Este ano foi um ano feliz por ter tido o meu primeiro filho, mas não foi fácil. Há que dizê-lo. Por tudo o que foram acompanhando aqui no blog, foram meses cheios de emoção, angústias e muitas dúvidas. Foi um ano de pouco trabalho, uma vez que estou em casa desde Abril, e seguramente 2009 ficará marcado como aquele em que mais tempo passei deitada (espero). Ora na cama, ora no sofá, ora no chão, aqui a menina precisou de muito repouso e por isso as minhas maiores recordações deste ano que agora finda são os tectos, vários e diferentes. Uns tristes, rachados, outros alegres, pintados, com luzes vermelhas, luzes fluorescentes. Alguns sem luz.
E pronto, 2010 (como eu adoro este número) está mesmo à porta e estou pronta para recebê-lo com o pé direito, de braços abertos, de sorriso rasgado. E como eu tenho jeito para rasgar o meu sorriso. Por enquanto, uma preocupação: acho que tenho mais do que doze desejos para pedir ao som das badaladas. Mas vou apelar ao meu poder de síntese e não vou exigir demais destes 365 dias que se aproximam. Bom ano a todos.
Espaço sobre tudo e mais alguma coisa, que isto de ter cantinhos muito específicozinhos sobre coisinhas pode ser, vá, esquisito
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quarta-feira, dezembro 30, 2009
terça-feira, dezembro 22, 2009
Em black out
Estive sem computador e agora ressuscitei, graças à minha amiga C. que me safou desta e me devolveu à vida cibernáutica.
O Natal está à porta e os presentes comprados são muito poucos. Ao contrário de anos anteriores a minha árvore de Natal pedincha por embrulhos em seu redor. Mas não é fácil andar às compras com um bebé tão piqueno e com estas temperaturas tão pouco convidativas. Para além de que estou proibida de andar com o Rodrigo em shoppings, por causa das bicharadas, o que, diga-se, reduz em muito as boas chances de despachar dez presentes numa hora.
E dito isto, amigos, família: para o ano vingo-me e encho-vos de miminhos.
O Natal está à porta e os presentes comprados são muito poucos. Ao contrário de anos anteriores a minha árvore de Natal pedincha por embrulhos em seu redor. Mas não é fácil andar às compras com um bebé tão piqueno e com estas temperaturas tão pouco convidativas. Para além de que estou proibida de andar com o Rodrigo em shoppings, por causa das bicharadas, o que, diga-se, reduz em muito as boas chances de despachar dez presentes numa hora.
E dito isto, amigos, família: para o ano vingo-me e encho-vos de miminhos.
terça-feira, dezembro 15, 2009
Matemáticas
Isto de ser prematuro não é mesmo fácil. O Rodrigo vai fazer agora cinco meses de vida, mas ainda não liga a brinquedos para três meses. Veste roupa de um mês e amanhã faz dois meses de idade corrigida (visto que eu completava as 40 semanas dia 16 de Outubro). Tem o tamanho de um recém-nascido mas já gargalha como gente grande, não se sabe muito bem o que vê e os médicos dizem que só aos três anos se deixarão de notar as diferenças em relação aos outros meninos. Peso oficial: 4.700 quilos!
segunda-feira, dezembro 14, 2009
Ídolos: dúvidas
Quem é que anda a vestir a Cláudia Vieira? Quem anda a penteá-la? E porque é que ela e o Manzarra não ensaiam melhor a gala dos Ídolos? É que é argolada atrás de argolada. E quando é que o Boucherie perde vergonha dos dentes tortos e se ri de boca aberta?
domingo, dezembro 06, 2009
Oi?
Até aos bombons "Merci" eu ainda aguentava (apesar daquele anúncio de bradar aos céus), mas caramba, bombons "Lindor"? "Lindor"? Não sou especialista em marketing, mas tenho para mim que não é lá muito bem jogado dar o nome de uma marca de fraldas para incontinentes a uma coisa que se come, que se põe na boca, que derrete nas beiças, enfim, não me parece nada bem.
quinta-feira, dezembro 03, 2009
Pôr o lixo
Para quando uma portinhola nas nossas cozinhas em que despejamos para lá o saco do lixo e pronto, não pensamos mais no assunto? Para quando uma solução na lógica do que faz o autoclismo que acabe de uma vez por todas com o irritante e nojento saquinho do lixo à espera que alguém lhe pegue?
É que levar o lixo à rua nunca dá jeito. Ou porque já vamos todos arranjadinhos e não queremos ficar com as mãos a cheirar a atum; ou porque já levamos o casaco numa mão, a mala na outra e o lixo não dá propriamente para levar na boca como fazemos com as chaves do carro; ou porque está a chover; ou porque ele à noite leva; ou porque blá blá. Enfim, há sempre mil e uma razões para o saco mal cheiroso demorar em seguir o seu destino. E fica ali pela cozinha, dias (poucos, para não parecer mal), de asas caídas, a ganhar cada vez mais decadência, a perder a frescura própria do lixo acabado de fazer.
