custam os olhos da cara e verdade seja dita custa um bocadinho dar trinta euros por uma peça que só servirá para três meses. Por outro lado, os miúdos sujam-se por dar cá aquela palha e convém ter o roupeiro minimamente apetrechado. Bom, isto para dizer que um dos meus sítios de eleição para vestir o Rodrigo é no site da Vertbaudet. Adoro! A roupa tem qualidade, é divertida (o que nem sempre é fácil nas colecções para rapaz) e é barata. Volta não volta faço as minhas encomendas e aproveito sempre os saldos e as promoções.
Estes são a próxima aquisição. São ou não são um mimo por apenas sete euros? Ah pois são.

segunda-feira, julho 16, 2012

A festa dos três anos

Antes de arrancar para o que me traz aqui hoje, devo contar-vos que as duas fraldas resultaram, mas as dicas deixadas são muito boas. Vou tentar o resguardo da cama e a fralda tamanho acima, neste caso o cinco, ele está com doze quilos.

Entretanto mal tenho tido tempo para pensar na festa de aniversário do Rodrigo, que faz três anos (xiça, já) no próximo sábado. A questão é que está muita gente fora, de férias, e não vai ser uma party de arromba, mas vai ser feliz. A ideia é fazer um piquenique num dos parques do concelho. É ar livre, os putos não nos partem a casa toda e é mais barato. O único inconveniente que antevejo é não conseguir falar muito com os convidados, porque estarei atrás do Rodrigo a caminhar de um lado para o outro do parque nos locais mais out, como valas, cercas, e caixotes de lixo. Eh eh, tadinho, desde que ele se divirta! Três anos são obra, por isso, venha de lá a festa, mesmo com poucos amiguinhos.

domingo, julho 15, 2012

Coincidência?

A minha mãe já me tinha dito que o Rodrigo fica sempre doente ao domingo. É verdade, é sempre ao domingo. Hoje lá está com febre outra vez, as babas, o ranho. E depois o Zé lembrou-se de uma coisa. O Rodrigo fica sempre doente no dia em que de manhã o vamos buscar à cama e está todo mijado, colchão, pijama, tudo. É que ao sábado ele nunca faz a sesta e por causa disso adormece a horas normais. Ao contrário dos dias de creche, em que só adormece por volta das onze porque dorme sempre à tarde, ao sábado está na cama às vezes ainda não são nove. Nestes dias, a fralda, pelos vistos, não aguenta tantas horas e o puto acorda todo molhado, com o xixi a sair fora. Mas não tem jeito acordá-lo a meio da noite para a muda, pois não? Hoje adormeceu cedo outra vez e optei por pôr-lhe duas fraldas, a ver se assim contenho o fluxo. A febre é que ninguém lha tira e está-me cá a parecer que o Rodrigo ainda vai precisar de mim durante a noite. Vou é tentar adormecer já, não vá passar a noite em branco. Amanhã digo-vos se a dupla fralda resulta.

sexta-feira, julho 13, 2012

Adeus Rosário

A minha empregada não morreu, graças a deus está de perfeita saúde e com a mesma inconveniência de sempre. Eu é que tive de dispensá-la. Parecendo que não, e nesta situação de quase desemprego que atravesso, cento e poucos euros todos os meses fazem a diferença.
Mas a diferença não é só a do dinheiro. Ó meu deus, que a senhora só não vem há uma semana e a minha casa está um caos. Na cozinha a coisa ainda se vai orientando, mas e a roupa senhores, a roupa?? O Zé ontem perguntava-me se eu queria que ele pusesse uma máquina a fazer e eu dei por mim a soltar um enorme NÃO aos berros, como se ele me estivesse a perguntar se eu queria levar com facas no meio da tola. A verdade é que a ideia de aumentar ainda mais a roupa que está para passar a ferro deixa-me assim, histérica. Hoje já tive alguma dificuldade em encontrar roupa lavada para o miúdo, lá encontrei umas calças, tadinho, um pouco quentes para a estação é certo, mas lindas e lavadas e passadas.
A casa tem pó, a casa de banho precisa de ser limpa e de toalhas novas, as camas precisam de ser feitas de lavado... Ai Rosário que me faz tanta falta. Ai Rodrigo querido que és muito lindo, mas isto de te deitares às onze da noite rebenta comigo. Ai que vou ter de dormir rápido rápido que amanhã acorda-se cedo e há uma revista para fechar e pôr nas bancas para que a empresa tenha dinheirinho para me pagar a indemnização.

quarta-feira, julho 11, 2012

Mais uma decisão a tomar

Antes de mais, dizer que ainda não se sentem os efeitos do remédio no Rodrigo, mas hoje também foi apenas a segunda noite, penso que o efeito não se sentirá assim do dia para a noite.

