Espaço sobre tudo e mais alguma coisa, que isto de ter cantinhos muito específicozinhos sobre coisinhas pode ser, vá, esquisito
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sexta-feira, março 30, 2007
Eu querer, queria!
Gostava de poder carregar num botão e visionar os momentos em que pela primeira vez tomei contacto com aquelas que são hoje as minhas grandes amigas. Não me recordo como foi aquela primeira palavra, o primeiro gesto, o primeiro silêncio... Sei mais ou menos quando foi, mas queria ver ao certo como foi. Quase todos os dias conhecemos pessoas novas. Umas desvanecem-se minutos depois e nunca mais voltamos a vê-las. Outras, por qualquer razão desconhecida, entram de rompante nas nossas vidas e nunca mais saem delas. É o caso da Natasha, da Gui, da Teté e da Martolas. Quando nos conhecemos éramos umas miúdas e falávamos de peidos e de fodas como quem acendia a segunda ganza da noite comprada a muito custo com os trocos que se conseguiam reunir lá em casa. Por aqueles dias, tenho a certeza que nenhuma de nós imaginava que os nossos caminhos iam ser comuns durante tanto tempo. Hoje raramente paramos para pensar como é que tudo começou. E era isso que eu gostava de poder ver agora... assim de fora, ao estilo mosca. Poder ver tudo de novo e perceber como é que esta nossa bonita e saudável amizade teve o seu início. Numa altura em que não sabíamos sequer se no dia seguinte, quando nos encontrássemos de novo, iríamos retribuir o frio e cordial “bom dia”.
quinta-feira, março 29, 2007
Eu andava desconfiada...
Já sei que quem não vota, não deve vir cá depois argumentar… mas se cada número de telefone só podia eleger uma pessoa, como é que aquilo funcionava para o Pessoa?
Já sei que quem não vota, não deve vir cá depois argumentar… mas se cada número de telefone só podia eleger uma pessoa, como é que aquilo funcionava para o Pessoa?
quarta-feira, março 28, 2007
Tic Tac
As noites já chegam mais tarde, pulámos para a hora de verão.
Permeável às mudanças, arrecadei as malhas e fazendas e prefiro os dias mais leves, adeus até ao próximo inverno.
Os relógios de casa deixam-se estar friorentos, num tic tac indiferente, até que alguém os adiante no tempo quente.
O estômago impassível a reformas, que lhe dá que se manifeste lá fora a natureza, tic tac dá horas mal lhe bate a fome.
Permeável às mudanças, arrecadei as malhas e fazendas e prefiro os dias mais leves, adeus até ao próximo inverno.
Os relógios de casa deixam-se estar friorentos, num tic tac indiferente, até que alguém os adiante no tempo quente.
O estômago impassível a reformas, que lhe dá que se manifeste lá fora a natureza, tic tac dá horas mal lhe bate a fome.
segunda-feira, março 26, 2007
Cada vez melhor!
O David Caruso está mais velho... e cada vez melhor!
O olhar está mais inquietante, o cabelo está cada vez mais ruivo, as rugas de expressão dão-lhe mais intensidade e aqueles óculos escuros... bom, aqueles óculos escuros tiram qualquer mulher do sério.
Enfim, alguém é capaz de explicar a este homem que nem nas orelhas tem charme?
Observação: Salazar foi eleito o Grande Português. Bom, não vou discutir o assunto, mas apenas pegar numa coisa que alguém escrevia nos jornais do fim-de-semana e que dizia qualquer coisa como "foi preciso o homem morrer para pela primeira vez ser eleito pelo povo democraticamente através do voto livre e em consciência".
Bom início de semana que isto para estes lados está difícil. Esta mudança da hora faz os dias mais compridos mas baralha-me os sonos todos.
quinta-feira, março 22, 2007
- Quando é que se abre a porta à Berta?
- Quando a Berta bate à porta!
