Ando algo intrigada com o silêncio em que caiu o concurso dos “Grandes Portugueses”. Foi tal a publicidade, tamanho o incitamento ao voto, tantas as críticas à lista proposta e os debates inflamados que se fizeram, que não entendo agora este quase esquecimento.
Faz-me cogitar possibilidades, cá com os botões do comando da televisão e do telemóvel que não participou no voto: a RTP tem em curso uma manobra de marketing ao melhor estilo Big Brother, e prepara secretamente um reveillon apoteótico em directo do Panteão Nacional ao lado do túmulo da Amália ou no Estádio da Luz ao lado da estátua do Eusébio e do próprio.
Ou então não. Com toda a polémica alimentada à volta do nome de Salazar, este obteve a vitória à custa dos votos sôfregos de quem transformou uma coisa lúdica num ajuste de contas com o passado. E em frente às câmaras de televisão teremos analistas sérios interpretando este resultado com ar grave, dizendo-o um sinal de desilusão das pessoas face à classe política do pós 25 de Abril. E as pessoas na rua dizendo uns corruptos, uns vendidos, olhe por exemplo aquele que fugiu para a Comissão Europeia. Queremos tipo melhores políticos.
2 comentários:
É só para dizer que na próxima edição da minha revista vão chegar novidades sobre este programa. A não perder!!
Epá não me digas que te estraguei o "furo"...
Enviar um comentário