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quinta-feira, janeiro 12, 2006

A Cidade Egoísta 12

« DOCAS
Escoa-se o tempo em cristalina areia
dia a dia, por entre os nossos dedos,
arrastando pra longe alguns segredos
diluídos na sombra de uma teia

cada vez mais anónima e alheia
à noite que começa. Tarde ou cedo,
é preciso aceitar, vencer o medo,
olhar a multidão que saboreia

as horas, os minutos, os segundos
à beira deste mar, em esplanadas
onde todos parecem estar assim

desde sempre, à procura de outros mundos
neste pequeno mundo e nos seus nadas,
nesta pequena vida até ao fim.
»
Fernando Pinto do Amaral

1 comentário:

Rui Borges disse...

Esta vida e este mundo nada têm de pequeno...Algumas almas sim, são sufocantes T0s com aspirações a latifúndio...