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sábado, setembro 15, 2012

Pause

Ando para aqui ainda atarantada e sem palavras para o que a educadora do Rodrigo (que trabalhou sete anos no ensino especial) me disse hoje ao fim de uma manhã com ele. "Eu acho que o seu filho não tem nada de autismo". Eu sei que o diagnóstico não está fechado, mas caramba, se não é PEA é o quê?

10 comentários:

Anónimo disse...

sei que nao comento tantas vezes quanto talvez estivesse a espera, mas acredite que volta e meia passo por aqui para saber das novidades.
Nao quero ser velha do restelo, mas deixo apenas a magoa que profissionalmente quase, todos os dias, sinto: como e que alguns profissionais conseguem tao levianamente e depois de apenas algumas horas, refutar ou confirmar diagnosticos tao complexos como os das pea, deixando os pais completamente perdidos?
Se precisar de mim, email.
Um abraço, catarina almeida.

Sexinho disse...

Asperger?

Anónimo disse...

Sou seguidora deste e de outros blogues sem nunca ter comentado. Desta vez não consigo ficar calada.
Provavelmente por ser psicóloga mas também porque:
1.Os diagnósticos fechados, abertos ou assim-assim devem ser feitos por quem de direito.
2.O nome que se chama não é o mais importante. A compreensão de toda a situação permite pensar em formas de actuação e intervenção que podem ser comuns ao diagnóstico x, y, z...
3.Uma educadora que julgue ter algum contributo para esse diagnóstico pode levantar questões... Mas deve ter a competência e a responsabilidade de, adequadamente, transmitir a sua questão aos pais e de contactar com os técnicos que acompanham a criança.
De outra forma, torna-se responsável por pôr em causa o trabalho de outros e causar ansiedades desnecessárias aos pais...

Ana Costa disse...

Enquanto professora não posso deixar de considerar estranho um "diagnóstico" tão rápido depois de uma manhã de contacto. Uma professora de ensino especial tem uma formação genérica sobre várias perturbações e uma especialização em legislação de NEE. Não tem competência para fazer diagnósticos. Pode ter expressado mal o que lhe quis transmitir (provavelmente que o Rodrigo não se comportava como outros meninos autistas com quem trabalhou), mas como diagnóstico não serve - demonstrou alguma leviandade, é também a minha opinião.

Helena disse...

Olá, aconteceu-me exactamente a mesma coisa na passada terça feira... e não foi ao fim de uma manhã, mas ao fim de 45 minutos com a minha filha. A terapeuta disse-me que nunca viu uma criança com autismo a reagir como ela reage, que no máximo ela tem sindrome de Asperger...

Helena disse...

Não me chocou ouvir isso porque felizmente é verdade que a minha pequena tem evoluido imenso.
Talvez ela lhe tenha dito isso porque achar que ele tem "potencial", e para a tranquilizar...

Sun disse...

Li o blog de uma ponta à outra em poucas semanas (!!), e adorei todas as reviravoltas de uma vida (como isso me deixa a pensar, do fundo dos meus 22 aninhos, o que ainda me esperará...?) emoções envolvidas, risos e choros, tudo. Em primeiro lugar, queria dar-te os parabéns pela força e coragem que demonstraste (tu e o Zé), e pelo Rodrigo que está sempre a vencer etapas! O meu desejo é que tudo corra pelo melhor nessa nova escola! :) Em segundo lugar, queria deixar um pequeno conselho, não sei se será válido para o Rodrigo ou não, mas foi o que aprendi com a minha numerosa família (tenho 4 irmãos, e a minha mãe tem 8, cada um com os seus 4 a 5 filhos...imagina!): no que toca a birras, quanto menos se ligar melhor, que eles acabam por se fartar de estarem p'rali a berrar para o boneco e a coisa pára. Custa muito e dói a cabeça ao princípio, mas a longo prazo é o melhor para eles e para os pais! Por último, queria deixar o meu "protesto" em relação à ausência da Gui, que aqui escreveu textos de cortar a respiração! já sinto algumas saudades!

Um beijo aos 3!

Assunção

Anette disse...

Pois, eu acho que de facto o que a educadora quis dizer-me é que vê potencial no Rodrigo, mas a verdade é que ficamos a pensar no que nos dizem e a verdade é que confio plenamente na equipa médica do Santa Maria. Por outro lado, e apesar de me orgulhar imenso do Rodrigo, tenho olhos na cara e sei ver que há muitas coisas a bater certo com PEA.
Sun, eu sei que nas birras o melhor é deixarmo-los sossegar, mas reconheço que sou mesmo uma nódoa nessa parte e vê-lo a chorar deixa-me doente. Ainda hoje, fez-me uma fita enorme porque não queria dormir. Mas eu estava a ver que ele estava caído de sono e deixei-o sozinho na cama a chorar. Epá, se aguentei dois minutos, acho que foi muito. No fim, lá dormiu. Como eu gostava de ter uma família grande como a tua. Bjs

Patty disse...

Olá, Anette
O meu filho António, com diagnóstico de Asperger confirmado desde os 5 anos, mudou de pediatra de desenvolvimento aos 9 (a anterior saiu do Cadin e esta era a que a substituiu).
E... a nova médica deu alta ao António, pois considerou que ele estava curado, e já tão tinha comportamentos de Asperger. E nós confiámos, apesar de sabermos que não existe cura para o espectro do autismo.
A consequência foi a maior regressão que possam imaginar, com estereotipias a aparecer, algo que ele nunca tinha tido, insegurança, birras, foi mesmo o pior momento na nossa vida de pais de uma criança especial...
É preciso tanto cuidado com o que se diz e faz aos nossos meninos...
Talvez valha a pena falar com a técnica, e sinceramente explicar-lhe que ela não tem o direito de lhe dizer o que disse, ainda por cima baseada numa observação de apenas uma manhã. E ter alguma atenção extra no curto prazo.

Desejo-lhe o melhor nesta vossa caminhada. Nós estamos bem, o António é um adolescente feliz e realizado, acredite que vale a pena todo o investimento emocional que fazemos neles! :)

Um abraço
Patty

Sun disse...

Mãe é Mãe! :) Espero que tenhas a oportunidade de criar uma família grande, porque ter irmãos é mesmo muito bom, e é um descanso para uma mãe ver que eles se entretêm uns aos outros e ajudam a educar-se! e é uma grande felicidade!