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sábado, fevereiro 04, 2006

Histórias verídicas cá da minha terra II

Depois do almoço, os meus pais vão sempre beber um cafezinho aqui ao café da zona que é o "Bolinhas". Ontem, lá estavam eles a beber a sua chavenazita quando aparece uma senhora que eles já conheciam aqui da zona, mas com a qual não tinham assim muita confiança.

A conversa começou e, para não ser indelicada, a minha mãe convidou a dita senhora a sentar-se. Lá começaram a falar, dos filhos, do tempo, das casas... Ela queria saber onde é que era exactamente a casa dos meus pais e tal...
Bom, enquanto a conversa se desenrolava na mesa, o dono do café, o senhor João, ia olhando de soslaio, mas bem atento ao que se estava ali a passar. Entretanto, a dita vizinha continuava sem perceber onde é que nós morávamos.

A minha mãe, para ir despachando a tarde, pediu licença e foi ao mini-mercado (que é dentro do café), e estava lá junto a uma preteleira quando o senhor João se chega devagarinho ao pé dela e começa: "Eu não gosto de estar neste papel, mas não me sinto bem se não vos avisar de uma coisa. É que a senhora que está sentada agora na mesa com o seu marido é doente... ela rouba as chaves de casa das pessoas para lá ir e roubar coisas. Está sempre a acontecer".

Um frio corre pela espinha da minha mãe enquanto de pescoço esticado vê o meu pai ainda na mesa a desdobrar-se em gestos para explicar da melhor forma onde é que a casa fica. Ao lado da chávena repousa incólume a frágil e ingénua chave. A minha mãe corre para lá e faz um daqueles olhares ao meu pai que só os casais que estão há mais de trinta anos juntos entendem e o meu ele lá se levanta despedindo-se da vizinha e agarrando na chave sem perceber que estava prestes a entregar o recheio da sua casa à maluca da Póvoa de Baixo.

Medo! Muito medo!

19 comentários:

Anónimo disse...

Imagino o olhar da D. Emília...

António Raminhos disse...

Ah ah ah ah, muiiiiito boooom. O pessoal da Póvoa de Baixo é lixado.

Cláudio disse...

sinto aí uma certa rivalidade entre as póvoas de cima e de baixo?

Leididi disse...

lollllllllllllllll
Tão bom!!Bem haja sr joão!

QZ disse...

Gosto do argumento da senhora ser doente...olha a sacana ãhm?! Rouba os recheios a um gajo e depois vai-se lambuzar toda para outra freguesia, provavelmente para a feira mais próxima vender o que pilhou, grandessíssima ladra é o que é!

último! disse...

QZ,
Claro que é uma doença e chama-se cleptomania

último! disse...

QZ,
Claro que é uma doença e chama-se cleptomania

Anónimo disse...

Ó sergonov nao sabes que para o QZ a unica doença que existe há face da terra é ser benfica

Margarida Batista disse...

ó paperspace, favor ler o post abaixo, parece que não aprendeu!!...

quanto à sra, no fundo é uma benemérita, pois dá trabalho a polícias e psiquiatras

Andorinha disse...

lol
Livra!

QZ disse...

uummmm...sergonov independentemente da sua patologia, não me parece que deixe de ser uma ladra...
Caro papelespacial, como sabes o meu “fanatismo” pelo futebol não vai além de adepto/simpatizante...e como tal não considero o clubismo uma doença…já o teu fanatismo deixo ao critério de quem te conhece bem…

Mia disse...

Medo dessa senhora!

Anónimo disse...

uuuuuuuuuuu....

Anónimo disse...

desculpa QZ, simpatizante só qd ganhas...

QZ disse...

eeeeeeeeerrrrrrrrrr...'oma!

último! disse...

Epá não sei da carteira por acaso a dita senhora não anda por Lisboa hoje?

Anónimo disse...

Olha, eu não quero saber de mais nada. Fiquei com uma raiva à senhora que agora no Carnaval vou-me mascarar de chave e passar à porta dela a mandar serpentinas e a gritar "uh uh! Estou aqui!".

QZ disse...

lllllloooooooooooooooolllllll muito bom, oliveira-key-jordan!

Rita Maria disse...

Uau!

PS:Nunca cá tinha vindo, mas juntando os namorados lá de cima a essa velhota, saio completamente inspirada...