Nota prévia: E o tema do post de hoje está relacionado com... tchan tchan tchan tchaaaaan... gravidez. Sim, para variar, transformo aqui o estaminé em diário deste meu estado de graça e desde já peço desculpa pela monotonia temática. Garanto que pessoalmente consigo manter todo o tipo de conversação.
E vamos então ao que interessa. Como ainda não comecei com as aulas pré-parto, são várias as dúvidas que me assolam:
- Opto por aqueles fraldários com banheira incorporada para pôr no quarto ou compro banheira de bebé para lhes dar banho na minha casa-de-banho?
- Não vou passar pelos berços. Ando com as camas de grade entre o quarto deles (dia) e o meu (durante a noite) ou ponho-os a dormir no meu quarto numas alcofas?
- Ponho os gémeos a dormir na mesma cama de grades ou cada um na sua?
- Como é que vou fazer para que os avós paternos, que moram a uma hora da nossa casa e com a Ponte 25 de Abril pelo meio, também acompanhem de perto o crescimento dos netos? (ok, nesta questão nem o curso me safa)
- Moro num terceiro andar e o elevador é estupidamente tão pequeno que não cabe um carrinho de gémeos. Como resolvo isto?
- Qual a melhor opção de carrinhos? Bebés lado a lado, em comboio, ou um virado para o outro?
- O que faço a uma sofá-cama do Ikea novo em folha que comprei a pensar em quarto de hóspedes e que agora atrapalha em muito toda a organização do espaço?
Agradeço boas dicas, a sério, help me.
Espaço sobre tudo e mais alguma coisa, que isto de ter cantinhos muito específicozinhos sobre coisinhas pode ser, vá, esquisito
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quarta-feira, junho 24, 2009
segunda-feira, junho 22, 2009
sexta-feira, junho 19, 2009
A segunda opinião
Em busca de uma segunda opinião para o dossiê "gémeos em que um dos fetos tem pouco líquido amniótico" fui a um dos maiores cromos em ecografias do pedaço. Tirando o facto de quase ter deixado escapar uma lágrima quando foi a hora de pagar (caro mesmo, enfim), eu e pai das crianças saímos do consultório bastante descansados. O cromo da bola é da opinião que os dois babys estão óptimos e que não há qualquer sinal de alerta para se proceder ao feticídio de um deles. O importante é vigiar. E pronto. Depois de uma depressão de uma semana, o meu coração recomeçou a bater com ritmo de samba, este calor voltou a ser maravilhoso, o sofá é de novo o meu melhor companheiro, a canja do maridão parece que sabe a pato e as minhas maminhas não estão enormes e assassinas, estão, digamos, encorpadas. E com este espírito, ou muito me engano, ou hoje ainda vou soltar umas gargalhadas a ver o Preço Certo. Ou isso, ou vou cantar alegremente quando começar o anúncio do sumo Sunny, que é assim numa praia ao estilo Marés Vivas, onde uma voz off com sotaque brasileiro grita e canta "SUNNYYYYYYYYY, o mélhórr rêfrescu pára txiiii".
quarta-feira, junho 17, 2009
Procura-se cozinheira
Ele é um querido e não o trocava por nada deste mundo. Mas a verdade é que o marido não tem - há que dizê-lo - muito jeito para as coisas da cozinha. Eu, que estou em repouso absoluto e por isso impossibilitada de mergulhar nos meus habituais e brilhantes devaneios culinários, fico à mercê do que ele carinhosamnete se esforça por confeccionar. E aqui entre nós, que ninguém nos lê, é assim, uma semana eu aguento, agora mais não sei. É que daquelas panelas só sai canja, hamburgueres e bifes e eu não sei se aguento esta variedade na ementa por muito mais tempo. Não há por aí um avental amigo que queira fazer umas visitas cá a casa para deixar uns tupperwares prontos a aquecer, não? Pleeeeease, pagamos bem.
Obrigada à também ela grávida Cocó na Fralda que atribuiu a este espaço um prémio muito querido e simpático. Bem que estranhei quando hoje fui ver as audiências, tinham disparado.
Obrigada à também ela grávida Cocó na Fralda que atribuiu a este espaço um prémio muito querido e simpático. Bem que estranhei quando hoje fui ver as audiências, tinham disparado.
Sobrinhos
Catarina, 5 anos e meio:
- Ó Mi, porque é que tomas cigarros? Não sabes que fazem os pulmões pretos?
- Pois é…
- …?
Sou tia de muitos sobrinhos, dos Batista e dos Amigos. A Joana ainda só abana a mão em frente ao nariz e diz: Caca. É lindo vê-los crescer.
E daqui mando força, beijinhos e abracinhos para a Anette e o Zé, que vão trazer mais sobrinhos para nos animar a vida!