Acredito mesmo que em cada doce lar a discussão de quem é a vez de levar o lixo à rua se torne muitas vezes num braço de ferro sem fim. Ah, e com a eterna argumentação “eh pá, desta vez vai lá tu que o último saco fui eu que o levei”. O que é mais irritante é que esses últimos sacos perdem validade num piscar de olhos. Eu não sei se é só cá em casa, mas fabrica-se lixo que é uma coisa de doidos. Ainda estamos a bater as palminhas porque o próximo saco cabe-lhe a ele e já estão dois nojentinhos a abarrotar de cascas de batata e espinhas de peixe à espera de ser atendidos no nosso guichet. Porra, já?!
Há outras tarefas domésticas igualmente chatas, mas caramba, para nos livrarmos dessas temos sempre o velho recurso de contratar uma empresa. Limpam-nos o pó numa manhã, passam-nos a roupinha toda a ferro e ainda a trazem a casa à hora marcada. Agora, que eu saiba, não se pode fazer um telefonema para nos irem pôr o lixo, se faz favor. Não se pede a um amigo que está a ir embora depois de uma visita “leva-me isto lá abaixo, o caixote fica na esquina no lado direito”.
Sim, porque depois é isto. Os caixotes onde deitamos o nosso lixo ficam sempre longe, longe. Aliás, confesso que algumas vezes enfio o meu rabo preguiçoso no carro e com ele o saco do lixo. Paro perto do contentor e lá vai bogalho que o próximo é dele. Mas esta solução também não é boa. Voltamos ao volante com a sensação de mão peganhenta e serão ainda precisos alguns quilómetros de vidro aberto para sair o cheiro das cascas de queijo e banana misturados com as magnólias do campo próprias dos sacos de lixo perfumados.
Uma coisa é certa. Já não sei quem levou o último, mas o saco que está ali na cozinha fechado e pronto a ir para outro lado não me vai calhar na rifa porque, hummm, deixa ver, hummm, porque está frio e não me quero constipar e porque depois pode fazer mal ao bebé, oh pá, vai lá tu. Amo-te.
É que levar o lixo à rua nunca dá jeito. Ou porque já vamos todos arranjadinhos e não queremos ficar com as mãos a cheirar a atum; ou porque já levamos o casaco numa mão, a mala na outra e o lixo não dá propriamente para levar na boca como fazemos com as chaves do carro; ou porque está a chover; ou porque ele à noite leva; ou porque blá blá. Enfim, há sempre mil e uma razões para o saco mal cheiroso demorar em seguir o seu destino. E fica ali pela cozinha, dias (poucos, para não parecer mal), de asas caídas, a ganhar cada vez mais decadência, a perder a frescura própria do lixo acabado de fazer.
Acredito mesmo que em cada doce lar a discussão de quem é a vez de levar o lixo à rua se torne muitas vezes num braço de ferro sem fim. Ah, e com a eterna argumentação “eh pá, desta vez vai lá tu que o último saco fui eu que o levei”. O que é mais irritante é que esses últimos sacos perdem validade num piscar de olhos. Eu não sei se é só cá em casa, mas fabrica-se lixo que é uma coisa de doidos. Ainda estamos a bater as palminhas porque o próximo saco cabe-lhe a ele e já estão dois nojentinhos a abarrotar de cascas de batata e espinhas de peixe à espera de ser atendidos no nosso guichet. Porra, já?!
Há outras tarefas domésticas igualmente chatas, mas caramba, para nos livrarmos dessas temos sempre o velho recurso de contratar uma empresa. Limpam-nos o pó numa manhã, passam-nos a roupinha toda a ferro e ainda a trazem a casa à hora marcada. Agora, que eu saiba, não se pode fazer um telefonema para nos irem pôr o lixo, se faz favor. Não se pede a um amigo que está a ir embora depois de uma visita “leva-me isto lá abaixo, o caixote fica na esquina no lado direito”.
Sim, porque depois é isto. Os caixotes onde deitamos o nosso lixo ficam sempre longe, longe. Aliás, confesso que algumas vezes enfio o meu rabo preguiçoso no carro e com ele o saco do lixo. Paro perto do contentor e lá vai bogalho que o próximo é dele. Mas esta solução também não é boa. Voltamos ao volante com a sensação de mão peganhenta e serão ainda precisos alguns quilómetros de vidro aberto para sair o cheiro das cascas de queijo e banana misturados com as magnólias do campo próprias dos sacos de lixo perfumados.
Uma coisa é certa. Já não sei quem levou o último, mas o saco que está ali na cozinha fechado e pronto a ir para outro lado não me vai calhar na rifa porque, hummm, deixa ver, hummm, porque está frio e não me quero constipar e porque depois pode fazer mal ao bebé, oh pá, vai lá tu. Amo-te.
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