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quarta-feira, abril 29, 2009

3.º dia - tempo para balanço

Depois de tantos dias em repouso, atirada para cima do sofá, tenho medo de ir trabalhar e de ouvir as pessoas cochicharem sobre o meu rabo achatado.

As minhas maminhas não estão grandes, estão naquele ponto de me atacarem a qualquer momento e de forma mortífera.

Sem tempo para ir às compras, a minha roupa neste momento resume-se a dois pares de calças e quatro partes de cima. Que miséria!

Não resisti. Voltei às Tardes da Júlia e arrepiei-me com o tema de hoje: "Não fizeram caso de mim e eu tinha razão!". Assim, com este ponto de exclamação e tudo.

A minha obstetra foi classificada pela minha mãe como "muito moderna" só porque hoje na Praça da Alegria defendeu o sexo na menopausa. Eu acho que a minha mãe estava com vontade de acrescentar: "filha, não se estraga assim a vida às pessoas". É que o meu pai também viu.

Por não estar com muita paciência para andar em pé na cozinha, descobri que a pessoa com quem casei sabe fazer bifes, canja e ovos estrelados.

terça-feira, abril 28, 2009

2.º dia

Hoje acordei muuuuuuuito enjoada. A noite também não foi fácil, diga-se, com uma paragem de digestão ali pelas três da manhã a importunar o meu e o sono dos babys. Um chá quente goela abaixo dado e preparado pelo maridão e a coisa fez-se.
Mas a manhã não foi mesmo nada fácil e ou muito me engano ou este mal-estar pode estar relacionado com um ataque voraz que ontem fiz à despensa e onde as amêndoas de chocolate levaram a melhor. Valeu-me um delicioso churrasco na casa de mamãe e uma tarde bem sossegada, apesar de pouco solarenga aqui para os meus lados, que é a zona Oeste.
Entretanto, tenho passado grande parte do dia a pensar que presente vou querer pelo meu aniversário. Não é fácil escolher entre coisas que me fazem mesmo falta (mas que não têm gracinha nenhuma), e outros mimos que, apesar de supérfulos, me iam arrancar um sorriso de orelha a orelha. Enfim, esta escolha está complicada e o budget não é muito alargado, há que poupar para o que aí vem. Enquanto penso e não penso, vou fazendo mais um zapping na tv. Ui, vidinha chata esta de estar de baixa sem estar doente.

segunda-feira, abril 27, 2009

1.º dia de baixa a sério

E haverá lá coisa mais deprimente do que dar comigo a rir e entretida com as Tardes da Júlia? Ai Jesus, e ainda tenho mais uma semana no sofá e em repouso. Por este andar, lá para quinta-feira já estou a ligar para o Cara ou Coroa para ver se ganho o dinheirinho.

Eh lá... mudança de planos. Eis que Júlia Pinheiro, nem de propósito, introduz o tema "partos que correram mal". Isto para quem está de baixa com gravidez de risco não é lá muito positivo. Lá se vai a Cara ou Coroa, não quero mais nada com esta senhora.

sexta-feira, abril 24, 2009

Tinha de ser...

A minha gravidez tinha de ser um caso clínico, daqueles que merecem reuniões de médicos, pareceres e decisões difíceis. Os meus familiares e amigos gozam de eu ser hipocondríaca, eu até assumo que sou (o que é um passo muito importante), mas a verdade é que o meu historial clínico apresenta por diversas vezes episódios inexplicáveis. Ou seja, eu não sou assim porque quero, eu sou assim porque a vida mo exige.
Assim, e para não variar, a minha gravidez gemelar (gémeos) tinha de ter o seu misteriozinho. Nem me refiro ao caso de um dos babys estar em situação de risco. Isso acontece a várias mulheres e eu não sou nem mais nem menos do que elas. Refiro-me sim de, ao contrário do que era previsto, o bebé ainda estar vivo e estar a crescer a olhos vistos, acompanhando o ritmo do irmão como gente grande. Mas então porque é que não tem o líquido amniótico tão reduzido? Não se sabe. Todas as explicações possíveis são posts de lado com indicadores e análises que mantêm os seus níveis saudáveis. E então estamos neste impasse. Estou em casa, de baixa e em repouso, para daqui a quinze dias (oh God, mais quinze dias!!) fazer nova ecografia para ver como está a evolução dos manos. Confesso que depois de ver a resistência do bebé ganhei uma esperança que não tinha dele ainda poder vir a vingar. Desculpem o blog ter-se de repente transformado numa espécie de diário de uma grávida, mas são estes os pensamentos que me invadem o espírito. De momento, são estas as minhas coisas que tal.