Era o meu “troca letras” evidente quando abria a porta à minha amiga e companheira de casa, a Berta. Corria o ano de 95 e tínhamos alugado um T2 no Candal, em Gaia, perto do local onde se encontra hoje o enorme cogumelo do Arrábida shopping. Ficava na Av. Camilo Castelo Branco, e dada a associação de ideias com o livro ”A louca do Candal”, a zona supostamente assombrada e os vizinhos estranhos, inventámos uma ‘criada de dentro’, a Gertrudes, que era sempre responsabilizada pela eventual desarrumação ou pelo descaminho de algum objecto. À época tínhamos muito pouca mobília, um beliche e uma cama, na sala uns sofás velhos e uma mesa de plástico que a Berta gostava de ter coberta com uma toalha e posta a preceito para o chá. Quando chegou o frigorífico velho, oferecido por alguém, foi baptizado efusivamente de “Moby Dick”. A televisão e um pequeno rádio com cassetes chegaram mais tarde, durante meses acompanhou-nos apenas um gira discos e os vinis da Berta. Lembro-me das colectâneas de compositores clássicos das várias épocas, mas destaco o Bach cinzento das tardes do Douro. Destaco o “War” dos U2, cheio de hinos de uma ponta à outra. A Berta insistia no Leonard Cohen, e o “Take this waltz” soprava-me ao ouvido em todo o lado, não parava de me perseguir…
Guardo recordações muito agradáveis dessa época, a Berta era uma companheira de casa muito especial e a mais original de entre todas as que tive. Fazia sumos de maracujás verdadeiros, estudava Física mas também falava de Filosofia e de Política, e era das poucas pessoas que me batia no Trivial. Existem muitíssimas histórias engraçadas, mas não vou alongar-me muito mais. Ela conhece-as.
A Berta hoje vive em Aveiro. Investiga algo relacionado com fibras ópticas. Já não nos vemos há uns anos, mas continua a devorar livros e ultimamente anda encantada com a Agustina. Sei tudo isto porque eu e a Berta ainda somos amigas, apesar da distância, porque a Internet e o telefone permitem as mesmas conversas intermináveis…
e hoje este post é para ela:
Feliz Aniversário, minha querida! Tenho saudades tuas!
E apesar de não te ver há n Primaveras… sabes que, agora como antes, haverá sempre a mesa posta para o chá. Beijos.
(o teu presente de Natal vai seguir pelo correio, desculpa o atraso)
- Quando a Berta bate à porta!
Era o meu “troca letras” evidente quando abria a porta à minha amiga e companheira de casa, a Berta. Corria o ano de 95 e tínhamos alugado um T2 no Candal, em Gaia, perto do local onde se encontra hoje o enorme cogumelo do Arrábida shopping. Ficava na Av. Camilo Castelo Branco, e dada a associação de ideias com o livro ”A louca do Candal”, a zona supostamente assombrada e os vizinhos estranhos, inventámos uma ‘criada de dentro’, a Gertrudes, que era sempre responsabilizada pela eventual desarrumação ou pelo descaminho de algum objecto. À época tínhamos muito pouca mobília, um beliche e uma cama, na sala uns sofás velhos e uma mesa de plástico que a Berta gostava de ter coberta com uma toalha e posta a preceito para o chá. Quando chegou o frigorífico velho, oferecido por alguém, foi baptizado efusivamente de “Moby Dick”. A televisão e um pequeno rádio com cassetes chegaram mais tarde, durante meses acompanhou-nos apenas um gira discos e os vinis da Berta. Lembro-me das colectâneas de compositores clássicos das várias épocas, mas destaco o Bach cinzento das tardes do Douro. Destaco o “War” dos U2, cheio de hinos de uma ponta à outra. A Berta insistia no Leonard Cohen, e o “Take this waltz” soprava-me ao ouvido em todo o lado, não parava de me perseguir…
Guardo recordações muito agradáveis dessa época, a Berta era uma companheira de casa muito especial e a mais original de entre todas as que tive. Fazia sumos de maracujás verdadeiros, estudava Física mas também falava de Filosofia e de Política, e era das poucas pessoas que me batia no Trivial. Existem muitíssimas histórias engraçadas, mas não vou alongar-me muito mais. Ela conhece-as.
