Os meus serões em casa estão diferentes. Já não são passados em frente ao televisor, a fazer zapping para apanhar uma série que nunca dava ou um filme anunciado fora de horas.
Os meus serões estão diferentes porque anda para aqui um puto charila que já mexe os braços energicamente quando me vê. Já esperneia até ficar com as meias fora dos pés e olha para tudo o que está à volta. O cusco.
Os meus serões estão diferentes porque ele me entretém. Já segura bem a cabeça, já se senta no canto do sofá. Dá-se o leite, muda-se a fralda, brinca-se, dorme-se, acorda-se, agora quer a chucha, agora quer colo. E remata tudo com uns punzitos deliciosos, fofos. Qual comando de televisão qual quê.
Os meus serões estão diferentes porque o baby já dobra o riso. E eu triplico em cima do dele. E desmancho-me a rir com as palhaçadas que já vai inventando. As tentativas de sozinho colocar a chucha na boca e ela ir parar invariavelmente à orelha fazem-me estar ali no sofá minutos, horas, a olhar para ele.
Os meus serões estão diferentes, para melhor.
Nota: E esta vontade de ter outro bebé que não me larga, hein?
Espaço sobre tudo e mais alguma coisa, que isto de ter cantinhos muito específicozinhos sobre coisinhas pode ser, vá, esquisito
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quinta-feira, fevereiro 25, 2010
terça-feira, fevereiro 23, 2010
Lecoldações
Pode ser parvoíce, mas já não vou a um restaurante chinês desde aquela altura em que a ASAE fechou não sei quantos estabelecimentos por falta de condições e com coisas esquisitas nas arcas e mais não sei o quê. Bom, digo eu que nunca mais fui a um restaurante chinês,mas a verdade é que os empregados dessas casas onde eu tenho andado a comer sushi parecem tudo menos japoneses. Enfim, quando digo restaurante chinês, falo daqueles que até tinham karaoke e tudo. Tenho saudades da sopa de barbatana de tubarão, da sopa de ninho de andorinha, do crepe chinês para entrada, do pato à Pequim, do chop soey de gambas, do família feliz, hummmm, no fim o crepe com gelado, a banana pa-si, aiii, que saudades, saudadinhas. E vai-se a ver, ando para aqui com estas mariquices, a estrangular a minha gula, a armar-me em esquisitinha... vai-se a ver e já muita gente fez as pazes com os restaurantes chineses. E sabem onde são os bons. E diziam-me onde eram. Os limpinhos. Os que não têm arcas frigoríficas e que passaram com distinção no exame da ASAE. Hum, que tal? E eu ia. Toda lampeira, de banhito tomado e família atrás.
segunda-feira, fevereiro 15, 2010
Escutas
Segunda-feira, 11h30, telefonema para a mãe
Anette - Tou? Então, ele comeu bem a papa?
Terça-feira, 13h00, telefonema para a amiga
A. - Tenho uma bomba para te contar. Almoçamos?
Quarta-feira, 12h00, telefonema para o marido
A.- Pagas-me a TMN?
Quinta-feira, 19h00, telefonema para o pai
A. - O bebé já fez cocó? Como é que era?
Sexta-feira, 18h30, telefonema para o marido
A. - Vou sair agora
Sexta-feira, 18h35, telefonema para o marido
A. - Já não tenho tempo, anota aí, 5-8-26-28-45 e as estrelas quero o 2 e o 6
As minhas escutas são uma grande seca.
Anette - Tou? Então, ele comeu bem a papa?
Terça-feira, 13h00, telefonema para a amiga
A. - Tenho uma bomba para te contar. Almoçamos?
Quarta-feira, 12h00, telefonema para o marido
A.- Pagas-me a TMN?
Quinta-feira, 19h00, telefonema para o pai
A. - O bebé já fez cocó? Como é que era?
Sexta-feira, 18h30, telefonema para o marido
A. - Vou sair agora
Sexta-feira, 18h35, telefonema para o marido
A. - Já não tenho tempo, anota aí, 5-8-26-28-45 e as estrelas quero o 2 e o 6
As minhas escutas são uma grande seca.
sábado, fevereiro 13, 2010
Tudo o que é pequenino tem graça
Chega-se ao limite quando damos por nós a fotografar o primeiro cocó em forma de cagalhotinho do nosso filho. O cocó deixa de ser pastoso, ganha aquela forma de alheira e nós achamos isso muito fofinho e guardamos para a posteridade numa parte do álbum inventada por nós. Vem a seguir ao capítulo "A minha primeira papa" e damos-lhe o nome de "O meu primeiro cocó de homem".
terça-feira, fevereiro 09, 2010
Erro logístico
Nota prévia: Entre os mil e um problemas de saúde que eu de facto tenho e que as pessoas à minha volta insistem em definir como sintomas da minha hipocondrice, consta uma alergia à roupa que fica mais de duas semanas no roupeiro sem que eu a use. Ou seja, se pego num casaco, numa saia, numa camisola que já não visto há algum tempo fico com espirros, com ranho e com os olhos vermelhos como se tivesse fumado trinta ganzas à marroquina. Esta alergia faz com que eu tenha de lavar a minha roupa constantemente, mesmo que não a tenha usado e mesmo que esta esteja alva e limpa e ainda a cheirar a Skip Roupa Macia. Escusado será dizer que não tenho tempo para fazê-lo. A solução passa por ir rodando uma dúzia de peças que vou vestindo com mais frequência.