quarta-feira, abril 08, 2009

Mãe já sofre

Se não me quisesse armar em gente crescida tinha chorado baba e ranho quando a médica se virou para mim e disse para me preparar. "Um dos bebés pode não vingar. Está a perder muito líquido amniótico". Chorei depois, sozinha, quando recordei as palavras dela a dizer que o mais provável era um dos bebés morrer. E nós ficamos com uma tristeza enorme, daquelas que nos ensina como já são as preocupações de mãe e o que é isso de amor incondicional.Os bebés estão apenas com três meses e já nos pertencem tanto. E por isso custa imenso sabermos que vamos, muito provavelmente, despedirmo-nos de um dos "manos". Mas a Natureza é que sabe e é preciso olhar para os aspectos positivos. O outro bebé está em boas condições e a crescer a olhos vistos. Daqui a 15 dias vejo o que acontece ao outro. E até lá vou fazer voto de silêncio aqui no blog e arranjar forças para acreditar que a Medicina às vezes pode estar errada e que existem soluções inexplicáveis para os problemas que parecem irremediáveis. E ao dizer isto lembro-me logo da minha amiga M. Beijinhos para ela.

segunda-feira, abril 06, 2009

Como comer legumes quando não se gosta mesmo nada de legumes

Tenho de comer legumes, agora mais do que nunca. O problema é que consigo contar com os dedos de uma mão aqueles que consigo comer sem disfarces e sem me vir o vómito à garganta. Que não é uma coisa bonita, que não é.
Pois bem, posso dizer que como alface sem qualquer problema, tomate, cenouras e outras folhas como agrião, rúcula ou espinafre desde que seja em cru, numa salada. Esqueçam os pepinos, pimentos e as cebolas (então esta última, não a posso ver nem pintada, mil vezes argh, com todo o respeito).
Acontece que não estou imune à toxoplasmose e tenho de ter cuidados redobrados. Ou seja, o ideal mesmo é conseguir comer vegetais cozidos. E aqui é que a porca torce ainda mais o rabo, porque verdade verdadinha, e aqui só para nós, se eu for a pensar bem, não consigo comer nenhum deles. A solução passa por sopas totalmente em creme e por receitas que eu invento para comer legumes cozinhados que não saibam a legumes cozinhados. Por exemplo, brócolos e couve-flor são regados a limão, bechamel, noz moscada e queijo ralado por cima para conseguirem ter entrada garantida na minha boca. Espinafres e coisas do género verde escura, só mesmo em versão esparregado com muito alho e vinagre. Ah, e consigo também comer espargos de conserva, desde que disfarçados com sal e limão.
E como eu gostava de comer os vegetais à maluca como se não houvesse amanhã. Como me sabia tão bem acompanhar tudo e mais alguma coisa com couve lombardo, nabo cozido ou beringela. Como eu gostava de mergulhar em grão com bacahlau, feijão com carne ou ervilhas com chouriço. Que bom aspecto esses pratos têm e tão mal me sabem. Como eu gostava.

quinta-feira, abril 02, 2009

Que nojo

Estava muito contente com uns ténis da Adidas que o meu gajo me deu, até ter poisado os pés em cima de uma cadeira do trabalho. É que só aí reparei que elss são azul-Impala. Argh!

quarta-feira, abril 01, 2009

Mas porque raio eles não gostam de ver o Dr. Phill, o Supermodels, a Oprah, a Tyra, a Betty Feia, as Feiticeiras ou o Extreme Makeover? Valha-me ele alinhar sempre no Jamie at Home e ter conseguido com que se rendesse ao Skins, na MTV. Esta série é mesmo boa, não é? Ao jeito de Facebook, Anette gosta disso!