- Ó Mi, porque é que tomas cigarros? Não sabes que fazem os pulmões pretos?
- Pois é…
- …?
Sou tia de muitos sobrinhos, dos Batista e dos Amigos. A Joana ainda só abana a mão em frente ao nariz e diz: Caca. É lindo vê-los crescer.
E daqui mando força, beijinhos e abracinhos para a Anette e o Zé, que vão trazer mais sobrinhos para nos animar a vida!
As minhas vinhas da ira
Irrita-me este revivalismo dos ABBA, é certo que me recorda a infância mas nem assim me apazigua os tímpanos. Aliás irritam-me revivalismos em geral, da moda à música; agora os 80’s já foram, revivamos alegremente os 90’s?… gente, ainda não passou uma década completa sequer!
Será que dá para mergulhar no passado seriamente e daí retirar ensinamentos, sem ser de coisas à toa, talvez a década de 30?
Será que dá para mergulhar no passado seriamente e daí retirar ensinamentos, sem ser de coisas à toa, talvez a década de 30?
terça-feira, junho 16, 2009
Já estive melhor
Sim. Confesso. As coisas não estão fáceis aqui para as minhas bandas. A situação mantém-se mais ou menos igual (um dos bebés tem pouco líquido amniótico e os médicos não me sabem dizer se irá ter sequelas ou não), mas o meu espírito positivo e a minha boa disposição vão sucumbindo a esta vida de sofá, às dúvidas, à ansiedade de não conhecer o desfecho desta história.
A minha cabeça sente-se um pouco cansada, ando meia triste, muito chorona e tenho medo de me afeiçoar a bebés que podem nem vir a nascer. É o que oiço dos médicos de cada vez que lá vou. Que isso pode acontecer. Estou com quase seis meses de gravidez e a minha barriga está enorme. Os bebés dão muitos pontapés, fazem questão de se fazer notar e eu rendo-me a esta magia que vai crescendo na minha barriga com uma angústia enorme do cenário se alterar de um momento para o outro. Os nomes estão escolhidos, mas o quarto continua por decorar e contam-se pelos dedos as roupas já compradas. Não haverá por aí uma bolita de cristal aqui para esta menina, não?
A minha cabeça sente-se um pouco cansada, ando meia triste, muito chorona e tenho medo de me afeiçoar a bebés que podem nem vir a nascer. É o que oiço dos médicos de cada vez que lá vou. Que isso pode acontecer. Estou com quase seis meses de gravidez e a minha barriga está enorme. Os bebés dão muitos pontapés, fazem questão de se fazer notar e eu rendo-me a esta magia que vai crescendo na minha barriga com uma angústia enorme do cenário se alterar de um momento para o outro. Os nomes estão escolhidos, mas o quarto continua por decorar e contam-se pelos dedos as roupas já compradas. Não haverá por aí uma bolita de cristal aqui para esta menina, não?
segunda-feira, junho 15, 2009
Estações que tal
Uma estação de comboios à tarde. Três miúdos, que suponho entre os 19 e 20 anos, a rodar entre si um papel amarelo povoado de exercícios. De quando em quando conversam, num emaranhado de primitivas, derivadas direccionais e funções vectoriais. Às tantas vira-se um e diz:
- Deu muito trabalho mas começo a ter raciocínio geométrico, quando olho para um exercício já quase que o resolvo automaticamente…
Rio-me para dentro durante muito tempo.
Se calhar tinha sido boa ideia ir às aulas de Álgebra Linear e Geometria Analítica, ao invés de calcorrear as festas das faculdades e os alfarrabistas da baixa portuense.
- Deu muito trabalho mas começo a ter raciocínio geométrico, quando olho para um exercício já quase que o resolvo automaticamente…
Rio-me para dentro durante muito tempo.
Se calhar tinha sido boa ideia ir às aulas de Álgebra Linear e Geometria Analítica, ao invés de calcorrear as festas das faculdades e os alfarrabistas da baixa portuense.
sábado, junho 13, 2009
Esplanadas que tal
Uma esplanada à tarde. Três miúdas, que suponho entre os 17 e 18 anos, a estudar para um teste de Português. Uma vai lendo alto numa espécie de sebenta parágrafos a fio sobre os heterónimos. De quando em quando conversam, numa confusão com o próprio do Pessoa. Às tantas vira-se uma e diz:
- Deixa lá ver se eu estou a perceber... o Alberto Caeiro era tipo um hippie, aquilo da natureza, ya?
Rio-me para dentro durante muito tempo.
Afinal de contas, Cristo também foi o primeiro comunista, ya?
- Deixa lá ver se eu estou a perceber... o Alberto Caeiro era tipo um hippie, aquilo da natureza, ya?
Rio-me para dentro durante muito tempo.