Entretanto, hoje eu e o Zé tivemos de tomar mais uma decisão que pode ser fundamental para o futuro do nosso filho. Isto porque nos ligaram do agrupamento de escolas aqui do concelho a dizerem que o Rodrigo tem vaga numa escola que pusemos como terceira opção, por ser daquelas muito grandes. Mas explicaram-nos que é ali que funciona a unidade de apoio ao ensino especial, sendo mais fácil acompanhá-lo. Por outro lado, é um estabelecimento que tem já o primeiro ciclo, ou seja, evitamos que daqui a uns anos o miúdo passe outra vez pelo processo se adaptação a uma outra escola, com tudo o que as mudanças implicam para quem tem PEA.
As nossas primeiras opções recaíram sobre unidades mais pequenas, mais familiares, para que estivesse garantido um maior e melhor apoio. Mas a coordenadora diz-me que nesta escola grande o jardim de infância está separado e que o Rodrigo é factor redutor de turma, ou seja, a sala onde ele ficar não poderá ter mais de vinte crianças. Assim sendo, e obrigados a tomar uma decisão, optámos por aceitar a proposta, até porque os tempos não estão para brincadeiras e ter esta vaga na rede pública com todos os apoios garantidos é uma dádiva. Espero ter feito a escolha certa e espero atinar com a educadora dele, que estou desejosa de conhecer.
Futura senhora que vais cuidar do meu filho, tu livra-te de seres daquelas que já não pode ver criancinhas à frente, que está mais preocupada com as unhas do que em brincar com os putos, ou que é educadora de infância porque sim, ouviste? Tu livra-te.

terça-feira, julho 10, 2012

Uma ajuda do tamanho de uma colher de café

A poucos dias de completar três anos, o Rodrigo começou a ser medicado para o autismo. Um novo dado que me deixou muito assustada, mas que se for para ele ficar melhor e mais feliz, que se lixe o meu estado de pânico.
Na última semana o meu filho tem intensificado as suas obsessões (números e letras) e como resultado aumentaram também os seus níveis de frustração, ansiedade e irritabilidade. As birras, como já aqui vos relatei, estavam assustadoras e agredia-nos (também a ele mesmo) sem dó nem piedade, descontrolando-se numa questão de segundos.
Hoje, na consulta de desenvolvimento do hospital de Santa Maria, lá veio a solução: risperidona. Um antipsicótico recentemente aprovado para o tratamento de sintomas do autismo e que o Rodrigo começou hoje a tomar. O objectivo é essencialmente acalmar as obsessões e a agressividade. Para já, estamos com uma dose mínima (0,25ml) e só estamos a dar-lhe à noite. Durante esta semana teremos de ver como ele reage e rezar para que a dose não tenha de ser aumentada. Em aberto fica ainda a hipótese de vir a tomar também de manhã, mas isso apenas acontecerá se mais para a frente se verificar o agravamento das obsessões, ao ponto de ele não se interessar por mais nada. A verdade é que apesar dos números e das letras ocuparem grande parte das brincadeiras do Rodrigo, ele brinca com outras coisas e diverte-se.
Entretanto já andei mergulhada na net para saber mais sobre este medicamento e há estudos e relatos muito positivos. Entristece-me a ideia de ele ficar dependente de um remédio para estar mais feliz, agrada-me a ideia de ele estar mais feliz. Ponto. E neste caso os meios justificam o fim. Ele precisa de ajuda. E esta noite já lhe comecei a dar... uma ajuda que tem nome de espirro e o tamanho de uma colher de café.

