Quando o Rodrigo começou com a obsessão dos números imaginei o meu futuro com isso. Caramba, quem com dois anos não conseguia dar um passo sem parar numa matrícula ou nos preços todos afixados nos supermercados, teria de ser distraído à séria no dia em que, por exemplo, casasse, para dizer o "sim" antes de se perder pelos números dos salmos.
Mas já percebi. Estas manias são intensas, provocam desequilíbrios e distúrbios, mas vão mudando. Senão vejamos: começou nas letras, passou para os números, depois para as portas, de seguida luzes acesas e luzes apagadas. Agora, embora não diga que não a uma boa porta aberta ou a uma aliciante luz apagada, está na onda de tudo o que sobe e desce. A ver: estores, telas chinesas e cintos de segurança. Só me pergunto o que virá a seguir e se as manias algum dia terão fim. Será?
6 comentários:
Se pensares bem todos nós temos manias (quem nunca saltou as pedras pretas da calçada para só pisar as brancas), vamos é disfarçando...
E as nossas manias também vão mudando.
Isso só demonstra ser interessado, o que é óptimo por sinal.
Olá, pelo que vejo é assim mesmo, as obsessões vão mudando...
Curioso que a minha também anda numa de "xubiu" e "dexeu", antes andava numa de "tá peso", "caiu"...
ou seja enrolava um fio na roda dum carrinho e "tá preso", abanava-o até o carrinho se soltar e "caiu"...
bjs
Olá! Tenho um filho com 7 anos a quem foi diagnosticado síndrome de asperger. Adoro-o, e comecei a adorar as manias dele... que vão mudando, mas até agora ainda não passaram. E convenhamos, no dia a dia, por mais adoráveis que sejam, são necessários muito mais tempo e paciência.
Já me disseram que com o tempo, certas diferenças no seu comportamento se vão esbatendo. É esperar para ver! Força! Bjs
O meu com 5 as manias também vão e vêm :) Começou com as letras aos 2, as marcas dos carros, os transportes, os animais, agora anda com os números... Acho ao mesmo tempo engraçado pois quando anda fixado numa coisa parece que tem que saber tudo sobre isso :)
Cheira-me que esta parte vai perdurar durante muito tempo mas quando crescerem até pode ser uma vantagem serem "tão obcessivos" com algumas coisas. Se for com o trabalho até é bom :)
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