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terça-feira, março 12, 2013

Como-eu-consigo-sair-à-noite-deixando-o-meu-filho-de-três-anos-em-casa

Em primeiro lugar porque tenho um marido espetacular que, regra geral, não é muito dado a noitadas. Prefere estar em casa e, por isso, fica sempre de guarda enquanto eu ando na ramboia. Evita aquela coisa de estarmos sempre a reivindicar de quem é a vez de sair. De qualquer modo, como durante pelo menos dois dias por semana trabalho até tarde e é o Zé quem sozinho trata do Rodrigo (dá banho, jantar e deita-o), opto por nos restantes dias não o deixar novamente como “mãe e fada do lar”, até porque quero estar com o meu filho. Ou seja, nesses dias, saio do trabalho, vou a casa, trato do Rodrigo e deito-o. Com ele já a dormir, toca de me arranjar para sair. O pior que pode acontecer é ele estar naqueles dias de insónia, em que demora imenso tempo a adormecer. Já aconteceu isso dar-se tão tarde que acabo por perder a vontade de sair. E já aconteceu também ser forte e seguir com o que estava definido, mas chegar ao local e já não haver festa. Por estas razões, nunca combino jantares, acabo por aparecer, habitualmente, já na parte dos copos, que é quando me consigo despachar. Antes de deitar o Rodrigo, certifico-me de que tenho tudo a jeito (sapatos, maquilhagem, roupa, casaco, chave do carro, cigarros) para não andar pela casa a fazer barulho. Pois ele acordando, esqueçam lá a saída (eu sei, o Zé podia voltar a adormecê-lo, mas eu é que já não me divertia tanto). Na hora da chegada, sejam três, quatro ou cinco da manhã, a regra do silêncio prossegue e a entrada no lar faz-se com os sapatos de salto na mão, directa ao quarto, onde me aguarda uma cama aquecida mas muito breve. Que isto de fazer noitadas sendo mãe também já não é a mesma coisa. É que tirando o facto de por volta das três da manhã (e por muito boa que a música seja) já estar de rastos, há sempre um piolho a saltar-nos para a cama bem cedinho, a querer brincar, bem cedinho, a querer muita atenção, muita conversa, bem cedinho. Oh meu Deus, tão cedinho.

7 comentários:

Marocas disse...

só para que te organizes... amanhã já estou a sul! Ramboia!

Maria disse...

Os filhos mudam a nossa vida...em tudo...mas vale tanto a pena!
Bom dia!

Maria

Juanna disse...

É... lixam-nos os esquemas todos. Mas sejamos sinceras, dão mil novos esquemas, um verdadeiro novo mapa de "how to live my life". E bem bom.

Miss Lemon disse...

OMG... é preciso muita coragem para continuar a sair à noite, eu acho que nao seria capaz, mas admiro-te, sem duvida!!

beijinho **

Tulipa Azul disse...

Sigo o seu blog e admiro imenso a sua forma de estar perante as dificuldades do seu filho, mas tenho que admitir que este post me causou uma certa confusão. Não pelo facto de sair, acho muito bem que o faça, mas pela forma como escreveu parece que trabalha 2 dias até tarde e na maior parte dos outros sai para se divertir... Então e o marido? Não precisam de serões a 2? Não me leve a mal, mas gostaria de perceber como isso não afecta a vossa relação enquanto casal...

Anette disse...

Olá Tulipa Azul,

tem razão naquilo que diz, mas quando eu falo em sair é uma vez por outra. Posso dizer-lhe que esta semana tenho uma saída nocturna, mas a última já foi há duas semanas. Nem eu aguentava esse ritmo. E sim, também preciso de namorar com o Zé, mas com ele é fácil cruzar-me ;)

Anónimo disse...

Aqui em casa é igual.
Acho que faz muito bem sairmos depois de sermos mães (e pais). Aquela tendencia que as pessoas têm de ficar em casa só porque têm filhos (não me refiro aquelas que são naturalmente "caseirinhas" e que antes dos filhos já não gostassem de saír) horroriza-me.