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terça-feira, março 03, 2009

Casas rústicas

Eu adoro uma boa casa de campo, ou uma à beira-mar, não importa. Gosto quando a malta se junta e vai passar uns dias a uma dessas casas rasteiras, com um pequeno jardim e um churrasco que há-de ser de uma tia de algum de nós. As chaminés das salas são o máximo, há cabaças penduradas nas vigas de madeira, há mós antigas encostadas à parede e um poço ao ar livre. Normalmente há todas essas coisas com imensa graça e que nos fazem sussurrar ao ouvido do parceiro “bem, mal empregada, olha se isto fosse nosso, fazíamos isto e aquilo...”. Isto porque quase sempre se dá o caso da rusticidade vir acompanhada de muita teia de aranha e muita bicharada. E eu não gosto nada disso. “Olha, este quarto é o teu”. E é o pó em todo o lado, as aranhas que se passeiam, aqueles bichinhos achatados e cinzentos com muitas patas (argh), aquelas mantas que já estão rijas de há tanto tempo ninguém lhes mexer e a um canto umas galochas esquecidas de há dois Invernos atrás. Por muito que a pessoa tente dar um jeitinho, acabamos sempre por nos deitarmos na almofada com a sensação que todas as espécies que habitam por trás da cabeceira e por baixo da cama nos vão devorar durante a noite. Dá essas tias que têm essas casas e que nos emprestam para passarmos uns dias contratarem uma empregada para ir fazendo a manutenção? Dá para providenciar isso?

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