Hoje o Rodrigo foi avaliado pela terapeuta ocupacional e correu tudo muito bem. Ainda andou quinze minutos encaracolado no meu colo sem dar muitas confianças à terapeuta, mas caramba, ela era tão boa (adorei) que não tardou muito para o Rodrigo começar a interagir com ela e a sorrir-lhe com pequenas brincadeiras. Foram passos pequeninos mas que me deixaram verdadeiramente feliz. Agora, é esperar que a vaga que existe seja para ele. Estou confiante que sim. Caso isso aconteça, passarei a ir com ele uma vez por semana à terapia. Caso isso não aconteça, bom, logo se vê. Um problema de cada vez senão não ganho para tapar os brancos, que já são aos molhos.
Pequena adenda (só eu): Mal entramos na sala da terapia, vejo que a técnica se descalça. Comecei a olhar para o ambiente esterilizado próprio de uma sala onde é suposto as crianças brincarem no chão, reparei nos colchões que cobriam metade da sala... e pronto, não havia volta a dar, o recado estava dado. Descalcei-me. Problema? Hoje vesti umas calças pretas e uma camisola cinzenta (eu sei, boring, mas não estava virada para grandes avarias) e as meias, meus amigos e amigas... as meias, oh meu Deus, as meias eram...tcham tcham tcham... de um azul turquesa que até ofuscava. Opá, as minhas amigas mais chegadas sabem que as minhas meias, quando não se vêem, são mesmo escolhidas ao acaso e nunca condizem. Até gozam comigo. Confesso que ali fiquei um pouco atrapalhada, mas também vos digo: mais vale meias à palhaço do que sujas, velhas ou rotas no dedão, é ou não é?
E pronto, agora é esperar que o telefone toque com good news, que é para isso que cá andamos.
É verdade, terceira opinião marcada para Março. Unidade da Primeira Infância da Estefânea, com Pedro Caldeira, o supra sumo dos assuntos do autismo. Até dá medo.
9 comentários:
Sarava!
que a vaca seja mais morninha...e que as boas notícias cheguem!!
Existem sempre boas histórias e bons exemplos! ;)
beijinho
Olá,
O meu filho andou na Unidade da Primeira Infância da Estefânia, com o Dr. Pedro Caldeira, dos 2 anos e pouco até aos 7 anos. Assim, quero dizer-lhe que está muito bem entregue, é do melhor que encontrei, quer no aspecto clinico, quer humano. É muito calmo, ponderado. Não vá à espera de grandes diagnósticos e certezas, porque não é assim: vai avaliando, observando e vamos falando. Não gosta de rotular e dizer que é isto e aquilo.
Leve informação organizada, faça previamente um registo das coisas, como por exemplo, como correu a gravidez, o parto, as estapas de desenvolvimento do seu Rodrigo, etc, etc. Veja a história familiar, se há situações de depressões, doenças fisicas, etc.
Provavelmente irá falar primeiro com uma enfermeira que irá colher alguma informação ( eu fiz um relato escrito daquilo que considerei mais importante, da gravidez até à data da consulta, e vou mantendo actualizado, onde registo as evoluções, os pequenos passos, as competências que vai adquirindo, as dificuldades, o relacionamento com os outros, os interesses, etc. Fui organizando por anos: 1º ano de vida, 2º ano, etc. É que a memória não consegue reter tudo e assim é mais fácil e tem sempre à mão, porque, acredite, vai ter de repetir a história muitas vezes: a cada inicio de ano lectivo, porque vai mudando o professor de apoio e o processo é muito grande para lerem, porque vão perdendo informação, etc. Aliás, organize você um processo do seu filho com toda a informação relevante: avaliações, exames, notas suas, etc.)
Um abraço e tenha sempre a convicção de irá correr tudo muito bem.
Maria Anjos.
Bom Dia
O meu filho tambem foi seguido pelo Dr.Pedro Caldeira na Unidade Primeira Infancia na Estefania, posso adiantar que ´´e um amor de medico...força para o Rodrigo!
Vaga? É preciso esperar para uma vaga? E andam a pagar vários milhares aos deputados e afins? Se ao menos usassem esse dinheiro para ajudar crianças como o teu filho...que porra de país.
É por essas e por outras que acho que a meia tem de fazer pandant, mesmo que nao se veja :) mas afinal, o que interessa a cor do chulé quando as notícias são do melhor?!
É por essas e por outras que acho que a meia tem de fazer pandant, mesmo que nao se veja :) mas afinal, o que interessa a cor do chulé quando as notícias são do melhor?!
Olá Anette,
Sem saber muito bem o que lhe dizer, porque ainda sinto um nó na garganta quando penso neste assunto, hoje quis/quero deixar-lhe um abraço. Um simples abraço, de uma estranha, é certo, mas de uma estranha que gostava de lhe deixar estas letras com toda a admiração pela sua força.
Desejo, de coração, que tudo corra muito bem com o Rodrigo. E tenho a certeza, absoluta, que vai adorar o Dr. Pedro Caldeira. Eu adorei e o Martim também.
Um beijinho muito especial ao Rodrigo.
Sofia
Só mais uma nota: eu também levei alguma informação organizada (como explicou e muito bem a Mel). Ajudou muito. A enfermeira que nos recebeu foi uma doçura e orientou muito bem a triagem, o que facilitou muito a conversa com o Dr. Pedro Caldeira.
Se conseguir fazer este pequeno resumo será de grande ajuda, sobretudo para si.
Vai correr tudo bem.
E depois gostava de voltar a ter notícias.
Obrigada.
Catarina Almeida
Enviar um comentário