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quarta-feira, março 25, 2009

Abaixo o chão preto

Não, não tem nada a ver com o que a minha sogra diz e que é mais ou menos: "Ai filha o chão preto não, que vê-se a sujidade toda e depois não fazes outra coisa senão limpar". Vem este texto protestar contra o chão preto e brilhante nas casas de banho públicas. No Cascais Shopping, por exemplo, o chão é desses e as divisórias de uns sanitários para outros são daqueles que não vêm até ao chão. Resultado? Estamos a fazer chichi e a ver a patareca da vizinha do lado através dos reflexos no chão brilhante. E como nós vemos, a vizinha também vê a nossa. É muito desagradável, pois que é. Tento nas modernices senhores.

terça-feira, março 24, 2009

A duas dos três

E porque é que ainda me faltam duas semanas para os três meses de gravidez e já tenho uma barriga de cinco e até já me dão o lugar na fila do supermercado e eu ainda nem estou de três meses. Ai Jesus, que medo do barrigão que me está para aqui a crescer feito maluco.

segunda-feira, março 23, 2009

Censura

A minha empresa faz censura. Na minha empresa controlam-nos o correio electrónico e estão sempre a impor home pages para a Internet com os sites da casa. Bloquearam o hotmail, cancelaram o chat do gmail e agora estão a dificultar as comunicações no chat do facebook. Fazem tudo isto sem darem a cara. Mexem nos computadores das pessoas a partir de uma sala escura que existe no último piso do edifício e controlam tudo o que fazemos. À volta não existem cafés, não se pode sair à rua entre as dez e as cinco e meia, os telefones não têm linha exterior e se nos acontece alguma coisa estamos para aqui esquecidos, sem comunicações e amordaçados.

domingo, março 22, 2009

Vida injusta

Hoje é domingo e estou a trabalhar. É uma verdade triste, mas alguém tem de tocar o barco para a frente. Pena é que não tenha direito a folga, ou seja, amanhã cá estarei de novo, e depois, e depois, e depois, e depois. O fim-de-semana não foi bom, começando pelo facto de se ter confinado ao dia de ontem. A sexta-feira terminou muito mal e por isso o sábado arrancou a meio gás. E para animar ainda mais tudo isto, um jogo de futebol ingrato, com roubos à má fila, a fazer-me lembrar que, por agora, vou ter de continuar a lidar com todo o tipo de injustiça.

segunda-feira, março 16, 2009

Isto de decorarem as salas de espera de obstetrícia com aquelas fontezinhas zen é muito bonito, mas as quedazinhas de água não acalmam nada as grávidas que se esforçam por esquecer que estão sempre com vontade de urinar.

E venham de lá esses dois bebés fortes e rijos que eu e o meu gajo não fizemos a coisa por menos. Aliás, como disse minha amiga e colega de blog Gui, a Oliveira (o meu apelido) não se ficou pela azeitoninha, mas por um verdadeiro olival. Pois que cresça muito vistoso.

quarta-feira, março 11, 2009

Compaixão para com a mulher que está grávida


Os dois no carro, à saída do espectáculo Os Produtores.
Eu - Então, gostaste?
Ele - Adorei. O Manuel Marques e o Rodrigo Saraiva vão mesmo bem.
Eu - E da Rita Pereira, o que é que achaste? Achas que ela é bem feitinha?
Ele - Nem reparei no corpo dela, estive assim mais atento às falas.

Não é muito bom?

quarta-feira, março 04, 2009

Já começa

Vocês ajudem-me. Pois que ainda agora começou e já estou a meter o pé na poça como gente grande. Hoje tinha marcado a minha primeira ecografia. Fiz meio mundo mudar as suas vidas para ir de rabo tremido no assento de trás até à clínica. Ia danada, danadinha. Pois que tinha ligado antes para saber se podia levar um dvd para gravar as primeiras aparições da criança e a senhora a dizer-me que não, que o exame que tinha marcado nem dava para ver o bebé. E eu triste, triste, a pensar que me iam estar para aqui a ver os ovários e as trompas e a passar ao lado do pequerrucho. Eu a refilar e a chegar ao balcão e a senhora a abanar a cabeça. “A ecografia que a médica está a pedir não é a que marcou”. Focinho em baixo, orelhas baixas e a rasgar novamente elogios à minha médica e à clínica e a ter de aguentar mais uma semana para saber se está tudo bem. E os meus pais a passarem-se com a forma como eu troco nomes e exames enquanto espero a chegada de um filho. Ui, que isto começou tão bem.

Ai, que nervos

Hoje vou fazer a minha primeira ecografia e perceber se está tudo a postos para a criança continuar a crescer. Como ainda só vou em oito semanas, vai dar apenas para perceber se a fecundação se deu no sítio certo e se não há nada esquisito. Se tudo estiver normal é muito provável que já se consigam ouvir os batimentos cardíacos. Isso é que eu queria! É à tarde, ainda falta uma eternidade. Ui, como o tempo custa a passar nestas alturas.

O que me fazia agora falta era aquele rapaz que fez de repórter nos bastidores do Festival da Canção. Alguém viu? Muito bom aquele estilo de pulga eléctrica fora de si e a tentar ser animado num ambiente mais do que decadente e enfadonho. Onde é que o foram buscar?

terça-feira, março 03, 2009

Casas rústicas

Eu adoro uma boa casa de campo, ou uma à beira-mar, não importa. Gosto quando a malta se junta e vai passar uns dias a uma dessas casas rasteiras, com um pequeno jardim e um churrasco que há-de ser de uma tia de algum de nós. As chaminés das salas são o máximo, há cabaças penduradas nas vigas de madeira, há mós antigas encostadas à parede e um poço ao ar livre. Normalmente há todas essas coisas com imensa graça e que nos fazem sussurrar ao ouvido do parceiro “bem, mal empregada, olha se isto fosse nosso, fazíamos isto e aquilo...”. Isto porque quase sempre se dá o caso da rusticidade vir acompanhada de muita teia de aranha e muita bicharada. E eu não gosto nada disso. “Olha, este quarto é o teu”. E é o pó em todo o lado, as aranhas que se passeiam, aqueles bichinhos achatados e cinzentos com muitas patas (argh), aquelas mantas que já estão rijas de há tanto tempo ninguém lhes mexer e a um canto umas galochas esquecidas de há dois Invernos atrás. Por muito que a pessoa tente dar um jeitinho, acabamos sempre por nos deitarmos na almofada com a sensação que todas as espécies que habitam por trás da cabeceira e por baixo da cama nos vão devorar durante a noite. Dá essas tias que têm essas casas e que nos emprestam para passarmos uns dias contratarem uma empregada para ir fazendo a manutenção? Dá para providenciar isso?