Afinal de contas, Cristo também foi o primeiro comunista, ya?
segunda-feira, junho 08, 2009
A luz ao fundo do túnel
(Não, não vou falar do meu umbigo que era profundo e agora já não é, mas sim em como um livro perdido numa das estantes da Fnac pode mudar a nossa vida)
Eu já gostava da Fnac e agora ainda mais. Pois foi ali que descobri que o nome Tomás quer dizer gémeo. Houve lá maneira mais fácil e ternurenta de convencer o pai das crianças a aceitar esse nome para um dos babys? Pois que foi canja.
E pronto, agora só falta o nome do mano. O pai quer Rodrigo, nome pelo qual não morro de amores, até por usar muito a expressão "deixa-te lá de rodriguices" quando me refiro a pessoas que estão a complicar em demasia. Gosto muito de Vasco, mas aborrece-me o diminutivo a que será quase impossível escapar que é a do Vasquinho. Depois? Bom, depois gosto de imensos outros nomes que o pai nem vê-los. Adoro Duarte, Guilherme, Jaime, Afonso, Vicente, Dinis. Ai, que preciso aí de outro golpe de sorte.
Balanço: estou de cinco meses e meio de gravidez. Bebé que nos tem dado dores de cabeça continua com menos líquido que o mano, mas o suficiente para se continuar a desenvolver normalmente. Estão com 60 gramas de diferença no peso e as ecografias repetem-se de semana a semana. Já os sinto a mexer muito e ontem, pela primeira vez, pai sentiu um dos pontapés.
Eu já gostava da Fnac e agora ainda mais. Pois foi ali que descobri que o nome Tomás quer dizer gémeo. Houve lá maneira mais fácil e ternurenta de convencer o pai das crianças a aceitar esse nome para um dos babys? Pois que foi canja.
E pronto, agora só falta o nome do mano. O pai quer Rodrigo, nome pelo qual não morro de amores, até por usar muito a expressão "deixa-te lá de rodriguices" quando me refiro a pessoas que estão a complicar em demasia. Gosto muito de Vasco, mas aborrece-me o diminutivo a que será quase impossível escapar que é a do Vasquinho. Depois? Bom, depois gosto de imensos outros nomes que o pai nem vê-los. Adoro Duarte, Guilherme, Jaime, Afonso, Vicente, Dinis. Ai, que preciso aí de outro golpe de sorte.
Balanço: estou de cinco meses e meio de gravidez. Bebé que nos tem dado dores de cabeça continua com menos líquido que o mano, mas o suficiente para se continuar a desenvolver normalmente. Estão com 60 gramas de diferença no peso e as ecografias repetem-se de semana a semana. Já os sinto a mexer muito e ontem, pela primeira vez, pai sentiu um dos pontapés.
quarta-feira, junho 03, 2009
Coisas que agora sei que devia ter feito antes de engravidar
Apesar dos sobressaltos, estou a adorar estar grávida. Mas são várias as vezes ao longo do dia em que me lembro de coisas que devia ter feito antes de estar em estado de graça. E são elas:
- Ter feito um seguro de saúde. Ó como era tão importante eu tê-lo feito com pés e cabeça para poder dar à luz num quartinho só meu, com wc privativo e com o maridão a poder passar lá comigo a noite.
- Uma festa de despedida de sushi. Não tive tempo de me despedir como devia de ser. Queria ter feito assim grande jantarada, com todas as qualidades e feitios daquela iguaria inventada pela malta dos olhos em bico. Devia ter apanhado uma barrigada, ah pois devia.
- Depilação definitiva em todo o corpo. É que me dava um jeitão tremendo nesta fase em que a barriga já nos vai dificultando as voltas e as posições na marquesa.
- Não ter tido a brilhante ideia de mobilar o quarto de hóspedes como se fosse para hóspedes na mesma semana em que soube que estou grávida. Afinal, o quarto será para os babys e tenho agora um sofá cama e um móvel novíssimos em folha e que vou ter de adaptar.
- Ter arrumado a minha arrecadação. Acho que nunca mais na vida vou conseguir ter paciência para pô-la como eu tinha idealizado.
- Apesar de ter viajado para Cabo Verde há pouco tempo, queria ter feito só mais uma ou duas viagens a dois sem ter de deixar os filhotes nos avós.
- E por fim, devia ter obrigado o gajo a assinar um papel em como aceitava os nomes que eu propunha para os nossos filhos antes mesmo sequer de haver cambalhotas. Isso é que era.
- Ter feito um seguro de saúde. Ó como era tão importante eu tê-lo feito com pés e cabeça para poder dar à luz num quartinho só meu, com wc privativo e com o maridão a poder passar lá comigo a noite.
- Uma festa de despedida de sushi. Não tive tempo de me despedir como devia de ser. Queria ter feito assim grande jantarada, com todas as qualidades e feitios daquela iguaria inventada pela malta dos olhos em bico. Devia ter apanhado uma barrigada, ah pois devia.