E agora o tal erro logístico
Sou preguiçosa e desarrumada. Ao final do dia, quando vou para a banheira, dispo a roupa, ponho meias e cuecas para lavar e as restantes peças ficam em cima de uma cadeira. Isto acontece segunda, terça, quarta, quinta, e por aí fora. O monte vai-se avolumando e as roupas no roupeiro que pertencem ao leque de "prontas-a-usar-que-não-fazem-alergia-porque usei-há-pouco-tempo-ou-foram-lavadas-ontem" vai definhando. Por ser lanzona, não arrumei nada no fim-de-semana, muito menos lavei ou passei. Cheguei agora ao ponto de não poder usar nada da montanha da cadeira por estar tudo mais do que amachucado e não ter tempo nem paciência para passar a ferro e no roupeiro não há nada que possa usar. Hoje arrisquei uma das peças do cabide e passei o dia a lenços de papel e a falar pelo nariz. O que não é nada agradável.
Como de costume, penso hoje à noite na roupa que vou vestir amanhã. E surpresa. Não tenho nada em condições. N-A-D-A! Das duas uma: ou vou de pijama, que por sinal até é bem catita; ou acordo meia hora mais cedo e passo ali na Modalfa (sim, em Mafra só há Modalfa) para arranjar um modelito. Ou então, faço aqueles meus olhinhos fofos e peço ao maridão para dar uma passadela a ferro muito rápida num vestidinho que ali está no monte da cadeira e que me apetecia mesmo muuuuito vestir amanhã.
E agora o tal erro logístico
Sou preguiçosa e desarrumada. Ao final do dia, quando vou para a banheira, dispo a roupa, ponho meias e cuecas para lavar e as restantes peças ficam em cima de uma cadeira. Isto acontece segunda, terça, quarta, quinta, e por aí fora. O monte vai-se avolumando e as roupas no roupeiro que pertencem ao leque de "prontas-a-usar-que-não-fazem-alergia-porque usei-há-pouco-tempo-ou-foram-lavadas-ontem" vai definhando. Por ser lanzona, não arrumei nada no fim-de-semana, muito menos lavei ou passei. Cheguei agora ao ponto de não poder usar nada da montanha da cadeira por estar tudo mais do que amachucado e não ter tempo nem paciência para passar a ferro e no roupeiro não há nada que possa usar. Hoje arrisquei uma das peças do cabide e passei o dia a lenços de papel e a falar pelo nariz. O que não é nada agradável.
Como de costume, penso hoje à noite na roupa que vou vestir amanhã. E surpresa. Não tenho nada em condições. N-A-D-A! Das duas uma: ou vou de pijama, que por sinal até é bem catita; ou acordo meia hora mais cedo e passo ali na Modalfa (sim, em Mafra só há Modalfa) para arranjar um modelito. Ou então, faço aqueles meus olhinhos fofos e peço ao maridão para dar uma passadela a ferro muito rápida num vestidinho que ali está no monte da cadeira e que me apetecia mesmo muuuuito vestir amanhã.
segunda-feira, fevereiro 08, 2010
sexta-feira, fevereiro 05, 2010
Tudo sobre futebol
A partir de hoje, não percam pitada sobre o mundo do futebol através do blog fresco, fresquinho Match Day News. Uma baforada de boa escrita nesta era em que qualquer caramelo com roupas muito más vai à televisão comentar tudo e mais alguma coisa do que se passa dentro e fora dos relvados. A não perder.
terça-feira, fevereiro 02, 2010
Os meus ais
Ai, que eu ainda não entrei neste ritmo de trabalho;
Ai, que eu ando tão cansada que às dez da noite só quero ir para a cama;
Ai, que custa tanto acordar às oito e meia da manhã;
Ai, que custa ainda mais deixar o meu bebé Rodrigo;
Ai, que ao longo do dia tenho tantas saudades dele;
Ai, que chego ao final do dia com as maminhas a rebentar de tanto leite;
Ai, que o cocó do Rodrigo já cheira como o das pessoas crescidas por estar a comer papa e sopa;
Ai, que voltei a fumar;
Ai, voltei a fumar, mas pouquinho;
Ai, que sou tão fraca que estou a fumar outra vez;
Ai, que estou a fumar e ainda a dar maminha;
Ai ai.
Ai, que eu ando tão cansada que às dez da noite só quero ir para a cama;
Ai, que custa tanto acordar às oito e meia da manhã;
Ai, que custa ainda mais deixar o meu bebé Rodrigo;
Ai, que ao longo do dia tenho tantas saudades dele;
Ai, que chego ao final do dia com as maminhas a rebentar de tanto leite;
Ai, que o cocó do Rodrigo já cheira como o das pessoas crescidas por estar a comer papa e sopa;
Ai, que voltei a fumar;
Ai, voltei a fumar, mas pouquinho;
Ai, que sou tão fraca que estou a fumar outra vez;
Ai, que estou a fumar e ainda a dar maminha;
Ai ai.
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