segunda-feira, julho 09, 2012

A festa da escola

Foi a primeira. A festa de final do ano da creche do Rodrigo. Fui eu, o Zé, os avos todos e só não foram os tios que não podiam. Em punho máquina de filmar, a fotográfica e ainda iPhone para completar. As máquinas despachei-as todas para a família, para ficar livre para o que se ia passar. Tempo ameno, tudo preparado ao ar livre para a entrada dos miúdos, eu toda risonha em pulgas para que tudo começasse. E começou. Arrancou a música do eu sou um pinguim, e mal avistei os miúdos do berçário desatei num pranto que se manteve fluido até ao fim. Acho mesmo que ganhei o prémio da mãe mais chorona, com o grande pico da parvoíce pegada a atingir o auge quando vi o Rodrigo a encabeçar a fila da sua sala vestido de golfinho. Xiça, foi mesmo emocionante e ele portou-se tão bem. Juntou-se ainda a algumas coreografias dos amiguinhos e esteve sempre feliz. Quando a festa terminou, eu de nariz vermelho mas já composta, dou de caras com a educadora do Rodrigo... e começou tudo outra vez. Mais uma rodada de lágrimas e fungos com ela a desmanchar-se também. De maneiras que foi isto. Para o ano nova escola, ai ai.

domingo, julho 08, 2012

Resulta

Não sei se é só Melamil, mas Rodrigo tem adormecido que nem um anjo. Hoje então esteve fantástico, também durante o dia, sem birras de maior. E que bom é vê-lo feliz.

Amanhã conto como foi festa do fim da creche. Ui, ui.

quinta-feira, julho 05, 2012

Acabei de viver um dos momentos mais angustiantes e assustadores com o Rodrigo. Não consigo parar de chorar e ainda tremo. Na hora de ir dormir, eram cerca das nove e meia, fez uma birra ENORME e ficou descontrolado como nunca o vi. Bateu-me, gritou, lutou literalmente comigo, enquanto eu tentava acalmá-lo, mas sem êxito. Não queria colo, não queria chão, não queria ir para a cama, não queria ficar sozinho e andou nisto perto de meia hora. A atirar-se a tudo o que encontrava à frente, enquanto gritava para todo o bairro ouvir. Só consegui acalmá-lo junto aos números do microondas. A verdade é que está cada vez mais obcecado com números e letras, tanto que a médica já disse que provavelmente teremos de dar-lhe medicação em breve para atenuar estas obsessões. E foi a única forma de parar com o inesperado e monstruoso ataque de nervos. Consegui dar-lhe leite morno para acalmar mais um pouco e perto das onze virei-me para ele com o coração aos pulos com medo de desencadear outra crise e perguntei-lhe estendendo-lhe os braços: "Rodrigo, vamos fazer o oó?" Ele retribuiu-me os braços, aceitou o colo e ainda a caminho do quarto adormeceu. Assim. Adormeceu de cansaço, acho, tal foi a energia que pôs na birra de hoje. Que alívio não ter passado por tudo outra vez. E que nervos eu e o pai ainda temos depois de termos vivenciado isto.
Entretanto, a partir de amanhã vamos começar a dar-lhe umas gotas para adormecer melhor. O remédio é natural, chama-se Melamil e é para dar quatro gotas antes de deitar durante um mês. Vamos ver se resulta. Nunca tinha ouvido falar.
Ah, e escusado será dizer que estou já numa angústia enorme por causa da hora de dormir amanhã. Mas eu sei que os bebés sentem, por isso terei de ter muita calma e segurança.

terça-feira, julho 03, 2012

O diagnóstico

"Não sei". Esta foi a resposta da pediatra (uma querida e em quem confio) face aos sinais que o Rodrigo tem manifestado. A médica diz que de facto o miúdo pode apanhar constipações, viroses e gastroentrites de quinze em quinze dias e que as babas podem ser a forma do corpo dele dizer: "Estou ou vou ficar doente". Ela descartou totalmente as hipóteses de alergia, intolerância a algum alimento ou outra doença associada a estes sintomas. A verdade é que sem medicação, e passados dois dias de febre e algumas babas, o Rodrigo está novamente bem. O conselho dela no final? "Façam muita praia com ele, é a única coisa que vos posso dizer tendo em conta que, à partida, ele possa estar a apanhar tantas doenças por ter as defesas um pouco em baixo". De modo que é isto, praia com ele. Por acaso já tenho saudades de andar ali pelo areal de rabo para o ar, a apanhar escaldões nas costas, e a rezar para que nenhuma das minhas maminhas me salte de fora com tanta descompostura maternal.

domingo, julho 01, 2012

Outra vez...

As babas, a febre... Ainda bem que terça há pediatra. Vou pedir-lhe análises mais pormenorizadas ao Rodrigo, de quinze em quinze dias tenho o miúdo com este quadro clínico.