A Berta hoje vive em Aveiro. Investiga algo relacionado com fibras ópticas. Já não nos vemos há uns anos, mas continua a devorar livros e ultimamente anda encantada com a Agustina. Sei tudo isto porque eu e a Berta ainda somos amigas, apesar da distância, porque a Internet e o telefone permitem as mesmas conversas intermináveis…
e hoje este post é para ela:
Feliz Aniversário, minha querida! Tenho saudades tuas!
E apesar de não te ver há n Primaveras… sabes que, agora como antes, haverá sempre a mesa posta para o chá. Beijos.
(o teu presente de Natal vai seguir pelo correio, desculpa o atraso)
quarta-feira, março 21, 2007
Dia de heresia segundo Sartre
segunda-feira, março 19, 2007
(+) Consultório que tal
Voltamos ao capítulo das pesquisas estranhas que vêm parar ao nosso estaminé.
Reparem nesta que adivinhamos ser uma mulher, do Maranhão no Brasil, que não diz “pila”, vá lá “vibrador”; não vai de modas e apresenta-se assim: Coisa enfiada no cu …
(De que coisa que tal andará ela à procura?)
Lamentamos não a ter podido ajudar, que a busca só durou o relance de 0 segundos… mas devia ter espreitado a Borboleta sexual, tem sempre muita saída!
Reparem nesta que adivinhamos ser uma mulher, do Maranhão no Brasil, que não diz “pila”, vá lá “vibrador”; não vai de modas e apresenta-se assim: Coisa enfiada no cu …
(De que coisa que tal andará ela à procura?)
Lamentamos não a ter podido ajudar, que a busca só durou o relance de 0 segundos… mas devia ter espreitado a Borboleta sexual, tem sempre muita saída!
domingo, março 18, 2007
Quase um post que tal
Há muito tempo já que não escrevo um post
Que tal.
E era o que eu fazia com mais ligeireza!
Tinha essa natureza
Informal
De tornar de cristal
Qualquer ideia
Sem graça
Nascida da traça
Da mais sentimental
Bebedeira.
Mas ou seja que vou ficando sem ideias
E escasseando as bebedeiras,
Ou que o “ralatório” de estágio
Me tenha sufocado
A imaginação
A qualquer ideia original,
Há muito tempo já que não escrevo um post
Que tal.
”Gui Torga”
Que tal.
E era o que eu fazia com mais ligeireza!
Tinha essa natureza
Informal
De tornar de cristal
Qualquer ideia
Sem graça
Nascida da traça
Da mais sentimental
Bebedeira.
Mas ou seja que vou ficando sem ideias
E escasseando as bebedeiras,
Ou que o “ralatório” de estágio
Me tenha sufocado
A imaginação
A qualquer ideia original,
Há muito tempo já que não escrevo um post
Que tal.
”Gui Torga”
Dia de heresia 2
Que faz o Deus que escrevia direito por linhas tortas no infernal mundo dos computadores?
O Seu papel no cosmos jorra duma moderna impressora a laser e escreve torto por linhas direitas, num ficheiro formatado de Word com 2ª demão de sinónimos.
O Seu papel no cosmos jorra duma moderna impressora a laser e escreve torto por linhas direitas, num ficheiro formatado de Word com 2ª demão de sinónimos.
terça-feira, março 13, 2007
2 em 1
Para contrabalançar o último post da Anette (que não pude comentar pois o Blogger continua armado em parvo), ai ai que ainda não estou em mim com o choque … e depois disto teme-se o pior, até ver o dito elefante a andar de bicicleta, tal qual Grande Português messiânico a surgir do nevoeiro… enfim dizia eu, para equilibrar as coisas que tal deixo-vos um sonzinho que é um autêntico 2 em 1 pois traz 2 músicas e 2 grandes mestres do outro lado do Atlântico. Senhoras e Senhores, convosco:
Você Não Entende Nada/Cotidiano – Chico Buarque e Caetano Veloso
Você Não Entende Nada/Cotidiano – Chico Buarque e Caetano Veloso
domingo, março 11, 2007
Eu fui!
Há lá coisa melhor que nos enfiarmos numa sexta-feira à noite num mar de gente no Campo Piiqueno para ver e ouvir ao vivo durante duas horas ao nosso querido Tony Carreira? Pois que não há e eu adorei!