- Depilação definitiva em todo o corpo. É que me dava um jeitão tremendo nesta fase em que a barriga já nos vai dificultando as voltas e as posições na marquesa.
- Não ter tido a brilhante ideia de mobilar o quarto de hóspedes como se fosse para hóspedes na mesma semana em que soube que estou grávida. Afinal, o quarto será para os babys e tenho agora um sofá cama e um móvel novíssimos em folha e que vou ter de adaptar.
- Ter arrumado a minha arrecadação. Acho que nunca mais na vida vou conseguir ter paciência para pô-la como eu tinha idealizado.
- Apesar de ter viajado para Cabo Verde há pouco tempo, queria ter feito só mais uma ou duas viagens a dois sem ter de deixar os filhotes nos avós.
- E por fim, devia ter obrigado o gajo a assinar um papel em como aceitava os nomes que eu propunha para os nossos filhos antes mesmo sequer de haver cambalhotas. Isso é que era.
terça-feira, junho 02, 2009
O meu misterioso umbigo
Tenho um umbigo muito fundo. Não sei até que ponto isto reflecte algum traço da minha personalidade, mas a verdade é que ao longo dos meus 32 anos tenho tido especial atenção ao meu umbigo, nomeadamente em termos de higiene pessoal, por o mesmo ser muito fundo.
Tão fundo que nunca consegui ver como ele acaba e que surpresas guarda lá em baixo. Só para terem uma ideia, quando o limpo com um cotonete, o mesmo fica enfiado até metade, de tão fundo que o meu umbigo é. De quando em quando, quando aventurava o meu dedo indicador a ir um pouco mais longe, sentia uma saliência, pequena, singela, misteriosa.
Pois que com o crescimento da barriga o umbigo tem ficado cada vez mais para fora. E eu todos os dias a tentar ver o que lá se passa. E o pai das crianças sem me poder ouvir mais, a dizer-me para esquecer isso, que depois logo se via.
E não é que já consigo? E não é que já sei que saliência é essa que sentia dentro de mim durante mais de três décadas? E não é que passado todo este tempo consigo ver o que se passa no fundo do meu umbigo, que agora não é fundo coisíssima alguma?
Pois é, plantado no final do meu umbiguito, existe nada mais nada menos, do que... tchan tchan tarãããããã.... um daqueles sinais saídos, uma espécie de bolinha de carne, pequena, não muito bonita, é verdade, mas bem menos assustadora do que os cenários que me assolaram em noites de sono. Não sei que nome têm, mas é fofinha, não me incomoda, nasceu comigo e acabámos de nos conhecer. Acho, sinceramente, que este vai ser o início de uma grande amizade. Aliás, já sofro só de pensar que quando tudo isto for ao lugar, lá se vai o sinalinho esconder, como foi até aqui, com a diferença de eu a partir de agora já saber o que esconde o fundo do meu longo umbigo.
Tão fundo que nunca consegui ver como ele acaba e que surpresas guarda lá em baixo. Só para terem uma ideia, quando o limpo com um cotonete, o mesmo fica enfiado até metade, de tão fundo que o meu umbigo é. De quando em quando, quando aventurava o meu dedo indicador a ir um pouco mais longe, sentia uma saliência, pequena, singela, misteriosa.
Pois que com o crescimento da barriga o umbigo tem ficado cada vez mais para fora. E eu todos os dias a tentar ver o que lá se passa. E o pai das crianças sem me poder ouvir mais, a dizer-me para esquecer isso, que depois logo se via.
E não é que já consigo? E não é que já sei que saliência é essa que sentia dentro de mim durante mais de três décadas? E não é que passado todo este tempo consigo ver o que se passa no fundo do meu umbigo, que agora não é fundo coisíssima alguma?
Pois é, plantado no final do meu umbiguito, existe nada mais nada menos, do que... tchan tchan tarãããããã.... um daqueles sinais saídos, uma espécie de bolinha de carne, pequena, não muito bonita, é verdade, mas bem menos assustadora do que os cenários que me assolaram em noites de sono. Não sei que nome têm, mas é fofinha, não me incomoda, nasceu comigo e acabámos de nos conhecer. Acho, sinceramente, que este vai ser o início de uma grande amizade. Aliás, já sofro só de pensar que quando tudo isto for ao lugar, lá se vai o sinalinho esconder, como foi até aqui, com a diferença de eu a partir de agora já saber o que esconde o fundo do meu longo umbigo.
segunda-feira, junho 01, 2009
Recadinho
Já estou acordada há mais de uma hora e ainda não caiu no meu colo nenhum presente do Dia da Criança. Como é? Alimentar e carregar dois babys não merece o gesto? Como é maridão?
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