Belo Belo minha bela
Tenho tudo o que não quero
Não tenho nada que quero
Não quero óculos nem tosse
Nem obrigações de voto
Quero quero
Quero a solidão dos píncaros
A água da fonte escondida
A rosa que floresceu
Sobre a escarpa inacessível
A luz da primeira estrela
Piscando no lusco-fusco
Quero quero
Quero dar a volta ao mundo
Só num navio de vela
Quero rever Pernambuco
Quero ver Bagdad e Cusco
Quero quero
Quero o moreno de Estela
Quero a brancura de Elisa
Quero a saliva de Bela
Quero as sardas de Adalgisa
Quero quero tanta coisa
Belo belo
Mas basta de lero-lero
Vida noves fora zero.
Petrópolis, Fevereiro de 1947
In Belo belo
1 comentário:
good
thiet ke nha dep
cong ty nha xinh
duong vat gia da nang
Enviar um comentário