Não parei um minuot sentada, dancei e cantei que me fartei e de cada vez que ele tirava o casaco também eu fazia "uh uh" como as outras.
"Sonhador, sonhador, mas ao menos a sonhaaaar..."
Obrigada Tony, és o maior. Vamos lá a mais um gritinho: É Tó, é Ny é Tony carreira, é Tó, é Ny, é Tony Carreira.
Observação: Não, não fui em trabalho, fui mesmo em lazer. Ok, não gastei dinheiro no bilhete, mas não sei de daqui para a frente não o farei. Venha de lá agora esse Emanuel no Pavilhão Atlântico.
sexta-feira, março 09, 2007
O tipo nao me convence mesmo
Alguém viu o Rui Reininho na gala dos 50 anos da RTP? Pois eu vi e aconselho a quem não o fez a procurar por tudo visualizar aqueles minutinhos de pura estupidez.
A ideia era ele entrar em palco ao mesmo tempo que passava um vídeo com o Tony de Matos a cantar aquela do “só nós dois é que sabemos” e começar também ele a cantar em palco, acompanhado pela orquestra que lá estava.
Pois o Rui Reininho entrou esbaforido, completamente à toa e a perguntar ao microfone: “já acabou?”.
Não, não acabou, canta homem. O problema é que nem a letra ele sabia e então, sem saber o que fazer, decidiu ir cumprimentar o pianista que, obviamente, nem sequer lhe retribuiu o estender de mão porque – imagine-se – estava a tocar a música que ele deveria estar a cantar.
Às tantas, lá chega a hora do refrão e ele aí mostrou que sabia o que estava a fazer... por pouco tempo. Num grito parvo, canta o final da música sem saber que ainda não era ali que acabava. Teve de repetir o trejeito apoteótico mais à frente e acho que nessa altura todos respiraram de alívio por o número ter acabado. Isto tudo em directo!
A ideia era ele entrar em palco ao mesmo tempo que passava um vídeo com o Tony de Matos a cantar aquela do “só nós dois é que sabemos” e começar também ele a cantar em palco, acompanhado pela orquestra que lá estava.
Pois o Rui Reininho entrou esbaforido, completamente à toa e a perguntar ao microfone: “já acabou?”.
Não, não acabou, canta homem. O problema é que nem a letra ele sabia e então, sem saber o que fazer, decidiu ir cumprimentar o pianista que, obviamente, nem sequer lhe retribuiu o estender de mão porque – imagine-se – estava a tocar a música que ele deveria estar a cantar.
Às tantas, lá chega a hora do refrão e ele aí mostrou que sabia o que estava a fazer... por pouco tempo. Num grito parvo, canta o final da música sem saber que ainda não era ali que acabava. Teve de repetir o trejeito apoteótico mais à frente e acho que nessa altura todos respiraram de alívio por o número ter acabado. Isto tudo em directo!
sexta-feira, março 02, 2007
Quase um poema de amor
«Há muito tempo já que não escrevo um poema
De amor.
E é o que eu sei fazer com mais delicadeza!
A nossa natureza
Lusitana
Tem essa humana
Graça
Feiticeira
De tornar de cristal
A mais sentimental
E baça
Bebedeira.
Mas ou seja que vou envelhecendo
E ninguém me deseje apaixonado,
Ou que a antiga paixão
Me mantenha calado
O coração
Num íntimo pudor,
Há muito tempo já que não escrevo um poema
De amor.»
Miguel Torga
De amor.
E é o que eu sei fazer com mais delicadeza!
A nossa natureza
Lusitana
Tem essa humana
Graça
Feiticeira
De tornar de cristal
A mais sentimental
E baça
Bebedeira.
Mas ou seja que vou envelhecendo
E ninguém me deseje apaixonado,
Ou que a antiga paixão
Me mantenha calado
O coração
Num íntimo pudor,
Há muito tempo já que não escrevo um poema
De amor.»
Miguel Torga
Dia de heresia
Dizem que Deus não dorme, mas quase podia jurar pelo diabo que Ele, de vez em quando, passa pelas brasas…
quinta-feira, março 01, 2007
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